A guitarra é um instrumento que encanta a todos. A harmonia de suas seis cordas e o som estridente são seu charme. O maior exemplo é aquele considerado o maior de todos que já tocaram. No caso, o guitar hero Jimi Hendrix. Seguido de perto por mestres como Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page. Sendo referência para um dos maiores guitarristas dos anos 80, surgido na New Wave of British Heavy Metal. Estamos falando de Adrian Smith do Iron Maiden.
Este foi impulsionado pelo parceiro de banda, o guitarrista Dave Murray, a tocar o instrumento. Começando aos 16 anos com uma guitarra comprada por Dave e mais tarde integrando um grupo chamado Urchin. Para mais tarde substituir Dennis Stratton na Donzela de Ferro em 1981. Desde então forma com Murray um dos maiores duos da guitarra do Heavy Metal. Em meio a isso, temos Richie Kotzen. Surgido nos anos 90 e se tornando um dos principais nomes da guitarra.
Autodidata e lançando trabalhos autorais como o elogiadíssimo “Mother Head’s Family Reunion” em 1994. Antes substituiu C.C. DeVille no Poison, com quem gravou “Native Tongue (1993)”. E mais tarde entrou no Mr. Big, no lugar de Paul Gilbert, em 1999 até 2002. Mantendo a bem-sucedida carreira solo. À parte, formou o supergrupo The Winery Dogs com Billy Sheehan (contrabaixo) e Mike Portnoy (bateria). Apesar da agenda lotada de Adrian e Richie, sempre faziam jams quando estavam em casa. Pois são vizinhos em Los Angeles. E com a pandemia da Covid 19, tiveram tempo suficiente para realizarem um projeto juntos, o álbum “Smith / Kotzen (2022)”.
Recheado por nove canções que exibem todo o talento deles nas seis cordas de uma guitarra. E com Richie, como todo bom multi-instrumentista, assume as baquetas quando necessário.Com exceção de “Solar Fire” que tem Nicko McBrain no posto, e Tal Bergman, baterista da banda de Richie, em “You Don’t Know Me”, “I Wanna Stay” e “Til Tomorrow”. Já no contrabaixo, Adrian e Richie se dividem na função. “Taking
My Chances” abrindo os trabalhos, temos um rock com um riff poderoso. “Running”,
o pique r’n’r se mantem, melódica e refrão marcante. “Scars”, balada reflexiva
no melhor estilo anos 70 com Adrian
soltando a voz ao lado de Richie e com solos inspiradíssimos da dupla.
“Some People”, rock cheio de swingue. “Glory Road”, puro blues, onde a dupla exibe toda a influência do gênero sobre eles, dividindo perfeitamente nos vocais. No blues rock “Solar Fire”, a dupla mostrando toda sua habilidade nas seis cordas das respectivas guitarras. Richie realizando o sonho de infância, tocando ao lado de seus ídolos Adrian e Nicko. Ele é um grande fã da Donzela de Ferro. Momento balada romântica com “You Don’t Know Me” com direito a “falso final”, onde os dois compartilham o solo brilhantemente. “I Wanna Stay” segue a formula de sua antecessora.
E “Till Tomorrow” encerrando os trabalhos com “gostinho de quero mais”. O saldo final é positivo com o encontro de gerações do mundo das guitarras, Adrian representando a relevância do Heavy Metal anos 80 e a influência sob Richie e outros como ele, Paul Gilbert, Steve Vai e Joe Satriani, por exemplo. Mesclando a harmonia e o peso do Metal com o virtuosismo que lhes é característico com a alma do Blues e a essência do Rock’N’Roll de verdade.
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