Parcerias na sétima arte sempre renderam bons filmes. Um dos melhores exemplos é o mestre do cinema Martin Scorsese e o ícone Robert De Niro, juntos trouxeram o clássico cult “Taxi Driver (1976)”, “O Touro Indomável (1980)”, mais recentemente “O Irlandês (2019)” e talvez o melhor trabalho (para muitos) da dupla, “Os Bons Companheiros (1990)”. Assim temos os britânicos Guy Ritchie e o praticamente indestrutível Jason Statham, eles trabalham juntos desde “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998)”, “Snatch: Porcos e Diamantes (2000)” e “Revolver (2005)”. Engataram suas carreiras, Guy com a franquia com o maior detetive do mundo Sherlock Holmes e o filme Disney “Alladin (2019)”. Já Jason se tornou um dos maiores astros dos filmes de ação da atualidade com as franquias “Carga Explosiva”, “Adrenalina” e “Os Mercenários”. Ganhando destaque em filmes como “Velozes & Furiosos 7 (2015)” e “Megatubarão (2018)”.
Tanto ele quanto Guy já conversavam sobre um novo trabalho. Até que surge adaptação do filme de assalto francês “Le Convoyeur” de 2014, agora intitulado “O Infiltrado (The Wrath of Man, 2021)”. Onde Statham é Patrick Hill, um homem misterioso que vai trabalhar como segurança para uma empresa de carros blindados. Que tem como clientes empresas bancárias, comerciais e financeiras. Já no primeiro dia, impressiona a todos com suas habilidades. Em uma sequencia tensa, impede que seu parceiro seja morto e os valores sejam roubados.
Detalhe: não é ferido na ação. Corre atrás de um dos miliantes, em busca de uma informação. Descobrimos que ele é feito pelo rapper Post Malone, que é alvejado sem dó por Hill, que não lhe diz o que queria. A cada dia trabalhado, vai ganhando fama de ser implacável. Onde nenhum roubo é efetuado com sua presença, causando temor entre os criminosos que deparam com ele. Com o decorrer da película, descobrimos suas verdadeiras intenções. Guy a divide em quatro atos: A Dark Spirit; Scorched Earth; Bad Animais, Bad; e Lungs, Liver, Spleen, Heart. Elas se interligam com os eventos que Hill participa. Justificando a claustrofóbica cena de abertura até conseguirmos vê-la na sua integra e rica em detalhes.
Hill
é na verdade um chefão do crime Mason Hargreaves de sua cidade em busca de
vingança pela morte do filho Doug (Eli
Brown), que foi atingido por um grupo de assaltantes treinados na empresa
em que ele foi trabalhar. Quer saber a verdade dos fatos e quem foi o responsável
pela morte prematura de Doug, não se importando quem esteja no seu caminho. Ritchie se tornou um hábil cineasta em
mesclar ação frenética com uma trama mais intricada, no caso filme de assalto. Exemplificado
no seu intenso ato final. Onde cada passo dado por Hill se descobre que há algo
a mais do que estamos vendo. Jason
bem à vontade no papel, mas com uma carga dramática maior do que está
habituado. Onde se vê ser uma pessoa com sentimentos e muito além do rosto sisudo
que estamos acostumados.
Comentários
Postar um comentário