O início dos anos 90 não poderia mais impactante para o mundo do rock. Com o surgimento de um movimento que só cresceu na terra do tio Sam para depois ganhar o mundo. Estamos falando do Grunge, marcado pelas camisas de flanela, cabelos longos e uma atitude semelhante ao punk rock dos tempos dos Sex Pistols e The Clash. Tendo Nirvana o encabeçando ao lado do Pearl Jam, Soundgarden e Alice In Chains. Apesar de estarem no meio da onda, o Mudhoney de Mark Arm e o Dinosaur Jr. de J Mascis, formaram o embrião do movimento. Já que Arm tocou com Jeff Ament e Stone Gossard, contrabaixo e guitarra do PJ respectivamente, no Green River em 1984. Esta tido como a primeira banda de origem grunge e uma das sementes que formariam o PJ.
Mais tarde Stone e Jeff montariam o Mother Love Bone com o carismático cantor Andrew Wood. Gravaram o EP “Shine” em 1989 e o disco “Apple” em 1990, quando tudo apontava o sucesso do grupo, o inimaginável acontece. Wood é encontrado morto em seu apartamento pela namorada, por overdose de heroína em março de 1990. Quando tudo parecia nebuloso para Gossard e Ament, eles conseguiram juntar forças para continuarem em frente com seus sonhos, para serem músicos de sucesso. Stone conhece o guitarrista Mike McCready e com este pedindo ao primeiro, que Jeff se una a eles. Os primeiros ensaios rendem e ao lado do baterista Chris Friel, que tocou com Mike na banda Shadow, e de Matt Cameron (baterista do Soundgarden). Gravaram a demo “Stone Grossard Demos’91” com cinco canções instrumentais no estúdio de Matt, com o intuito de encontrarem um cantor e um baterista.
Ela
chegou às mãos de um jovem surfista Eddie Vedder,
através de um amigo em comum, o ex-baterista dos Red Hot Chilli Peppers Jack
Irons. Encantado, Eddie fez cinco
letras para as canções, gravou uma nova demo e a enviou para Stone e Jeff. Duas deles foram renomeadas “Dollar Short” se tornou “Alive”
e “Agytian Crave” virou “Once”. Eles se espantam com o material
de Vedder, o trazem para Seattle
para tocarem juntos e ver no que dá. No caminho, ele compôs “E Ballad” que mais tarde se chamaria “Black”. Chegou em outubro de 1990, já
com Dave Krusen como baterista do
grupo e o ensaio rendeu, gravaram onze canções. Junto a um contrato com a Epic
Records.
Na
época o grupo de chamava Mookie Blaylock, uma homenagem ao jogador de basquete da
NBA, o esporte é uma das paixões de Jeff.
Trabalharam com Rick Parashar,
produtor conhecido de Seattle, que mais tarde produziria o Temple of the Dog, um tributo à memória de Andrew Wood, e
bandas como Alice in Chains e Blind Melon. Mais tarde resolveram mudar o nome
do grupo para o que conhecemos mundialmente. Mas não deixaram de homenagear
Mookie com o título do álbum “Ten (Dez)” era
o número usado por ele nos jogos da NBA.
Ao
final das gravações, a primeira baixa. Krusen
estava deixando a banda devido ao alcoolismo. Mesmo assim é grato pelo
período que passou com eles. Comentou: “Foi
uma grande experiência. Senti desde o início dessa banda que era algo especial.
Eles tiveram que me deixar ir. Eu não conseguia parar de beber, e isso estava
causando problemas. Eles me deram muitas chances, mas eu não poderia tê-las".
Mesmo assim, teve uma boa recepção de público e crítica. “Ten” saiu em 27 de Agosto
de 1991. Hoje é celebrado os 30 anos do seu lançamento.
Mas realmente atingiram o sucesso almejado em 1992 com os clips de “Alive”, “Even Flow” e “Jeremy”, que estavam constantemente na programação da MTV, foi o auge da emissora e do grupo. Com isso, tiveram seu próprio “MTV Unplugged” daquele ano. Juntamente com as apresentações ao vivo do PJ ganhavam notoriedade, pelo empenho e empolgação nos palcos. Já em 2009, o PJ lançou “Ten Redux” com uma nova mixagem do disco. Eles sempre deixaram bem claro sua insatisfação com a versão final de 1991. Em especial Jeff e Eddie.
O
engenheiro de som David Hills, que trabalhou em “Ten” na época, comentou
em entrevista ao podcast Cobras & Fire, disse que a banda achava que o
disco estava “carregado demais por
efeitos”. No caso delay e reverb. E
por isso chamaram um velho conhecido, o produtor Brendan O’Brien que trouxe uma
sonoridade mais crua a pedido pelo PJ.
Hills acrescentou: “Mas sei que Jeff não
gostava desse som 'carregado', sei que Eddie também não curtia, Ed estava
cada vez mais seguindo para o lado punk das coisas. Eu meio que vi como eles
haviam se arrependido e que eles viram a direção que tomariam para os próximos
álbuns. Acho que, no fundo, eles sempre queriam ver como 'Ten' soaria daquele
jeito, então não fiquei tão chocado. Aquele é um dos maiores álbuns da história”.
ONCE
EVEN
FLOW
ALIVE
WHY
GO
BLACK
JEREMY
OCEANS
PORCH
GARDEN
DEEP
RELEASE
Hidden
track
MASTER
/ SLAVE
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