O trono inglês sempre foi bem explorado pela sétima arte. Seja por cineastas locais como Stephen Frears com “A Rainha (2006)” e “Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha (2017)”ou a saga sobre a Rainha Elizabeth de Shekhar Kapur estrelada por Cate Blanchett. Bem como o elogiadíssimo “O Discurso do Rei (2010)” com Colin Firth. Outro bom exemplo é a serie Netflix “The Crown (desde 2016)” que aborda o que rola nos bastidores do Palácio de Buckingham.
Explorando
o mundo da Rainha Elizabeth temos o conto “Duas Rainhas (Mary Queen of Scots, 2018)” com Margot Robbie (A Arlequina de “Esquadrão Suicida”) e Saiorse Ronan (“Lady Bird: A Hora de Voar, 2017”). Robbie é Elizabeth e Ronan faz
sua Mary, a rainha da Escócia. O embate das duas pelo trono britânico chega a
ser comparável ao o que ocorre na saga de George A.A. Martin, “Game of Thrones” pelo trono de ferro. Baseado
no romance histórico “Queen of Scouts:
The True Life of Mary Stuart” de John Guy e adaptado por Beau Willimon é a entrada da diretora
inglesa Josie Rourke no cinema. Ela
é conhecida no meio teatral na terra da Rainha.
Aqui
temos o ponto de vista de Mary. Apesar de fazer parte da história dos ingleses,
aqui temos uma obra de ficção. Mary está retornando à Inglaterra para tomar o
coroa que tem direito. Incluindo a Escócia. Já que Elizabeth, por ser filha
bastarda, no pensamento dela não teria direito a isso. O embate das duas também
de cunho religioso. Mary é católica, enquanto Elizabeth é protestante
anglicana. Além disso, ela tinha o ideal
de unir os dois povos, ingleses e escoceses.
O jogo
político e as intrigas dentro do palácio estão presentes. Com Mary tentando de
todos os modos possíveis atingir seus objetivos. Enquanto isso Elizabeth
articula para evitar que isso aconteça. Daí a trama para “Duas Rainhas”. A
performances de suas atrizes dão o tom da película. A determinação de Mary para
a rainha dos dois reinos que tem direito, já que é herdeira legitima. Ao mesmo
tempo, sua luta constante contra os homens. Seja lordes ou meros lacaios do
palácio, que não a aceitam como rainha. Sem esquecer, a discriminação por ser
mulher.
Ronan aproveita sua juventude para dar o atual status da mulher
perante à sociedade. Equilibrando delicadeza e confiança diante de seus
seguidores. Junto à uma determinação que pode ser confundida por arrogância. Já
que deseja ser quem é por direito de nascença. Enquanto Robbie tem a chance de exibir todas as dúvidas e desconfianças de
sua personagem. Se realmente é a pessoa certa para reger o povo inglês. E em
quem pode confiar realmente. Encontrando nelas, a força necessária para ser
quem se tornou na história da Inglaterra.
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