Mark Wahlberg construiu sua carreira no
entretenimento, inicialmente como rapper na banda “Marky Mark and the Funky Bunch”, atingiu o sucesso com “Good Vibrations (não é a mítica canção
dos Beach Boys!)” e na regravação do clássico “Walk on the Wild Side” de Lou Reed em “Wildside” nos anos 90. Esse foi seu recado que ele era muito mais
que o irmão de Donnie Wahlberg, este membro da boy band “The New Kids on the
Block”. Exibiu sua veia cômica na
franquia do desbocado ursinho de pelúcia “Ted”. E se especializou como ator de
filmes de ação em “Quatro Irmãos
(2005)”, “O Atirador (2007)” e “Sem Dor, Sem Ganho (2013)”.
Este último
ao lado do cineasta de destruição em massa Michael Bay, com quem trabalhou na
franquia Transformers em “A Era da
Extinção (2014)” e “O Último
Cavaleiro (2017)”. Ele também aprimorou seu lado dramático em “Os Infiltrados (2006)” de Martin Scorsese,
“O Vencedor (2010)” e “O Grande Herói (2013)”. Com ele, formou
uma parceria com seu diretor Peter Berg.
Onde trabalharam juntos em “Horizonte
Profundo: Desastre no Golfo (2016)”, “O
Dia do Atentado (2017)” e “22 Milhas
(2018)”. Se juntaram novamente em “Troco em Dobro (Spenser Confidential, 2020)”, filme produzido pelo canal das
redes sociais Netflix.
Baseado
na série de livros policiais, escrita por Robert
B. Parker e Ace Atkis. Este assumiu
o lugar do primeiro após seu falecimento. Ela conta as aventuras de Spenser,
ex-policial da cidade de Boston e trabalha como detetive particular. Foi adaptada
como seriado de TV nos anos 80 e obteve relativo sucesso. O romance “Wonderland (2013)” de Atkins serve de
base para “Troco em Dobro”.
Wahlberg
assume o papel de Spenser. Recém-saído da cadeia após agredir seu superior direto,
o capitão John Boylan (Michael Gaston).
Onde ele foi condenado a cinco anos de detenção. Na saída é recepcionado por
Henry (o veterano Alan Arkin da
serie Netflix “O Metodo Kominsky desde 2018”). Seu ex-treinador quando era
lutador de MMA e desde então subloca um quarto da casa dele. Descobre que Henry
locou seu espaço para outro inquilino, Hawk (Winston Duke, o M’Baku de “Pantera Negra, 2018”). Um promissor lutador
que Henry está treinando.
Em meio
a isso, seu velho desafeto na força policial é assassinado. E Spenser se torna
o principal suspeito. Mais tarde, um oficial é encontrado morto do outro lado
da cidade, sendo responsabilizado pelo ato. Spenser sente que há algo de errado na
história, iniciando uma investigação por conta própria. Descobre que o policial
acusado era uma pessoa honesta e integra. Onde foi acusada injustamente por tráfico
de drogas. Indo mais a fundo encontra indícios de corrupção dentro da
própria polícia e nos altos escalões da política local. Ao lado deles, traficantes e a máfia
mexicana. Assim temos o mote para “Troco em Dobro”.
Berg se tornou um cineasta de mão cheia no gênero ação. Como bem
vimos nas películas em parceria com Wahlberg.
A sintonia entre eles é nítida. Um thriller policial com ares de comedia que
prende atenção devido ao carisma de seu elenco. Ótimas sequencias de ação que se
intercalam com bons momentos de humor. Aqui Mark tem a chance de mesclar seu lado comediante com lado macho
alfa, que o deixa bem à vontade no papel. Junto a Winston, lembram as velhas duplas de policiais como na franquia “Máquina Mortífera”. A comediante Iliza Shlesinger faz o par romântico com Wahlberg como a desbocada
Cissy Davis. Os dois juntos em cena são hilários, se completam. Arkin em determinados momentos lembra
seu personagem na série “Método Kominsky”,
o empresário Norman.
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