No último dia 18 de setembro, veio a falecer Ruth Bader Ginsburg. Foi a segunda mulher a se tornar Juíza na Suprema Corte nos EUA em 1993 nomeada pelo Presidente Bill Clinton. Formada em direito na Universidade Columbia em 1959, ela ficou conhecida pela luta nos direitos iguais entre mulheres e homens. No caso, a Lei da Igualdade de Gênero e dos Direitos da Mulher.
Sua obstinação e perseverança se tornaram marcas registradas. Sem papas na língua e sempre direta, Ruth ganhou o apelido de “Notorious RBG”. Alusão ao rapper Notorious B.I.G., sobre isso comentou: “Nós nascemos e fomos criados no Brooklyn, em Nova York”. Em 2018, Tivemos o premiado documentário sobre sua vida “A Juíza (RBG)” e o biográfico “Suprema (On the Basis of Sex)”.
Para ser Ruth foi chamada Felicity Jones. Que interpretou a mulher de Stephen Hawking em “A Teoria de Tudo (2014)” e a rebelde Jynn Erso de “Rogue One: Uma História Star Wars (2016)”. Ao lado dela, Armie Hammer (“Me Chame Pelo Meu Nome, 2017”) faz o marido de Ruth, Martin, e Justin Theroux (da serie HBO “The Leflovers, 2014 a 2017”) como Mel Wuff, que trabalha na ACLU. Organização que defende os direitos de expressão do cidadão norte-americano.
Dirigido por Mimi Leder, que realizou o tocante “A Corrente do Bem” em 2000 e depois de nove anos, volta a dirigir um filme. O último havia sido o thriller “Jogo entre Ladrões” de 2009. Em meio a isso, trabalhou na TV em seriados como “ER (1994 a 2009)”, “The Leftlovers” e mais recentemente na elogiadíssima “The Morning Show (desde 2019)”.
Aqui vemos o início da carreira de Ruth como advogada. Ao integrar na universidade e cuidando da família constituída ao lado de Martin. Este um advogado de sucesso no ramo de leis tributárias. A dinâmica entre eles é o que chama atenção. Se completam, ela de rápido raciocínio e ele um estudioso na sua área. Assim ela se destaca na sala de aula, chamando atenção dos professores e de seus colegas de classe.
Sentindo na pele o preconceito em um meio masculinizado. Onde sua presença pode incomodar as esposas destes no escritório de advocacia, que podem se sentir intimidados por estar trabalhando com a melhor aluna da Universidade. Por isso resolve ser professora e mostrar para seus alunos como é lutar pela liberdade de expressão e de gênero, onde homens e mulheres possuem direitos iguais perante a sociedade.
Com Martin sempre ao seu lado, educam os filhos James
(Callum Shoniker) e Jane (Cailee Spaeny) com o máximo afinco. Numa
discussão com a jovem de 15 anos sobre os direitos das pessoas. Esta acende uma
luz em Ruth, onde Jane diz a ela que a nova geração já pronta para uma
transformação.
Que isso está ocorrendo no exato momento em que discutem. E que Jane faz parte dele, sendo necessário que Ruth finalmente lute pelos ideais de igualdade de gênero. Dai o mote para “Suprema”. Destacando a atuação de Felicity Jones que incorporou a personagem de corpo e alma.
Armie se mostra como ótimo parceiro de cena com a competência que lhe característico. Contando as participações especiais de Kathy Bates (Oscar de Melhor Atriz por “Louca Obsessão, 1990”) como ativista feminista Dorothy Kenyon e Sam Waterston (da serie Netflix “Grace & Frankie” desde 2015) é Erwin Griswold, reitor de Harvard.
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