O
conto sobre o jovem em busca do sucesso no mundo das artes e no meio do caminho
esbarra com seu mentor, não é exatamente uma novidade na sétima arte. O exemplo
mais recente é o eletrizante “Whiplash:
Em Busca da Perfeição (2014)”. Agora
estreando nas melhores salas de cinema da sua cidade uma nova versão do
clássico musical “Nasce Uma Estrela”. Sua primeira versão é de 1937. Já sua
segunda foi estrelada pela estrela do cinema Judy Garland em 1954 e a mais
conhecida com Barbra Streisand e o countryman Kris Kristofferson de 1976.
Agora
a vez da cantora pop mutante Lady Gaga,
assumir o papel antes interpretado por Garland e Streisand. É sua estreia no
cinema. Ela já tem certa experiência por participar da serie “American Horror Story (desde 2011)” na
5ª temporada chamada “Horror (2015 a
2016)”. Sua atuação lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em minissérie ou
filme para televisão daquele ano. Ao lado dela o galã Bradley Cooper, em sua primeira vez na cadeira do diretor, além de
atuar ao lado de Gaga.
Cooper é o astro country rock em decadência
Jackson Maine. Viciado em álcool e remédios, está em busca de um bar após o show.
Acaba encontrando um e entrando nele, sem perceber que é um bar temático. Voltando
para o publico LGTB, em sua noite com drag queens. É o momento que Ally (Gaga) sobe ao palco e Jackson se
encanta por ela. Indo até os bastidores para conhecê-la. Ela a convida para
tomar algo e de lá conversam a noite toda. Jackson
questiona Ally porque nunca gravou um álbum.
Ela responde que foi à reuniões com
executivos do ramo e eles lhe diziam que por causa do nariz dela, jamais
atingiria o sucesso mundial. Ele ri e lhe diz o contrario. Se o artista criar
algo com 12 notas entre qualquer oitava será a canção perfeita e o atestado de
quem você é. Jack teve uma amostra disso, quando Ally lhe cantou algo que
estava compondo.
Ele
a convida para subir ao palco no seu próximo show. Ally recusa por ter que ir trabalhar
no dia seguinte. Insistente, Jackson tenta fazê-la mudar de ideia. Até que
consegue. Indo até seu encontro, intimidada e com o empurrão dele, para juntos
dividirem o microfone. Lá Ally solta a voz e mostra todo seu talento. Dai é um
pulo, para juntar viverem o amor que já se evidenciava no primeiro encontro
deles. Com o passar do tempo, Ally começa a destacar nos shows da turnê. Chamando
atenção do empresário e produtor Rez (Rafi
Gavron), que a convence a gravar um disco individual. Saindo debaixo da asa
de Jackson.
Isso gera um conflito entre os dois. Ally ascendendo musicalmente e
Jackson, já decadente, indo ladeira abaixo por causa disso e o vicio indo a níveis
inimagináveis. Assim temos o mote do novo “Nasce Uma Estrela (A
Star Is Born, 2018)”. Bradley
nos traz um retrato honesto sobre as estrelas da musica. Seja em ascensão, seja
em franca decadência. Junto a isso, vemos como funcionam os bastidores de uma turnê.
Inclusive canta, compôs e tocou as canções de Jackson. Dando ainda mais autenticidade ao papel.
Tanto
ele quanto Lady Gaga, exibem uma
sintonia em cena de se admirar. Cooper
saindo do estilo galã, marcado na franquia “Se
Beber, Não Case”, para exibir um astro da musica em constante reflexão
sobre si e seu legado. Um bom exemplo disso, numa conversa com irmão mais velho
Bobby (o veterano Sam Elliott), lhe
dizendo que ele é seu verdadeiro herói e não o pai.
É visível a emoção entre
eles. Em especial, Bobby que está visivelmente emocionado com a declaração. Gaga, seu talento musical já é bem conhecido do grande
publico. Aqui ela mostra que um quê a mais em seu currículo artístico. Colocando
na medida certa a ingenuidade no começo da carreira e a segurança que adquiriu
ao lado e dos conselhos de Jackson para seguir em frente. Ao mesmo tempo,
tentando ajuda-lo a vencer seus demônios interiores.
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