Poucas bandas conseguem chegar aos 40 anos de carreira. Altos e baixos, entrada e saída de membros, longas pausas, fazem parte da história de um grupo. É o que podemos dizer dos britânicos Duran Duran. Formado pelo seu carismático vocalista Simon Le Bon, o enigmático Nick Rhodes nos teclados, o boa praça John Taylor no contrabaixo e o simpático Roger Taylor na bateria, juntos marcaram a história como um dos maiores conjuntos musicais dos anos 80. Seu guitarrista original Andy Taylor saiu em 1986 e retornou quando todos acertaram suas desavenças pessoais em 2001. Apesar da empreitada bem-sucedida, Andy não quis continuar com eles. Devido às rixas do passado que voltaram ainda mais fortes e o estado depressivo com o falecimento do pai.
Mesmo
assim, eles continuaram em frente lançando bons trabalhos como “Red Carpet Massacre (2007)”, “All You Need Is Now (2010)” e “Paper Gods (2015)”. Como substituto de
Andy, foi chamado Dominic Brown. Tocando
com o DD tanto em estúdio quanto nos
shows. Agora Simon, John, Nick e Roger lançam “Future
Past (2021)”, gravado em meio à pandemia da Covid 19. Seu 15ª disco de estúdio, eles mesclam o passado musical que
os marcou com o que está rolando atualmente
no mundo da musica. A presença dos produtores e DJ’s Mark Ronson e Erol Alkan
contribuem para isso acontecer. Sendo que Ronson
vem trabalhando com DD desde “All You Need Is Now” e junto a eles o “Pai da Era Disco” Giorgio Moroder. Este produz “Beautiful Lies” e “Tonight
United”.
As duas são Giorgio no melhor estilo de ser com seus bites eletrônicos com ares Duranie. Os anos 80 estão de volta realmente. O primeiro single “Invisible”, que também abre o disco, é climática e evidencia a atual fase do DD, marcada pelos dois últimos álbuns. “All of You”, dançante com o contrabaixo pulsante de John se fazendo presente. “Give It All Up”, com Tove Lo duetando com Simon, sua influencia eletrônica é marcante.
“Anniversary” comemora os 40 anos, mostrando como o DD amadureceu sua sonoridade sem se perder no tempo. “Future Past”, balada que revisam o próprio passado com otimismo. A intro “Velvet Newton”, temos Nick & Giorgio trocando experiências. “Wing”, canção que traz na memória a clássica “The Chauffeur”. “Nothing Less”, sombria destacando as cordas do contrabaixo de John e solo inspirado de Graham Coxon (Blur). “Laughing Boy”, pop rock que poderia estar em “Seven and the Ragged Tiger (1983)”.
“Hammerhead”, dueto com a rapper inglesa Ivorian Doll, r’n’b com coral gospel somado com funk dos tempos de “Notorious (1986)”. “Invocation”, a voz de Simon se destaca. A doce e delicada “More Joy!”, ao lado das meninas do grupo japonês Chai, é o DD sem medo de ser feliz em experimentar novos sons.
Em “Falling” com o veterano Mike Garson no piano, ele tocou com o camaleão David Bowie e Nine Inch Nails, eles encerram os trabalhos com o melhor do glam rock numa balada que refletem sobre a própria carreira e muita lenha para queimar. O guitarrista do Blur Graham Coxon assume a função em “Future Past”. Este veio a convite de Alkan, já que são vizinhos em Londres.
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