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"10 SEGUNDOS PARA VENCER"


O cinema nacional encontrou um filão que é garantia de sucesso e qualidade. Ao contrario de comedias sem graças como a franquia “Até Que A Sorte Nos Separe”, que se tornaram um padrão muito baixo para o que é visto na tela grande, quando falamos de cinema brasileiro.  Atualmente temos um salto para o chamado “cinema de verdade” com cinebiografias do sindico Tim Maia, a eterna pimentinha Elis Regina e mais recentemente o elogiadíssimo “Bingo: O Rei das Manhãs (2018)” sobre o palhaço Bozo, um ídolo televisivo dos anos 80, por exemplo.

Agora chegou a vez do maior representante do boxe no Brasil ganhar sua história no cinema. Estamos falando do campeão Éder Jofre. Ele se notabilizou por ganhar o titulo mundial nas categorias “Peso Galo” e “Peso Pena”. E se tornando um dos maiores boxeadores da história do esporte. Seu nome está ao lado de lendas como Sugar Ray Robinson, Muhammad Ali e Rocky Marciano. 


Para ser Éder temos o ator global Daniel Oliveira, conhecido por ter personificado Cazuza em “O Tempo Não Para (2004)”, e o veterano Osmar Prado, é seu pai Kid Jofre. De origem argentina, ele é treinador que possui uma academia no bairro do Peruche na cidade de São Paulo. O conto tem como titulo “10 Segundos para Vencer (2018)”. Dirigido por José Alvarenga Jr. (do seriado “Supermax, 2016”) e escreveu o roteiro ao lado de Thomas Stavros (da serie “1 Contra Todos, desde 2016”), Patrícia Andrade (“Gonzaga: De Pai para Filho, 2012”) e José Guertzenstein (“Polícia Federal: A Lei é para Todos, 2017”).

Juntos nos trazem a cinebiografia de um dos maiores esportistas de nossa terra tupiniquim e como sua história de superação se tornou um exemplo a ser seguido. Desde a infância, Éder tem a alma de um lutador. Mesmo com o sonho de ser um desenhista profissional. Vê o pai treinar outras pessoas e em especial o tio Zumbanão (Ricardo Gelli). Que tem talento para o boxe e uma chance de se profissionalizar. Mas devido aos vícios com álcool e mulheres e seu temperamento difícil perder a oportunidade de garantir o futuro da família Jofre. 


Por vontade própria, Éder diz ao pai que o treine para ser um campeão. Já adulto, decide dividir seu tempo com os estudos. Durante o dia, vai até a escola de desenho e à noite, na academia. Kid é contra isso, porque acredita que o filho perde a concentração e determinação para ser um lutador de boxe. Junto a isso, Éder conhece Cida (Keli Freitas) em um baile local. E lá engatam uma relação, onde mais tarde, se casam.

Éder recebe a noticia que o irmão mais novo Doga (Ravel Andrade) é diagnosticado com câncer e precisa iniciar o tratamento com urgência para viver. Fazendo com que Kid penhora tudo o que tem para garantir que o filho seja tratado. Daí Éder toma uma decisão que irá mudar radicalmente sua vida e a todos em sua volta. Largar os estudos e se tornar um lutador profissional de boxe. Assim temos a trama de “10 Segundos para Vencer”.


Alvarenga Jr. ilustra o conto, com uma reconstituição de época de encher os olhos.  E enfatizando a relação Pai & Filho de Kid & Éder. O primeiro, uma pessoa de gênio forte e de certo modo autoritária, por treinar Éder quase forma desumana. E não saber expressar seu amor incondicional por ele. Já o segundo mostra a determinação que se tornou sua maior característica. Enfrentando todas as dificuldades a frente como se fosse seu round final e cumprindo a promessa feita ao pai de nunca ouvir a contagem de “dez segundos”. 

A atuação de seus protagonistas é a força motriz da película, Daniel & Osmar nos mostra que temos grandes atores na nossa terra brasilis. Com o primeiro confirmando o talento visto anteriormente em “O Tempo Não Para” e no elogiadíssimo drama familiar “Aos Teus Olhos (2018)”. Já o segundo, com 60 anos de carreira, em um dos seus papeis na frente das câmeras. Seja no cinema, na TV e no teatro.

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