Glenn Close é uma das maiores atrizes de sua
geração. Suas atuações no thriller “Atração
Fatal (1987)” e no drama de época “Ligações
Perigosas (1988)”, lhe garantiram duas indicações ao Oscar de Melhor Atriz
nos respectivos anos. Na televisão foi a implacável advogada Patty Hewiges na
serie “Damages (2007 a 2012)” e em
2015, encantou na Broadway com o musical “Sunset
Boulevard”. Na sétima arte, tem feito bons trabalhos como a adaptação live
action da clássica animação Disney “101
Dálmatas” em 1996 como a implacável vilã Cruela DeVil, no drama “Albert Nobbs (2011)” e participou do
Universo Cinematográfico Marvel em “Os
Guardiões da Galáxia” em 2014.
Agora
ela está de volta no drama “A Esposa (The Wife, 2018)”. Baseado no romance de mesmo nome escrito por Meg Wolitzer, adaptado pela roteirista Jane Anderson e com direção de Björn Runge. Close interpreta Joan Castleman, a fiel esposa do escritor de
sucesso Joe Castleman (Jonathan Pryce,
o Alto Pardal de “Game of Thrones”), este acaba de ser nomeado para o Nobel de
Literatura. Eles precisam viajar até Estocolmo para participar da cerimônia. Eles
são acompanhados pelo filho David (Max
Irons). Já que a filha Sussanah (Alix
Wilton Regan) está para ter o primeiro neto deles.
Joan e Joe tem em seu caminho, o repórter Nathaniel
Boone (Christian Slater da serie de
TV “Mr. Robot, desde 2015)”. Ele quer
escrever a biografia de Joe, ambos se recusam a discutir o assunto com ele. Em meio
a isso, David deseja seguir os passos do pai e pede sua opinião a respeito de um
manuscrito escrito por ele. Já Joan relembra o momento que ela conheceu seu
marido. Na juventude, ela (Annie Starke)
era estudante de literatura e tinha planos de se tornar uma escritora de
sucesso. Já Joe (Harry Lloyd) era
seu professor. Foi assim que se conheceram e engataram um romance.
Um pequeno detalhe, ele era casado na época. Isso ocorreu no final dos anos 50 e inicio dos 60. Enquanto o evento acontece em 1992. Joan faz um balanço de vida ao lado de Joe. O quanto ela o apoiou e sacrificou para chegar a este momento. Desde que viram pela primeira vez, Joe viu o potencial de Joan. Porém, o preconceito falou mais alto e ela preferiu ser apenas a “secretária” que trabalhava em uma editora. Já ele era um escritor mediano, sem o que é necessário para ser bem sucedido na área. Mas era uma pessoa carismática.
Assim
resolveram fortalecer ainda mais sua relação. Onde ela assume de papel de “escritora fantasma” e Joe assume a
autoria do que ela escreve. Dai o mote de “A Esposa”. Que discute aquele velho
ditado “Atrás de um grande homem, há uma grande mulher” e como ele foi se perdendo
com o passar do tempo. A interpretação sóbria e igualmente, forte de Glenn Close dá o tom da película. Sua versão
mais jovem, Annie (Nota pessoal: na vida real, ela é filha de Glenn), exibe bem isso. Enxergando
um modo de conseguir escrever e junto a isso, acompanhar o sucesso crescente do
marido.
E
mais tarde, percebendo que isso só a atrapalhou. Que se tivesse sido mais
corajosa, ela seria a escritora indicada ao Nobel e o sucesso, que na verdade, é ela. Pryce está ótimo
como o autor extremamente mimado e com baixa estima. Que necessita de companhia
constante. Neste caso, amantes durante todo casamento com Joan. Essa foi uma das
principais fontes de inspiração dela para escrever os livros. Exemplificando isso com a impactante frase dita por ela no jantar da premiação, quando perguntada sobre seu papel ao lado de Joe: "Sou uma fazedora de reis".
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