A magia do cinema faz milagres. Quando se imaginava que um filme poderia ter apenas um protagonista em cena? Exemplificado na scifi “Eu Sou A Lenda” com Will Smith, com seu carisma e talento segurou a película de 2008. Bem como o road movie “Locke (2013)” com o Venom Tom Hardy. Agora chegou a vez de Jake Gyllenhaal (o vilão Mysterio de “Homem-Aranha: Longe de Casa, 2019”) seguir por esse caminho. Produzindo e atuando no suspense “O Culpado (The Guilty, 2021)”, lançado pelo canal das redes sociais Netflix. Sendo uma adaptação do filme dinamarquês “A Culpa (2018)” de Gustav Moller. Gyllenhaal adquiriu os direitos de filmagem, Nic Pizzolatto (da série HBO “True Detective”) reescreveu o roteiro e Antoine Fuqua (da franquia “O Protetor”) assumiu a cadeira de diretor.
Jake é Joe Baylor, um detetive policial da cidade de Los
Angeles que foi rebaixado para o serviço de callcenter emergencial, 911. Devido a
um problema de saúde, ele tem asma, e estar sendo investigado internamente por um ato em seu último caso. Mais a separação da esposa Jess (Gillian Zinser) e a filha pequena. Respondendo pelas emergências do dia a dia e as
encaminhando para os devidos setores. Joe permanece sozinho em sua estação. Em seu
último dia na função, recebe o telefonema de uma jovem, Emily (Riley Keough) desesperada e vítima de sequestro que busca meios de
escapar de seu raptor. o ex-marido Henry (Peter Sarsgaard). Sendo Joe, seu elo para conseguir isso.
Ao mesmo tempo, a cidade do pecado está tendo incêndios florestais no seu entorno e o movimento Black Lives Matter tomando contando de suas ruas. Não podendo sair de seu local de trabalho e ir a campo quando era detetive, Baylor precisa ajuda-la com o pouco que lhe é relatado. A angustia tomada conta dele e as crises de asma só pioram isso. Fuqua aproveita este clima claustrofóbico, onde cada mínimo detalhe pode salvar Emily. Gyllenhaal consegue transmitir este stress, com o espectador mais desavisado preso ao que acontece na tela. Junto a isso, descobrimos porque Baylor foi afastado. Por isso, (justificando o título do filme) se culpa por não conseguir fazer exatamente o que deseja para salva-la. O rapto dela o faz lembrar o verdadeiro motivo de seu rebaixamento e a "culpa" que sente em não poder se expressar realmente a respeito.
Sem grandes sequencias de ação e/ou explosões, “O Culpado” prende a atenção em seus 91 minutos, Antoine com sua experiência em filmes como o policial “O Dia de Treinamento (1991)”, os thriller de ação “Lágrimas do e “Invasão à Casa Branca (2013)”, cativa com uma edição eficiente (Detalhe: “O Culpado” foi filmado em 11 dias, no auge da pandemia. Com todos os protocolos de distanciamento e higiene sendo cumpridos à risca) somada a pegada do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Contando com a atuação de Jake, com quem trabalhou no drama “Nocaute (2015)”, que captou toda a tensão vivida pelo seu personagem e a transmitiu com perfeição, quem o assiste se sente como ele em cena.
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