O
espaço sideral com sua imensa vastidão cheia de mistérios sempre instigou o imaginário
da humanidade. Pouco explorado por causa disso, muito por causa dos custos de
uma viagem para fora do nosso planeta azul possui proporções gigantescas. Por isso,
a sétima arte trouxe películas que ajudam a minimizar a curiosidade das
pessoas, como o clássico “2001: Uma
Odisseia no Espaço (1968)”, “Os
Eleitos (1983)” e “Apollo 13: Do
Triunfo ao Desastre (1995)”. E mais recentemente com “Gravidade (2013)”, “Interestelar
(2014)” "Perdido em Marte (2015)"e “O Primeiro Homem (2018)”.
Agora
é a vez do galã Brad Pitt, explorar
o desconhecido em “Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad
Astra, 2019)”. Ele é o major e engenheiro espacial Roy McBride, que é
chamado para uma missão de ultima hora. Ela está se separando da esposa Eve (Liv Tyler, a Arwen da Trilogia do Anel)
e tenta superar o abandono do pai quando era criança, o renomado astronauta
Clifford McBride (Tommy Lee Jones, o
agente K da franquia MIB: Homens de Preto). Ele é mundialmente conhecido por
ter sido o primeiro homem a explorar os planetas Saturno e Netuno. Este último
foi sua missão final, a busca por vida inteligente extraterrestre. Tanto ele quanto sua
equipe desapareceram sem deixar vestigios.
Passados
30 anos, uma energia misteriosa ameaça a Terra e o Sistema Solar. Sua origem
vem de Netuno, local que seu pai foi dado como morto. Daí surge a duvida, ele
pode estar vivo e ser a causa do abalo no espaço. Roy é convocado por seu vinculo familiar
e sua experiência para descobrir o que está havendo e se é Clifford, o responsável pelo ocorrido. Dirigido por James Gray e dividiu o roteiro com Ethan Gross, vindo do ótimo filme de aventura “Z: A Cidade Perdida (2016)” traz este conto scifi que mescla com o que
há de melhor no gênero e dramas de família. No caso, a relação conflituosa de
Roy e Clifford. Já que o segundo deixou o filho e a esposa, para explorar o
espaço infinito. Gray comentou que
se inspirou no romance “O Coração das
Trevas (1902)” de Joseph Conrad.
Com isso,
Roy nutriu certo rancor pelo pai. Mesmo assim, ainda o amo. Isso o afetou, ele
se afastou daqueles o amam como Eve e o admiram como pessoa e
profissional. Gray, experiente cineasta, aproveita o
talento e o carisma de Pitt para nos proporcionar um personagem rico dramaticamente
e ciente de sua destreza. Onde a busca pelo pai, fez com que Roy tirasse o peso do
passado das costas. Perdoar o pai pela ausência e principalmente perdoar a si
mesmo. Para seguir em frente e ser feliz. Tecnicamente
“Ad
Astra” é impecável.
O trabalho do diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema se destaca. Ele
trabalhou com Christopher Nolan em “Interestelar”
e “Dunkirk (2017)”. A solidão do
espaço e as ótimas sequências de ação, como a perseguição na Lua e o excepcional
ato final, ganham contornos épicos. Sua cenografia como, o interior das naves
espaciais, das estações lunares e o avermelhado de Marte, são de encher os
olhos. Credito para o desenhista de produção Kevin Thompson de “Birdman
(2014)” e a cenografa Karen O’Hara. O veterano Albert Wolsky capricha no vestuário dos
astronautas.
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