A
banda surgida no movimento grunge no início dos anos 90, Pearl Jam, depois de sete anos volta a lançar um trabalho autoral.
Seu decimo primeiro álbum, “Gigaton (2020)”. O último “Lighting Bolt” saiu em 2013, seguido de
uma longa e grandioso turnê mundial. Com direito a duas passagens em nossa
terra brasilis nos anos de 2015 e 2018 na edição do festival Lollapalooza
daquele ano. Em meio a isso, eles lançaram o single “Can’t Deny Me” em 2018.
Desde
o segundo semestre do ano passado, eles soltaram três canções “Dance of Clairvoyants”, “Superblood Wolfmoon” e “Quick Escape”. E anunciaram “Gigaton”
para este ano. Promessa cumprida na última sexta-feira (27 de março de 2020),
com a liberação do disco em todas as plataformas digitais. Antes da pandemia do
covid-19, estava programada uma sessão de cinema exclusiva chamada “Pearl Jam: Gigaton Listen Experience in
Dolby Atmos” para salas selecionadas ao redor do globo. Incluindo o Brasil.
Mas devido ao covid-19, o evento foi cancelado.
E um
dia antes, o PJ liberou “Gigaton”
para os fãs que ligaram para o número de telefone disponibilizado em suas redes
sociais (Ex: Site oficial e instagram). Antes disso, poucos sortudos da
imprensa e convidados tiveram acesso ao material num evento organizado por Eddie Vedder em janeiro deste ano.
Muitos descreveram como o melhor trabalho do grupo nos últimos anos desde
“Binaural (2000) e que eles renovaram sua sonoridade. Adicionando o groove do
Talking Heads e loops eletrônicos em “Dance
of Clairvoyants” e outras com o som padrão PJ como “Never Destination”
e “Quick Escaper”.
São
doze canções onde ouvimos o melhor do PJ,
que está celebrando 30 anos de carreira. Mantendo seu padrão de qualidade
musical e deixando o leque aberto para novos sons. Como bem fizeram em “Vitalogy (1994)” e “No Code (1996)”, onde Eddie
Vedder (vocais e guitarra), Stone
Gossard (guitarra), Mike McCready
(guitarra solo) e Jeff Ament
(contrabaixo) exercitaram sua criatividade. Depois de várias mudanças nas
baquetas, agora com Matt Cameron
(Soundgarden), no posto desde 2000, eles exibem uma maturidade musical de dar
inveja. E se mantêm antenados com o que está rolando na atual cena musical. Sem
perder sua originalidade, é claro. Segue abaixo uma análise de cada canção.
"Who
Ever Said (Vedder)” 5:11
Como
é de praxe, o PJ abre os trabalhos
com uma canção pulsante arrasa quarteirão
"Superblood
Wolfmoon (Vedder)” 3:49
Pop
rock com ares de ska que se assemelha a “The
Fixer” de “Backspacer (2009)”
"Dance
of the Clairvoyants (Vedder, Ament, Cameron, Gossard, McCready)” 04:25
Uma
variação no som padrão PJ. Cheia de groove
e uma clara influencia do som new wave dos Talking Heads
"Quick
Escape (Vedder, Ament)” 4:47
Rock
padrão PJ. A letra de Jeff narra uma viagem imaginaria em
defesa do meio ambiente mundial e fez alusão a Trump, quando Eddie entoa: “a place Trump hadn't fucked up yet”
"Alright
(Ament)” 3:44
Balada
reflexiva sobre a espiritualidade do ser humano. Cheia de camadas ilustradas
por percussão e sintetizadores
"Seven O'Clock (Ament, Gossard, McCready,
Vedder)” 6:14
Tem
seus versos cantados por Eddie como
se fosse um pastor de igreja. Lembrando “The
Boss” Bruce Springsteen fase “Born in
the USA (1984)”. Ainda
dá uma cutucada ao atual presidente norte-americano Donald Trump
"Never
Destination (Vedder)” 4:17
Canção
vibrante no melhor estilo PJ de ser,
com direito a solo inspirado de Mike
Cready, exemplifica porque é um dos melhores guitarristas da sua geração
"Take the Long Way (Cameron)” 3:42
Blues
rock potente composto por Matt Cameron.
Mais uma vez, grande solo de McCready
"Buckle Up (Gossard)” 3:37
Canção de Stone
com ares de country music
"Comes Then Goes (Vedder)” 6:02
Balada
acústica que se encaixa bem na carreira solo de Vedder
"Retrograde
(McCready)” 5:22
Composta
por Mike. Seu arranjo remete à outra
composição sua, a pink floydiana “Sirens”
com letra de Eddie. Nem por isso deixa
de ser emotiva e cativante
"River
Cross (Vedder)” 5:53
Com
Eddie tocando um órgão datado em
1850 e Jeff empunhando Kalimba (instrumento de origem africana). “River Cross” encerra os trabalhos com
ares de world music e cheio de esperança. Em seus versos
temos: “Share the light … WON”T HOLD US
DOWN”
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