Ao
contrario do dia anterior, o sol se fez presente no ultimo dia do festival. O
ecletismo faz parte dele. Indo do mais puro rock’n’roll passando pelo rap,
soul, r’n’b, jazz e chegando numa nova geração que mescla todos os gêneros com
perfeição. Essa foi a marca do final desta edição do Lollapalooza. Até o ano
que vem.
PALCO PERRY’S BY DORITOS
Música
eletrônica muito bem representada por Pontifexx,
Kvsh, Groove Delight, GTA, Bhaskar, Don Diablo (este cancelou sua vinda na última hora. Devido a
problemas de saúde na família), RL Grime
e Dimitri Vegas and Like Mike.
PALCO ADIDAS
A cantora
paulistana Luiza Lian se apresenta
pela primeira vez no festival, trazendo seu repertorio calcado no mundo
feminino. As duvidas e os questionamentos de ser uma mulher completa e feliz. Mais
uma estreante, Letrux, antes
conhecida Leticia Novaes, encanta os presentes tocam canções de seu elogiadíssimo
disco “Letrux em Noite de Climão
(2017)”. Usando um vestido vermelho, mostra que tem talento além da sua beleza
natural.
A festa
funk com pitadas de hip hop chegou! A rapper Iza usa toda sua sensualidade e talento em cima dos palcos para
alegria dos fãs. Seus principais hits estão presentes, “Ginga” e “Dona de Mim”. E
direito a medley com “Bad Romance” de
Lady Gaga e “What My Name” de
Rhianna. No final, dueto com Marcelo Falcão (ex-Rappa) em “Pesadão”.
O
trio australiano Rüfüs do Sol, é um
dos principais expoentes do tecnopop na terra dos cangurus. Junto ao Odesza, é
uma das grandes do gênero. Ao contrario do duo norte-americano, que tocaram
ontem, foi uma apresentação mais intimista e climática de acordo com a proposta
musical deles. Mais um estreante no festival, o Years & Years fecha as atividades do Palco Adidas com muito
dance music com forte influência dos anos 80 & 90.
PALCO ONIX
O
grupo paulistano E A Terra Nunca Pareceu
Tão Distante trouxe seu som instrumental para abrir o Palco Onix. Em seguida,
o duo francês The Inspector Cluzo. Formado
pelos fazendeiros de origem Laurent
Lacrouts e Mathieu Jordain, eles
trouxeram um ar de frescor ao dia. Sua formula jazz rock salpicada com o groove
e blues, trouxeram na memoria a saudosa dupla The White Stripes. Dai temos Gabriel O Pensador com seu discurso
politico habitual em meio ao seu cancioneiro como “FDP”, “Playboy” e
encerrando com o hino “Até Quando”.
Interpol volta ao festival, o grupo
nova-iorquino tocou em 2015. Revisando seu repertorio desde o primeiro trabalho
“Turn on the Bright Lights (2002)” até o recente
“Marauder (2018)”. Conhecidas como “Evil” e “Say Hello to Angels” se encaixaram bem com as novas como “The Rover”.
Com
um carro em chamas e uma tocha, a dupla Twenty
One Pilots sobe ao palco, encapuzados, para apresenta seu aclamado
trabalho, “Trench (2018)”. “Jumpsuit”
abre o show e é cantada pelo publico. Tanto eles quanto a galera, exibiram
muita interação. Performáticos e efeitos a parte, como extintores de incêndio sendo
acionados e chuva de papel picado no final. Eles transitam com perfeição entre o pop, o rock, o trance, o hip
hop, o reggae e o r’n’b.
PALCO BUDWEISER
O Aláfia, grupo formado por quinze
pessoas, traz todo seu suingue para o Palco Budweiser. Lembrando os melhores da
black music do nosso país tupiniquim. A cena rap brasileira vive seu melhor momento,
BK’ ratifica isso. O rapper carioca
entoa seus versos engajados em “Titãs”, “Gigantes” e “Vivos”. Esta ultima divide
o microfone com Luccas Campos.
Uma
das surpresas do dia, os ingleses “The
Struts”. Confirmados de ultima hora, seu som é calcado no hard rock anos 80
e forte influencia da fase glam rock do camaleão David Bowie e do Queen. Em sua primeira passagem por aqui, a banda
surpreendeu todos os presentes, com um show competente e vibrante. Destaque para
o carismático vocalista Luke Spiller.
“Body Talks”, “Dirty Sexy Money” e a versão deles para o clássico oitentista “Dancing in the Dark” do Boss Bruce
Springsteen empolgam a galera.
Greta Van Fleet, a sensação do momento finalmente
está entre nós. Considerado a atual salvação do rock. Sem esquecer as
comparações com o icônico Led Zeppelin. Em especial, a semelhança de seu
vocalista Joshua Kiskza com o mítico Robert Plant. Tirando isso, eles fazem uma
apresentação competente, nos moldes do mais puro rock’n’roll. É uma viagem no
tempo. Parece que estamos nos anos 70, quando o rock viveu seu auge com LZ,
Deep Purple e Black Sabbath. Com seu principal sucesso “Highway Tune” encerra um excelente show. Kendrick Lamar, não liberou as imagens do seu show para o festival.
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