O
Atentado de 11 de setembro ficou marcado na historia dos Estados Unidos. Onde
colocou definitivamente a terra do tio Sam no mapa dos terroristas e ao mesmo
tempo, fez com que o governo norte-americano ficasse atento a isso. Indo
diretamente na fonte para acabar de vez com esta ameaça à sua nação. O que
ficava restrito aos campos de batalha como a Guerra no Iraque, por exemplo. Chegou
em solo norte-americano. Mais especificamente as Torres Gêmeas em Nova York e o
Capitólio em Washington. E por muito pouco não invadiu à Casa Branca.
Teve assim
início à Guerra ao Terrorismo pelos EUA. Com a caçada ao líder da Al-Qaeda
Osama Bin Laden, que mais tarde foi emboscado em sua morada pelas Forças
Especiais dos EUA. Enquanto isso no país, a Agencia Nacional de Segurança juntamente
com a CIA, investigam a vida de cidadãos do país. No caso, todos sem exceção. Não
se importando com credo e raça. Aqueles que tinham atividades suspeitas eram
detidos e submetidos a interrogatórios. Com isso em mente, Scott Z. Burns escreveu e dirigiu o drama político “The
Report (2019)”.
Baseados
em fatos reais, onde a senadora Dianne Feinstein solicitou ao investigador do
seu staff, Daniel “Dan” Jones, para
verificar uma denúncia ao “Programa de
Detenção e Interrogatório” após os eventos do 11 de setembro, imposto pela
CIA a pessoas que foram detidas por suspeita de atividade terrorista no país. Junto
a isso, a destruição das evidencias sobre o ocorrido. Já que houveram relatos
de tortura física (o afogamento simulado) e psicológica (privação de sono). Para ser Feinstein temos a veterana Annette Bening (a Mar-Vell de “Capitã Marvel, 2018”) e Dan é
interpretado por Adam Driver (o Kylo
Ren da saga Star Wars).
“The
Report” é a investigação feita por Dan. Conhecido por sua dedicação e
empenho incansável. Ele descobre que pessoas do alto escalão da política dos
EUA estão envolvidas para encobrir as evidencias dos fatos encontrados por ele.
A cada documento verificado e a comprovação que os registros sobre isso foram destruídos,
mostram um lado que ninguém quer ver da América. A podridão de quem domina as
informações oficiais.
Compondo
sua história a partir do documento montado por Dan, que contem 7.000 páginas.
Burns faz o espectador acompanhar cada passo dado por Dan. Seja na descoberta
dos fatos com os flashbacks de como ocorrem as prisões e as torturas dos
suspeitos. É visível a mudança nas crenças de Dan sobre a América ao enxergar a
verdade dos fatos. A cada nome e rosto das pessoas que encontra e que relatam o
que sofreram nos interrogatórios. O espanto de Dan ao manusear os poucos
registros existentes como fotos amareladas das pessoas é de emocionar.
Nos cincos
anos em que esteve envolvido, Dan passou a sentir a raiva por descobrir que seu
país não é tão justo como imaginava. Fazendo com que Adam nos entregue uma das suas melhores performances. Apesar do extenso
relato, Burns o aproxima do grande público.
Sendo bem didático e claro com as informações, onde se entende o que estamos
vendo em cena. Isso se deve ao ótimo trabalho na edição por Greg O’Bryant.
Fazendo
com que aquele velho discurso “Se for
para proteger a vida de norte-americanos, não importa o que fizeram” cair
por terra. Com o embate entre o relato de Dan, a ineficácia da CIA em conseguir
o que deseja com métodos de tortura juntamente com sua falta de ética e a impotência
do Senado dos EUA diante dos fatos. Onde os termos “Salvar Vidas” ou “Liberdade
de Expressão” perdem seus valores. “The
Report” conta com as participações especiais de Jon Hamm (do seriado “Mad Men,
2007 a 2015)” como o chefe de estado da Casa Branca Dennis McDonough e Jennifer Morrison (a Emma Swann da
serie “Once Upon A Time, 2011 a 2018)
faz a advogada Caroline Krass.
Comentários
Postar um comentário