Na última
sexta-feira (21.08.2020), a banda de Las Vegas (EUA) The Killers soltou nas plataformas digitais, seu mais recente
trabalho, “Imploding the Mirage (2020)”. Seu lançamento foi adiado, já que
estava programado para maio. Mas devido a pandemia do novo coronavirus, isso só
ocorreu agora. Para o retorno temos apenas seu carismático vocalista Brandon Flowers e o simpático batera Ronnie Vannucci Jr.. O guitarrista e
co-fundador da banda, Dave Keuning
saiu e nas palavras do próprio para “um
hiato”. Já Mark Stoermer (contrabaixo)
continua (e não continua) com eles. Apenas gravando as bases de seu instrumento
e compondo duas canções ao lado de seus parceiros, “Caution” e “Fire in Bone”.
É o sexto disco do grupo, agora produzido por Shawn Everett e Jonathan Rado. O primeiro trabalhou com Alabama Shakes, Julian Casablancas e Beck, já o segundo é o multi-instrumentista do duo Foxygen. Ambos foram responsáveis pela atual pegada mais voltada aos sintetizadores. Já que Dave não se faz mais presente. Ele é substituído por Mark, Jonathan e em participações especiais como Adam Granduciel da banda The War on Drugs e Lindsey Buckingham (ex-Fletwood Mac) que deixa sua marca como guitarrista em “Caution”.
Fazendo com que The Killers nos tragam mais um trabalho coeso e com sua marca registrada. Sonoridade voltada para os anos 80 com uma pitada no que ouvido nos dias de hoje. Nas palavras de Brandon, “Imploding The Mirage” significa: “Em muitos momentos, eu me senti como se estivesse fazendo nosso primeiro álbum. Estávamos tentando fazer soar como se a banda não estivesse rompida”. Assim o disco conta a presença das cantoras k.d. lang em “Lighting Fields” e Weyes Blood em “My God”.
Sobre isso,
Ronnie comentou que eles sempre
foram fechados a outras pessoas no estúdio. Tanto ele quanto Brandon entenderam
que trabalhar com amigos e outros músicos é não algo desejável, há momentos que
isso se faz necessário. Flowers completa: “Eu
amo essa espontaneidade e aquela atmosfera quase comunitária onde todos nós
estamos apenas tentando chegar ao topo da montanha. À medida que vou ficando
mais velho, estou mais aberto às contribuições de outras pessoas e é
emocionante ver o que elas podem trazer”.
“Imploding
The Mirage” é o disco que conta com maior número de colaborações na
carreira do grupo. Isso foi benéfico para eles, deixando o espaço aberto para
novas ideias e/ou ratificar a musicalidade deles. Abrindo os trabalhos
temos “My Own Soul’s Warning”, canção no estilo The Killers, épica e
destacando a voz de Flowers; “Blowback”, pop rock padrão recheado
de sintetizadores; “Dying Breed”, Flowers literalmente abre seu coração para falar
da esposa Tana Mundkowsky; “Caution”, primeiro single e hit instantâneo.
Ideal para tocar ao vivo.
“Lighting Fields” dueto com k.d. lang, pop rock com ares gospel que resgata o talento da cantora que teve seu auge nos anos 90. “Fire in Bone”, cheia de swingue, contrabaixo de Mark em destaque. “Running Towards a Place”, túnel do tempo. Puro anos 80. “My God”, com a cantora Weyes Blood, pop rock vigoroso onde os dois dividindo os vocais; “When The Dreams Run Dry” e a faixa título “Imploding The Mirage” encerram os trabalhos com ares de reflexão. Focando na vida pessoal de Brandon, nos lados positivo e negativo de seu dia a dia.
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