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O Auge do BritPop no documentário "OASIS KNEBWORTH 1996"


O BritPop foi um movimento musical surgido no final dos anos 80 e inicio dos 90 com Oasis dos irmãos Gallagher e o Blur de Damon Albarn a frente. Junto a eles, The Verve com “Bittersweet Symphony”, o Radiohead com “Creep”, o Pulp de Jarvis Cocker com “Common People”, o Supergrass com “It’s Alright” e os galeses do Manic Street Preachers. Foram influenciados por bandas como Stones Roses, Happy Mondays e Inspiral Carpets. Esta última possui uma história engraçada. Adivinha quem era o roadie nos shows deles? Imagina? Ok, chega de suspense. 

Era Noel Gallagher. Sim, ele mesmo. O guitar hero do Oasis e seu principal compositor. Isso dito pelo próprio em entrevista para a New Music Express em 2012, quando estava divulgando seu primeiro álbum solo “Noel Gallagher’s High Flying Birds (2012)”. Onde se proclamou como “O Melhor Roadie da História da Música”. Quando trabalhou para Inspiral Carpets. Em outra entrevista para o tabloide The Sun, completou que se não fosse por eles, o Oasis talvez nem tivesse existido. Assim surge um dos maiores nomes do Britpop. Bem como as histórias sobre o relacionamento de Liam e Noel Gallagher. Onde um cutucava o outro e isso persiste até hoje, mesmo com o encerramento das atividades do Oasis. Cada um seguindo suas respectivas carreiras solo. 


Bem como os boatos sobre retorno da banda. Noel já comentou a respeito e tirou as esperanças disso ocorrer. Onde se encontrou com o irmão e os dois entenderam que não há possibilidade de voltarem a tocar juntos novamente. Assim vamos relembrar quando os irmãos “brincavam” entre si. O auge vivido por eles ao lado de Alan "Whitey" White (bateria), Paul BoneheadArthurs (guitarra) e PaulGuigsyMcGuigan (contrabaixo) nos anos 90 com o Britpop. Vindos de dois álbuns com grande repercussão mundial, a estreia no mercado fonográfico com “Definitely Maybe (1994)” seguido pelo elogiadíssimo “(What’s The Story) Morning Glory (1995)”. Eles viviam seu melhor momento, depois de todos os percalços do começo de carreira. 

Literalmente “fama & fortuna” e as portas sempre abertas, em todos os sentidos destas palavras. Daí o mote para o documentário “Oasis Knebworth 1996”, o registro oficial de uma das maiores e melhores apresentações do Oasis nos palcos. No dia 10 de agosto último, fizeram 25 anos deste show, sendo o primeiro de dois em agosto de 1996. Onde eles tocaram para um público estimado em 250 mil pessoas nos dois dias. Os números são impressionados. Numa época que a internet ainda estava engatinhando, a demanda pelos ingressos foi imensa. De acordo com estatísticas, foi a maior procura por entrada em todo Reino Unido. Os números não mentem, a cada 2,5 milhões de pessoas em busca dos 250 mil ingressos, equivale a Quarto da População Inglesa queria ver pelo menos um dos shows. Naquele momento se tornou o maior evento musical ao ar livre da história.


Com direção de Jake Scott, conhecido do mundo dos videoclips. Entre seus trabalhos temos “Everybody Hurts (R.E.M.)”, com  o próprio Oasis em “Morning Glory” e “Staring at the Sun (U2)” por exemplo. Em determinado momento do documentário, Noel diz: “Se fosse hoje seria com todos os celulares, as pessoas filmando e enviando mensagens de texto para alguém que está assistindo na internet”. Ao contrário de outros do gênero, aqui a visão do fã é privilegiada. Um dos depoimentos mais tocantes, é de uma fã que foi ao show com irmão e mais tarde, este foi diagnosticado com câncer. Vindo a falecer alguns anos depois. Juntamente com a performance do grupo no palco. Exibindo seu melhor momento como músicos, aqueles que estavam lá, contam como foi participar do evento. Bem diferente dos dias de hoje com o sistema online.

Quando para se adquirir um ingresso, ainda mais um evento tão concorrente, era preciso ir a um ponto de venda ou ligar um número de telefone cadastrado. Seja bilheteria de estádio e/ou loja de conveniência autorizada. Um misto de alegria, confusão e ansiedade por estarem presenciando dois shows que entraram para a história da música. Como todo concerto em formato documentário, o destaque fica para a música. Liam com sua pose característica atrás do microfone e voz anasalada, vocifera hinos como “Live Forever”, “Roll With It” e “Supersonic” com a atitude arrogante que se tornou sua marca registrada naqueles tempos. Vemos que ele não era tão antipático quanto parecia ser. Uma das lendas entre os fãs, eram as frases sem sentidos e as piadas direcionadas ao público nos shows. Aqui constatamos a verdade dos fatos e isso era esperado ansiosamente por eles. 

Noel em seu melhor momento como guitar hero e assume o microfone em “Don’t Look Back in Anger” e em “Champagne Supernova”, temos a participação especial de John Squire, o guitarrista dos Stone Roses. Esta sim uma das principais influências dos irmãos Gallagher. E o encerramento não poderia ser diferente com a inclusão de uma canção do Fab Four, os Beatles. No caso, “I Am The Walrus”, uma versão arrasa-quarteirão. Tanto Liam quanto Noel, comentam sobre que viveram na época. Onde o primeiro tem poucas lembranças a respeito. Mas disse que após ver o filme, comparou os shows em Knebworth como o "Woodstock dos anos 90". Já o segundo, disse que os fãs tornaram esse momento especial e que a banda originária de Manchester, estava em sua melhor forma musical. Bonehead já diz que Liam foi o maior cantor de sua geração e Noel, o melhor compositor. 


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