Os anos 80 antes ditos como sem relevância, hoje vemos que isso está errado. Series como a cultuada “Stranger Things” e “Cobra Kai” exemplificam isso. Ratificado com a adaptação do best seller “Jogador Nº 1” de Ernest Cline pelo mago Steven Spielberg em 2018. Agora chegou a vez de um dos clássicos daqueles tempos, a serie animação “Os Mestres do Universo”. De 1983 a 1985, vimos às aventuras do herói He-Man e seus amigos na terra mágica Eternia e os embates com o vilão Esqueleto. A frase “Pelos Poderes de Grayskull! Eu Tenho A Força!” marcou uma geração, incluindo este vos escreve. Depois tivemos tentativas com sua continuidade em 1990 e um reboot em 2002, junto à sua adaptação para o cinema em 1987.
Só agora em 2021, em uma parceria com o canal das redes sociais Netflix e o nerd de plantão Kevin Smith para nos trazer a continuação de “Mestres do Universo” com “Mestres do Universo: Salvando Etérnia (Masters of the Universe Revelation, 2021)”. Dividido em cinco episódios, com a jovem Teela (dublada pela eterna caçadora de vampiros Buffy Sarah Michelle Gellar) sendo nomeada como comandante estrategista de Eternia. Enquanto isso Esqueleto ataca o castelo de Grayskull, para conquista-lo e atingir seu objetivo em ser um mestre do universo. Sua protetora, a Feiticeira (Susan Eisenberg) chama seu campeão He-Man (Chris Wood) para ajuda-la e impedir os planos de Esqueleto. Este é dublado pelo ultimo jedi Mark Hamill.
Ao meio a cerimonia de Teela, o príncipe Adam (Wood) precisa se retirar para entoar a clássica frase e ir até ao castelo. Lá descobrimos que a “Espada do Poder” de He-Man é muito mais que a arma do herói de Eternia. Ela é a chave da magia de seu universo. Durante a luta com seu mortal inimigo, He-Man se sacrifica e ela se divide em dois. E Teela se surpreende ao saber o campeão de Grayskull é seu melhor amigo Adam. Ao mesmo tempo, a magia que faz parte deste universo vai se estinguindo. Teela deixa Eternia para se tornar caçadora de recompensas.
Já seu pai Duncan (Liam Cunningham) é banido, juntamente com o troll magico Gorpo (Griffin Newman). Passado certo tempo, Teela ao lado de Andra (Tiffany Smith) realiza trabalhos pela melhor oferta. Em uma delas, traz o passado a tona. Disfarçada a bruxa vilã Maligna (com voz de Lena Headey, a Cersei Lannister de “Game of Thrones”) a convoca para devolver o equilíbrio para Eternia e o universo. Somente com a espada de He-Man reforjada, ele retornará. Para isso, precisa ir até Subternia e Preternia, locais onde ela foi criada. Dai a trama inicial de “Mestres do Universo: Salvando Eternia – Parte I”.
Smith, ao lado da produtora Powerhouse Animation Studios, nos leva novamente ao mundo mágico dos “Mestres do Universo” após os eventos vistos do mítico desenho dos anos 80. Onde He-Man abre espaço para Teela ser a heroína da vez e ampliar os horizontes de Eternia com novos ingredientes para sua história. Sem perder a nostalgia, em meio à jornada de Teela, vislumbramos os embates entre o herói e o vilão com o humor caricato que se tornou sua principal característica. Junto a isso, uma reconstrução e expansão de sua mitologia, com ares da saga do Anel.
Os dubladores são um espetáculo à parte. Lena caiu como uma luva sendo a voz de Maligna. Poucos sabem que Mark Hamill tem um trabalho de destaque como dublador. Fez a voz do palhaço do crime Coringa nas animações do Cavaleiro das Trevas nos anos 90. E mais recentemente na adaptação da clássica HQ “Batman: A Piada Mortal (1988)” em 2016. Por enquanto, não foi confirmada a estreia da Segunda Parte da animação.
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