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"RAINHA DE KATWE (2016)"

Apesar do xadrez não ser considerado um esporte olímpico, ele é muito conceituado no meio. Considerado um jogo para intelectuais e de acesso restrito, exemplos recentes mostram que nas minorias há exceções. Como na excepcional minissérie Netflix “Gambito da Rainha (2020)”, “O Dono do Jogo (2014)” com Tobey Maguire e o tabuleiro em tamanho real de “Harry Potter & A Pedra Filosofal (2001)”. Assim temos a história real da jovem Phiona Mutesi que vive com a mãe Harriet e os quatro irmãos na área mais pobre de Uganda (África do Sul) em “Rainha de Katwe (Queen of Katwe, 2016)”.

Eles sobrevivem de pequenos trabalhos da mãe, interpretada por Lupita Nyong’o (do thriller “Nós, 2019”) e a venda de milho nas ruas de Katwe, subúrbio de Kampala. Até o momento em que Phiona, feita por Madina Nalwanga, se encontra com o missionário Robert Katende (David Oyelowo do filme Netflix “O Homem Água, 2021”). Este leciona aulas de xadrez para a comunidade carente. Isso chama da jovem e percebe-se que a mesma possui um talento natural para o jogo. Disputando torneios locais e se tornando campeã. 


O que impulsiona a participar de outros, localizados na parte mais rica de Uganda. Já que derrotou a todos em sua região. Phiona precisa de novos desafios para se tornar o que deseja, uma mestra no xadrez. Para assim garantir uma melhor qualidade de vida para ela e sua família. Daí a trama básica de “Rainha de Katwe” dirigida pela indiana Mira Nair com roteiro de William Wheeler a partir do livro “Queen of Katwe: A Story of Life, Chess, and One Extraordinary Girl's Dream of Becoming a Grandmaster (2012)” de Tim Crothers. 


Uma produção Disney que retrata bem a realidade humilde de Uganda, ao invés de transforma-la num conto de fadas.  A atuação de Nyong’o e Oyelowo, faz com que Madina siga em frente como sua personagem. Superando todas as dificuldades, indo além da pobreza financeira que vive. Juntamente com o preconceito racial latente ao chegar às cidades, em sua população de maioria branca. Wheeler deixa isso bem evidente, a desigualdade social vivida por eles. 

A extrema pobreza em Katwe com a falta de dinheiro e recursos básicos, como higiene, para manter o vilarejo em que moram. Como num jogo de xadrez, cada peça do tabuleiro derrubada, significando uma pequena vitória conquistada por Phiona a um bem maior para a conquista de seus sonhos. Mira acerta ao trazer dois atores que fazem parte de uma nova geração. Lupita como a mâe determinada e valente, que faz das tripas coração, para manter a família unida bem como seu sustento. David no papel de um professor que enxerga o potencial de Phiona e a preparando para atingir seus objetivos. 


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