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O Novo Trabalho do DEEP PURPLE, "WHOOSH!"

Liberado na última sexta-feira (07 de agosto de 2020), o mais recente trabalho do Deep Purple, “Whoosh! (2020)”. Os veteranos do rock estão de volta com mais um trabalho autoral produzido por um velho conhecido do mundo do rock, Bob Ezrin. Por estar atrás das mesas de som dos estúdios nos clássicos “The Wall (1979)” do Pink Floyd, “Destroyer (1976)” do Kiss, “Berlim (1973)” de Lou Reed e “School’s Out (1972)” de Alice Cooper. 

Mais recentemente trabalhou com o eterno Jack Sparrow Johnny Depp na estreia do grupo “Hollywood Vampires” em 2015 e com o tenor Andrea Bocelli em “Si (2018)”. Vem produzido o DP desde 2013 com “Now What?!” e “Infinite” de 2017. Com isso, vem mantendo a pegada hard rock característica da banda adicionada com camadas de jazz rock, blues e uma pitada de rock progressivo. 

Isso graças a presença do guitar hero Steve Morse. Ex-integrante dos Dixie Dregs e Kansas, está no DP desde 1994, foi quando o virtuose Ritchie Blackmore resolveu abandonar o barco no meio de uma turnê e mudar radicalmente de estilo ao formar o duo “Blackmore’s Night” com a esposa Candice Night. Onde deixou a guitarra meio de lado, para tocar viola e/ou violão, onde sua sonoridade remete a folk music com ares renascentistas.

Purpendicular (1996)” foi seu primeiro trabalho ao lado de Ian Gillan (vocais), Roger Glover (contrabaixo), Ian Paice (bateria) e o finado Jon Lord (órgão e teclados). Muito elogiado pela crítica e conquistou os velhos fãs com “Ted The Mechanic”, “Somebody Stole My Guitar” e a balada “Sometimes I Feel Like Screaming”. Com o passar do tempo, nos subsequentes “Abandon (1998)”, “Bananas (2003)” e “Rapture of the Deep (2005)”, conseguiu deixar sua marca nas seis cordas. Colocando o que foi mencionado anteriormente, sem perder o riff deixado por Blackmore em clássicos como “Smoke on the Water”.

Agora em “Whoosh!”, essa nova pegada sonora definiu o som do DP. O que caiu com uma luva para o bom e velho “Silver TongueGillan. Já sem o alcance vocal de outrora, optando por um tom vocal mais apropriado aos seus 74 anos. Jon Lord deixou o grupo e foi substituído a altura por Don Airey em 2002, vindo a falecer em 16 de julho de 2012. O lendário tecladista que já tocou com Ozzy Osbourne, Gary Moore, Rainbow e Whitesnake. Com essa formação, o DP sobrevive ao tempo e exibindo que tem muita lenha para queimar. Os dois últimos discos lançados são bons exemplo disso. 

Com “Whoosh!”, temos essa constatação. Sendo uma declaração aberta que os integrantes do DP só vão deixar a poeira assentar quando resolverem se aposentar. O que não é o caso no momento. Throw My Bones” e “Man Alive”, as primeiras canções disponibilizadas, temos o DP mostrando porque seus músicos são excepcionais. Além da sonoridade que bem conhecemos, eles exibem uma técnica que envolve o ouvinte. Sendo um deleite, escutar suas harmonias e seus arranjos. Destaque para Morse e Airey

Em “Drop the Weapon” e “We’re All The Same in the Dark”, é perceptível o excelente clima vivido entre eles, a chamada “sintonia de banda”. Sentimos o prazer de estarem tocando juntos. “Nothing at All”, o órgão de Don nos faz sentir dentro da Catedral da Sé. No Need to Shout” é um rock a la DP.Step by Step”, balada reflexiva. Já “What the What” é um rockabilly que só o DP poderia fazer. 


The Long Way Road”, relembra os bons tempos da conhecida Fase II do grupo (Formação Clássica: Gillan, Glover, Lord, Paice & Blackmore). The Power of the Moon”, é sombria e densa. “Remission Possible” é um ode instrumental que introduz a poderosa “Man Alive”. Aqui temos a regravação de “And The Adress”, contida no primeiro disco do DP, “Shades of Deep Purple (1968)”. Onde Don e Steve fazem um dueto entre teclados e guitarra. DETALHE HISTORICO: Ian Paice é o único musico presente nas duas gravações.  “Dancing in my Sleep” surge como faixa bônus para encerrar os trabalhos trazendo o melhor dos dois mundos. A formação clássica do DP (mencionada anteriormente) com o momento da sua atual formação.

01. Throw My Bones

02. Drop The Weapon

03. We're All The Same In The Dark

04. Nothing At All

05. No Need To Shout

06. Step By Step

07. What The What

08. The Long Way Round

09. The Power Of The Moon

10. Remission Possible

11. Man Alive

12. And The Address

13. Dancing In My Sleep


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