Os Estados Unidos elegeram recentemente Joe Biden como seu novo Presidente. Substituindo o polêmico Donald Trump após quatro anos de uma administração onde estudiosos a analisam como desastrosa. Com as relações exteriores bem fragilizadas (acusando a China como país causador da pandemia do novo corona vírus) e pelo não enfrentamento à pandemia no país. Já que até hoje é o epicentro. Mencionado isso, a terra do Tio Sam sempre foi um país em pura ebulição. Antes de sair, Trump convocou seus simpatizantes a irem no Capitólio para impedir a cerimonia do parlamento que ratificava a eleição de Biden.
Consequência: vandalismo e a imagem dos EUA arranhada, tido como um exemplo de democracia e civilidade. Assim chegamos num dos eventos mais controversos que ocorreu por lá. No começo dos anos 2000, o jornal “Boston Globe” junto a sua equipe de jornalistas que trabalham na coluna “Spotlight”, trazem uma matéria sobre padres que fazem parte da Igreja de Boston que são adeptos da pedofilia. Onde sua alta cúpula tinha ciência do fato e não tomo nenhuma atitude a respeito. Apenas afastado os acusados de suas congregações. Assim temos “Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight, 2015)”. Dirigido por Tom McCarthy, que adaptou o conto ao lado do roteirista Josh Singer.
A matéria causou indignação da comunidade e a Igreja se fez obrigada a fazer algo. Entre o time de jornalistas temos o chefe de redação Walter “Robby” Robinson (o Birdman Michael Keaton) e os repórteres Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams, “Desobediência, 2017”), Matt Carroll (Brian d’Arcy James) e Mike Rezendes (o Hulk do Universo Cinematográfico Marvel Mark Ruffalo). Junto a eles o pauteiro Ben Bradlee Jr. (John Slattery, o pai de Tony Stark no UCM) e o editor do jornal Marty Baron (Liev Schreiber, do seriado televisivo “Ray Donovan, 2013 a 2020”). Este último recém-chegado e conhecido por renovar os ares por onde passou. O “Boston Globe” está passando por uma crise financeira e precisa de algo diferenciado para trazer de volta seus leitores e conquistar novos.
Além da coluna, “Spotlight” é a equipe de jornalistas investigativos liderados por Robby. Marty lhe passa a informação que o Cardeal Law (Len Cariou) sabia que o padre John Geoghan havia cometido abusos sexuais com as crianças de sua paroquia e acobertou o fato. Isso após ler o artigo do advogado Mitchell Garaberian (Stanley Tucci, o Caesar Flickerman da franquia “Jogos Vorazes”). Ele cuida de um dos vários casos que delatam o padre Geoghan.
Assim eles iniciam a investigação e descobrem mais do que imaginavam. Que há dentro da própria Igreja, uma rede de pedófilos entre aqueles que deviam cuidar das pessoas religiosa e espiritualmente. E pior a Arquidiocese que comanda a Igreja na cidade, estava ciente do que ocorria e não fez nada a respeito. Ao conversarem com uma das vítimas, descobrem que ela faz parte de um grupo de apoio criado por elas. Este já havia feito uma denúncia num jornal local, mas não teve a repercussão desejada. Lhes diz que há mais pessoas envolvidas nos abusos. Sendo assim, aumentando para 13 padres.
Indo mais a fundo, conversam com um ex-padre que trabalhava na reabilitação de padres pedófilos, a lista só aumenta. Agora são mais de 87 investigados. Ao mesmo tempo, os altos escalões do poder de Boston, tentam impedir que a história vaze. Onde amigos se tornam inimigos e conseguem aliados improváveis como o advogado Eric MacLeish, interpretado por Billy Crudup (“Alien Covenant, 2017”), que trabalhou no caso do padre Geoghan. Por causa do sigilo obrigatório com seu cliente, não poderia dar maiores informações. Mas deu dicas preciosas de como obtê-las nos canais oficiais da justiça de Boston.
Dai o mote para “Spotlight: Segredos Revelados”. A cada passo dado pelos jornalistas, segredos vêm à tona. Eles percebem que para revelar a verdade será preciso passar por cima dos altos escalões do poder de Boston. Uma cidade conhecida pelo seu fervor católico e por lideres políticos com fortes ligações com a Arquidiocese local.
Que farão de tudo para o “Boston Globe” não publique a reportagem sobre seus representantes de Deus cometendo o pecado original, contra aqueles que deviam inspirar e proteger a serem as melhores pessoas para com seu próximo. Com o elenco afiado e em sintonia, o conto ganha ainda mais ferocidade. Por isso, a película foi a grande vencedora do Oscar levando as estatuetas para Melhor Filme e Melhor Roteiro Original de 2015.
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