A monarquia britânica tem rendido bons filmes bem como series de TV. Mais recentemente tivemos “A Rainha (2006)” com Helen Mirren como a Rainha Elizabeth II que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz daquele ano, e “O Discurso do Rei (2010)” que ganhou o Oscar de Melhor Ator, com Colin Firth como o Rei George VI. Junto a eles, Cate Blanchett em “Elizabeth (1998)” e “Elizabeth: A Era de Ouro (2007)”, e a serie Netflix “The Crown” desde 2016, conhecemos mais sobre os bastidores sobre a vida da Rainha e sua família.
Em sua mais recente temporada, trouxe a Rainha Elizabeth, feita por Olivia Colman (Oscar de Melhor Atriz por “A Favorita, 2018”) e o embate com a Primeira Ministra Margaret Thatcher, interpretada pela eterna Scully de “Arquivo X” Gillian Anderson. Junto ao casamento de seu filho mais velho Charles com a plebeia Diana Spencer. Assim chegamos à “Spencer (2021)”
Que traz o fim dos dez anos do casamento de Charles e Diana, quando eles se reuniram com a família real para celebrarem o natal de 1991 na casa da Rainha em Sandringham (Norfork), no interior da Inglaterra. Aqui Diana é interpretada por Kristen Stewart, a Bella da saga “Crepúsculo”. Diana vive amargurada pela traição de Charles (Jack Farthing) com a duquesa Camilla Parker Bowles (Emma Darwall-Smith). Mesmo assim, segue com sua vida como herdeira ao trono.
Já que o marido é o primeiro na linha de sucessão, se a Rainha falecer. Somada a preocupação com os filhos William (Jack Nielen) e Harry (Freddie Spry), ela não deseja que sofram com o que está acontecendo à sua volta. Cansada da vigilância constante da mídia, junto aos olhares da família real e todos que trabalham para eles. Sem esquecer os cronogramas e os rituais do seu dia a dia. No caso, uma roupa para o café da manhã e outra para ir à igreja local.
Sua única amiga e confidente é sua estilista pessoal, Maggie (Sally Hawkins de “A Forma da Água, 2017”). Com ela se abre e relata suas angustias, esta lhe dá força para enfrentar os obstáculos à frente. E que Diana é mais forte do que a própria imagina. Mesmo achando ser um incômodo para todos, é admirada pelas pessoas que trabalham em Sandringham. Como o chefe da cozinha real Darren (Sean Harris, o vilão de “Missão Impossível: Efeito Fallout, 2018”) que é um dos poucos que conversam com ela como se fosse uma pessoal normal.
É claro com todo respeito que lhe é dado. Do lado oposto temos a realeza representada pela figura do militar aposentado Alistair Gregory com o veterano Timothy Spall no papel. Ele tenta manter Diana presa à rígida rotina dos Windsor, Kristen representa bem todo o incomodo imposto pela situação. Assim como toda pressão que ela sente para ser aquilo que desejam. Por exemplo, quando Diana e Charles precisam conversar sobre o que está acontecendo.
Onde Charles diz a ela que precisa ser duas pessoas. A na frente das câmeras como representante da família real e um símbolo para o povo inglês. E a outra dentro do palácio de Buckingham. Dai o mote para “Spencer”, dirigido por Pablo Larraín e com roteiro de Steven Knight. A dupla responsável pelo excepcional “Jackie (2016)” onde tivemos Natalie Portman espetacular como Jackie Kennedy.
Agora é a vez de Kristen nos trazer uma Diana fragilizada e desesperada. Que a principio não enxerga um modo para sair da situação em que se encontra. Quase enlouquecendo e se imaginando como Ana Bolena (Amy Madison). Por exemplo, na sequência do jantar e precisa usar o colar de perolas dado por Charles de presente, com um porem. Ele deu outro igual à Camila. Diana simplesmente surtar, arranca o colar do pescoço e come as perolas. É claro que foi só a imaginação dela, tudo ocorreu normalmente ao olhar dos presentes. Apesar de Stewart não ser semelhante à Diana, ela consegue captar a essência da personagem.
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