Quando estamos falando de refilmar um clássico do cinema, é um longo caminho a ser percorrido. Tivemos casos recentes de muito sucesso como “Nasce Uma Estrela (2018)” que mostrou ao mundo do entretenimento que Lady Ga Ga era muito mais que uma grande cantora. Já que esta história já foi levada ao cinema em 1937, 1954 e em 1976 tendo como estrelas ascendentes Janet Gaynor, Judy Garland e Barbra Streisand respectivamente. Agora é a vez do canal das redes sociais Netflix apostar na sua versão para “Rebecca: A Mulher Inesquecível (Rebecca, 2020)”.
Este se imortalizou por ter sido dirigido pelo mestre do suspense Alfred Hitchcock em 1940 e ter levado para casa o Oscar de Melhor Filme daquele ano. Baseado no romance escrito por Daphne du Maurier e estrelado por sir Laurence Olivier e Joan Fontaine. Aqui eles são substituídos por Armie Hammer (“Me Chame Pelo Seu Nome, 2017”) e Lily James (“Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo, 2018)”, onde eles formam o casal Maxim de Winter e Sra. De Winter. Assumindo a cadeira de diretor temos Ben Wheatley (“Turistas, 2012”).
Maxim recém-viúvo e ela, dama de companhia de uma aristocrata norte-americana, madame Van Hopper (Ann Down). Todos estão aproveitando o verão ensolarado na Europa. Mais especificamente em Monte Carlo (Mônaco). Os dois se conhecem por acaso e iniciam um discreto romance até Van Hopper dizer que estão partindo de volta para os EUA. É aí que a paixão toma de Maxim e sua futura esposa, os dois decidem se casar. Assim a jovem fica com seu amado e partem para a morada dele em Manderley. Chegando lá, são recepcionados por seus criados e a governanta da casa, sra. Danvers (Kristin Scott Thomas, “O Destino de uma Nação, 2017”).
A jovem sente o clima pesado do local, já que sua antecessora, Rebecca, morreu afogada em seu barco. Sendo seu corpo reconhecido por Maxim, desde então há um clima soturno rondada toda Manderley. O quarto de Rebecca permanece inalterado e mantido como da última vez que ela esteve por lá. Assim temos o segundo ato do filme, com a nova sra. de Winter percorrendo toda mansão e terreno de Manderley para conhecer melhor seu novo lar. Já o primeiro ato é marcado pela solidão vivida por seus personagens. Maxim aceitando a morte de Rebecca e ela por perder os pais.
A cada passo dada pela sra. de Winter descobre mais sobre o passado de Rebecca e como ela era uma pessoa carismática e persuasiva. Onde todos que estiveram com ela, relatam devoção a sua pessoa. Preocupada que isso afete seu casamento, decide organizar um baile para trazer de volta a alegria de outrora. Só que nem imagina o que isso pode desencadear. Daí o mote para “Rebecca: A Mulher Inesquecível”. Aqui Wheatley aposta nos grandes corredores, quartos e salões de Manderley para criar um clima tenso e claustrofóbico para a personagem de Lily. Aliada a persona intimidadora de Kristin como a fria governanta.
Seus olhos gélidos e fala seca para com a nova patroa chega a arrepiar o espectador mais desatento. E escondendo um segredo que deixa explicito sua total lealdade a Rebecca. Onde o ato final se torna um verdadeiro jogo de gato e rato, já que encontram evidencias de que Rebecca foi assassinada e não vítima de um acidente. É aí que a sra. de Winter ganha força dramática ao não se deixar abater pela situação. Ficando incondicionalmente ao lado do marido e buscando pela verdade dos fatos.
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