O
cineasta Spike Lee surgiu no final
dos anos 80 e inicio dos 90 com o sensacional “Faça A Coisa Certa (1989)”. Seu discurso social sobre a intolerância
contra os negros chamou atenção do publico e da critica. Isso se exemplificou
na comedia romântica “A Febre da Selva
(1991)”.
E ao lado de Denzel Washington em “Mais
& Melhores Blues (1990)”, a película sobre o controverso líder negro
Malcolm X em 1992, no drama familiar “He
Got Game (1998)” e no filme de assalto, “Plano Perfeito (2005)”. Isso acabou se ampliando para os hispânicos,
orientais e muçulmanos como nos policiais “Irmãos de Sangue (1995)” e “O Verão
de Sam (1999)”.
Desde
então tem feito trabalhos na TV como a serie “She’s Gotta Have It (desde 2017)”. Em meio a isso, realizou o
remake do filme sul-coreano “Old Boy”
em 2013 com o Thanos Josh Brolin. E filmes menores com “Red Hook Summer (2012)” e “Chi-Rad
(2015)”. Voltando a ficar em evidencia com “Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman,
2018)”.
Baseado na história verídica do policial afro-americano Ron Stallworth que se infiltrou na
filial da cidade de Colorado Springs (Colorado, EUA) da Klu Klux Klan. Detalhe:
todos os contatos feitos com os membros da “Organização (Eles não se referem a
ela como KkK)” foram por telefone. Sem que soubesse sua verdadeira identidade. Com
isso, Ron iniciou uma investigação para ficar de olho nas atividades da Klan. Isso ocorreu em 1978.
Para
encontra-los pessoalmente, ele precisa de um alterego. No caso, branco. Ele chama
seu colega Flip Zimmerman. Assim, investigar as atividades deles dentro da “Organização” e se aproximarem de seus
lideres. Quanto mais avançam, Ron e Flip se aproximam e descobrem sobre si
mesmos. Enquanto Ron tenta lutar pelos direitos dos afro-americanos e realizar
seu sonho em ser policial. Flip tem descendência judia, só que não a exerceu
como se deveria. Vendo que isso ascendeu dentro de si uma chama interior.
Dai o
mote para “Infiltrado na Klan”. É um exercício cinematográfico com
assinatura de Spike. Que entra num
terreno que já é conhecido por ele. Onde solta sua veia social, exibindo a luta
de Ron ao lado de Flip e dos outros policiais que simpatizam com sua causa. Para
ser Ron temos John Davis Washington,
filho de Denzel. Atuando bem no papel e justificando o ditado: “Filho e peixe, peixinho é”. Como Flip temos Adam Driver (o Kylo Ren da saga Star Wars), numa performance
discreta que deixa seu recado como parceiro e a versão branca de Ron para os
membros da Klan.
Representando
a “Organização” temos Topher Grace (o Venom de “Homem-Aranha 3, 2007”). Ele é David
Duke. Um dos principais líderes da Klan e está pretendendo concorrer a cargos
no governo norte-americano. Lee não
perde a oportunidade para criticar o atual governo Trump onde os conflitos raciais
nos Estados Unidos se intensificam a cada dia. Criando um parâmetro em comum
entre eles.
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