Um mundo em que a magia e a tecnologia convivem em harmonia com uma pitada religiosa, é que o vemos na obra de Philip Pullman com a série de livro “Fronteiras do Universo”. Recentemente adaptada para a TV pelo HBO e ganhando o título “His Dark Materials”. Tivemos sua primeira temporada em 2019 e confirmada a segunda para 2020 com estreia prometida para 16 de novembro. Com isso dito, vamos discutir a primeira, estrelado pelo jovem Professor X da franquia mutante X-Men James McAvoy, Ruth Wilson e Dafne Keen (a Arma 23 de “Logan”). Em 2007, ganhou sua versão para o cinema com o 007 Daniel Craig e a musa Nicole Kidman, chamada “A Bussola Dourada”.
Que tentou pegar carona no sucesso na franquia bruxo Harry Potter e da saga do Anel, mas sem ter o mesmo êxito. Agora em uma parceria entre a HBO e a britânica BBC, a obra de Pullman sendo levada para os televisores HD de seus fãs e conquistando novos. Com Dafne sendo a impetuosa Lyra Belacqua, uma órfã criada pelo tio Asriel (McAvoy), este trabalha para o Magisterium. Ela pode ser chamada como a representação da nossa Igreja Católica, onde discutem a importância do “Pó”. Devido a sua ligação ao Pecado Original. Sim, estamos conectados. DETALHE: Desconhecemos sua presença entre nós.
Infiltrados
nos altos escalões do poder ou apenas nos vigiando como nossos vizinhos de rua.
Voltando ao Magisterium, Asriel discute ferozmente com eles sobre o “Pó”. Já este o estuda, buscando provas
que ele pode unir os dois mundos. Já os magistrados não concordam com ele, fazendo
com que se exila de tudo e de todos, e ainda desejam destruir o “Pó”. Lyra soube do exilio e parte em busca do
tio, juntamente um mistério que ronda sobre o desaparecimento de dois meninos,
Biily Costa (Tyler Howit) e seu melhor
amigo Roger (Lewin Lloyd).
No mundo fantástico de Lyra, suas almas são representadas pelos daemons. Uma espécie de animal de estimação que são nossas almas do lado de fora dos nossos corpos na verdade. O de Lyra se chama Pam, que conta com a voz de Kit Connor (interpretou Elton John em “Rocketman, 2019”). Ao mesmo tempo somos apresentados a enigmática Marisa Coulter (Wilson). Ela trabalha para o Magisterium, onde atua nos bastidores, realizando tarefas que não podem ser vistas aos olhos das pessoas. Ela possui uma conexão com Asriel e deseja se aproximar de Lyra. Enxergando nela um grande potencial e podendo ser determinante para o futuro dos dois mundos.
Assim temos o mote inicial para “His Dark Materials”. Se você viu “Bussola de Ouro” já tem uma boa base do conto de Pullman. No seriado ele é visto com mais detalhes e utilizando bem seu argumento, onde a religião em si não pode se misturar com a política. A chamada Teocracia. Uma trama intricada engrandecida pela atuação de seu elenco. Onde a fantasia e ficção cientifica se mesclam perfeitamente. McAvoy representando bem a teimosia e a arrogância de uma pessoa determinada; Wilson perfeita como a vilã da vez, seu olhar e seu gestual exalam frieza e crueldade; e Dafne repete o bom trabalho visto em “Logan”.
Com muito carisma, exibindo que a jornada de Lyra está vinculada a um confronto que está prestes a acontecer entre o Magisterium, os bruxos, os gípcios e os seres fantásticos. Entre eles o urso de armadura Iorek Byrnison, que ganhou a voz de Joe Tandberg. Exibindo bem as dores e as feridas abertas no passado e com elas, faz o acerto de contas definitivo com seu algoz.
O próprio Pullman ajudou na adaptação ao lado do produtor Jack Thorne (que produziu recentemente o filme Netflix “Enola Holmes, 2020”) onde juntos nos trazem uma história que transita entre a aventura, o cinema fantástico e scifi aliada a uma crítica às instituições religiosas que se associam a políticos para uma dita dominação contra aqueles que fazem parte das minorias.
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