A
máfia; seja ela italiana, irlandesa, russa e / ou japonesa; sempre rendeu bons
filmes no cinema. O maior deles seja a trilogia “O Poderoso Chefão” do mestre Francis Ford Coppola, baseada no
romance de Mario Puzo. Ou clássicos cult
como “Operação Yakuza (1974)” e “Chuva Negra (1989)” sobre a vida bandida
na terra do sol nascente, “Os Intocáveis
(1987) de Brian De Palma e “Ajuste Final
(1990)” dos irmãos Coen. Fora as icônicas películas do mestre Martin Scorsese
sobre o tema como “Os Infiltrados
(2006)”, “Cassino (1995)” e para
muitos, o melhor filme que representa a máfia como um todo, “Os Bons Companheiros (1990)”.
Isso
serviu de inspiração para Ollie Masters escrever a HQ “A Cozinha – Rainhas do Crime” em 2015. Ao lado dele temos a arte de
Ming Doyle e as cores Jordie Bellarie. Lançada pela Vertigo, o quadrinho foi
adaptado para a tela grande do cinema pela roteirista Andrea Berloff. Conhecida por trabalhos como a cinebiografia do
grupo N.W.A., “Straight Outta Compton
(2015)” e “World Trade Center (2005)”
de Oliver Stone. Berloff também
estreia na cadeira de diretor em “Rainhas do Crime (The Kitchen, 2019)”.
Estamos
no final dos anos 70, aqui vemos três mulheres que são esposas de mafiosos
irlandeses; Kath, Ruby e Angie, serem presos pela polícia. Pedem auxilio à
organização, que lhes dá as costas. Desesperadas, precisam juntar as forças
pela sobrevivência das respectivas famílias. Elas são interpretadas por Melissa McCarthy (da versão feminina
dos “Caça-Fantasmas”), a comediante Tiffany
Haddish e Elisabeth Moss (da série
“The Handmaid’s Tales desde 2017”) respectivamente.
As
três se juntam para dominar Hell’s Kitchen (menção ao bairro do herói Marvel Demolidor) e consequentemente, assumem o controle do bairro. Como todo bom
filme de máfia, a violência faz parte do negócio. Com o passar do tempo, elas
deixam a meiguice de lado para se tornarem mulheres ainda mais fortes do que
eram. E ainda descobriram uma força interior que as faz crescer por
dentro. Destaque para a sintonia do
trio, uma complementa a atuação da outra.
Haddish se mostra como uma mulher impiedosa e
deixando aflorar sua liderança perante as amigas. Já Moss deixar de ser a mulher submissa ao marido irlandês autoritário
para se tornar uma mulher que solta toda sua raiva contida, para uma pessoa que
não tão frágil quanto parece ser. McCarthy
exibe a competência de sempre em frente das câmeras. Saindo da sua zona de
conforto em comedias como “Missão
Madrinha de Casamento (2011)” para nos brindar com uma performance
dramática excepcional como bem vimos recentemente em “Poderia me Perdoar? (2018)”.
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