Quando
surgiu em 2008, a série criada por Vince
Gilligan, “Breaking Bad” não imaginava o impacto que teria no mundo
televisivo. Como pensar em um professor de química do ensino fundamental
se tornaria o maior produtor e traficante de metanfetamina dos EUA e podendo
ampliar seu raio de ação para fora dele. Estamos falando do carismático Walter
White, interpretado magistralmente por Bryan
Cranston, que mais tarde adotaria o pseudônimo Heisenberg.
Foram
cinco temporadas intensas (2008 a 2013), testemunhamos a ascensão e a queda de
White e seu fiel escudeiro, o ex-aluno Jesse Pinkman feito visceralmente por Aaron Paul. Os dois vivenciaram tudo o
que de bom e de mal que a riqueza pode proporcionar por meios ilícitos, a uma pessoa. Ao final da serie, vemos Walter deixar Jesse à própria sorte.
Aprisionado
por neonazistas, que o obrigam a fabricar metanfetamina sem descanso. Como se
fosse um escravo deles. Até que consegue a liberdade e pega o carro deles para
a fuga, um Chevrolet El-Camino. Para muitos, este foi à despedida e o “final feliz” de Jesse no seriado. Soltando
a plenos pulmões toda sua alegria por se livrar do cativeiro e de seu passado.
Os
fãs da serie sempre imaginaram o que houve com Jesse solto e rodando estrada
afora. Por isso, Gilligan juntamente
a Paul fizeram um capitulo a parte
sobre o paradeiro de seu disfuncional personagem. Assim temos “El
Camino: A Breaking Bad Film (2019)”. Disponibilizado no canal das redes
sociais Netflix desde o ultimo dia
11. Seguindo os eventos vistos ao final do ultimo episodio, Jesse precisa sair
de lá o mais rápido possível. Ainda preso as lembranças dos apuros que passou
no cativeiro e as consequências da sua união com mr. White.
Onde
só lhe restou a solidão e a perseguição da policia por causa da brutal morte de seus raptores. Buscando ajuda de velhos conhecidos Badger (Matt Jones) e Skinny Pete (Charles
Baker), Jesse percebe que não só precisa se livrar do chamativo carro que
dá nome ao filme. É necessário que suma sem deixar vestígios. Junto a isso, uma
profunda jornada sobre o que fez da sua vida e como enfrentar as consequências de
seus atos.
O passado
vem à tona. Relembrando com remorso, a ex-namorada Jane Margolis (a Jessica
Jones Krysten Ritter) e culpando seu
mentor pela morte prematura dela. E sentindo o amargor de recordar um dos seus
raptores, o sádico Todd Alquist. Feito por Jesse
Plemons em uma performance monumental.
Mas quem segura atenção de todos é Aaron. Simplesmente
espetacular no papel.
Onde o passado e o presente se fundem para o
amadurecimento de Pinkman. Entendendo quem realmente é. Sua estrada é longa. Percebendo
que não é mais o jovem abestalhado do inicio do seriado. Com o passar do
tempo, viu fortalecer sua personalidade perseverante. Mesmo quando contra a
vontade, parecia estar “quebrado” física
e mentalmente pelos neonazistas. Encontrou forças dentro de si para sair do “inferno” que estava passando. Para soltar toda a raiva em um grito primal.
Comentários
Postar um comentário