A palavra incansável define Bruce Springsteen. Seja em turnês com shows que duram mais de três horas de duração, seja gravando (ou não) ao lado da sua banda, a E Street Band. Em 2019, faz uma promessa que lançaria dois discos. Primeiramente veio o emotivo “Western Stars” sem seus parceiros de grupo, para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2020/03/as-estrelas-ocidentais-de-bruce-boss.html. Na primeira quinzena de setembro deste ano, confirmou a volta com eles com “Letter to You”, single do álbum homônimo a ser lançado no próximo dia 23 de outubro. Este sendo a segunda. Antes da pandemia do novo coronavírus, ele produziu e dirigiu em parceria de Thom Zimny, os bastidores da gravação junto a um show intimista baseado em “Western Stars”.
Como bem visto em “Springsteen on Broadway (2018)”, Bruce abre mais uma vez o baralho de emoções de seu repertorio. Carregado no tom pessoal e nas histórias do cidadão comum norte-americano que conheceu nas viagens em turnê ou sozinho pelas estradas na terra do tio Sam. O documentário estreou no Festival de Cinema de Toronto e chegou a ser exibido nas salas de cinema nos EUA. Incluindo sessões exclusivas na Europa e por aqui. O disco foi gravado em New Jersey, Nova York e Califórnia, sendo lançado em junho de 2019. Já faziam cinco anos desde seu último trabalho, “High Hopes” de 2014.
Mesclando momentos de reflexão em uma de suas fazendas, The Boss traz à tona sua persona como um velho cowboy desgastado pelo tempo, onde resume sua filosofia de vida. A família constituída ao lado de sua parceira Patti Scialfa, com quem divide os palcos com a E Street Band, é sua cúmplice artística e pessoal. Descrita como seu oásis da felicidade em meio aos demônios internos que vivem dentro dele. Junto a isso, fala sobre sua paixão por carros.
Ele percorre a área da fazenda, em meio ao deserto dirigindo seu conversível ou dentro do escritório. Acompanhado pelo seu surrado caderno de anotações, contendo os rascunhos das letras de suas canções. Mais tarde no velho celeiro da propriedade, onde foi gravada a apresentação com músicos escolhidos (bem como para o disco) a dedo e uma orquestra composta por 30 pessoas. Vemos imagens de filmes antigos, de época e gravações em câmera Super 8 que exemplificam a temática de “Western Stars”.
Exibem a inspiração para o disco. Executado na sua integra, com a pegada pessoal, que já lhe é característica, e servindo como um tributo ao pop rock norte-americano dos anos 60 (Burt Bacharach, por exemplo) e a country music representada por Glenn Campbell. Que é homenageado com uma tocante versão de seu maior hit, “Rhinestone Cowboy”.
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