O
cineasta grego Yorgos Lanthimos se
destacou no meio cinematográfico com o drama existencial “O Lagosta (2015)” e o suspense “O
Sacrifício do Cervo Sagrado (2017)”. Sua principal característica é o humor
sarcástico e a sua visão que descontrói a vida humana. Em seu novo trabalho, o
drama de época “A Favorita (The Favourite,
2018)”, vamos ao mundo da aristocracia britânica no século XVIII. Em
especial, no reinado da Rainha Anne.
A
partir do conto original escrito por Deborah
Davis & Tony McNamara, vemos a Rainha interpretada por Olivia Colman, preocupada com a guerra
contra a França. O país já que está com recursos financeiros quase escassos,
ela se aconselha com a amiga de infância e confidente Lady Sarah (Rachel Weisz, Oscar de Melhor Atriz
Coadjuvante por “O Jardineiro Fiel,
2005”). O marido de Sarah, o Duque de Marlboro (John Gatiss, o Mycroft da serie de TV “Sherlock” desde 2010), lidera o exército inglês em batalha
contra os franceses.
Influenciada
por Lady Sarah, Anne mantem o conflito. Já lorde Harley (Nicholas Hoult, o jovem Fera da franquia X-Men) é contrario a ela e
deseja uma solução pacifica com os franceses. Em meio a isso, surge Abgail. Ela
é interpretada por Emma Stone (Oscar
de Melhor Atriz por “La La Land: Cantando
Estações, 2016”). Uma prima distante
de Lady Sarah, que vai até ela em busca de redenção. Já que sua família, antes de
posses, perdeu tudo e entrou em desgraça social.
Chegando
lá, consegue o trabalho de serviçal de cozinha. Até se encontrar com a prima.
Não a reconhece de inicio, mesmo assim, a acolhe. Abgail se torna sua assistente
e acompanhante pessoal. Ela percebe que pode se aproveitar disso e voltar ao
lugar que nunca devia ter deixado. Assim temos a trama de “A Favorita”. Muito bem
amarrada por Davis & McNamara com
o olhar aguçado de Lanthimos. O jogo
de aparências e as tramoias por detrás dos panos. São exemplificados pelos
corredores secretos do palácio da Rainha. Servindo como um prato cheio para o
trio formado por Colman, Weisz e Stone.
A
presença delas em cena dá o tom da película. Colman está perfeita como a Rainha com problemas físicos e
emocionais. Sua atuação exibe sua decadência crescente e fragilidade emocional
em lidar os problemas diante dela. Deixando espaço para Lady Sarah, ser a “regente”
implacável da nação. Esta feita por Weisz,
que está ótima como a vilã do
momento. Fria, calculista e estratégica para conseguir o que deseja. Já Emma
mostra porque está no seu melhor momento na frente das câmeras. Sua aparência ingênua
e frágil engana a todos. Pegando de surpresa, a prima. Onde aos poucos, mostra
a que veio.
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