O guitar hero Edgard Scandurra se notabilizou por um dos grandes virtuoses das seis cordas de uma guitarra em nossa terra brasilis. Desde que criou a banda Ira! ao lado do cantor encrenqueiro Nasi, ou mesmo antes disso, quando tocou no Ultraje a Rigor de Roger Moreira. E fazendo parte da efervescente cena punk em São Paulo, quando tocou com o grupo feminino Mercenárias (onde era o baterista) e o Smack.
Com isso dito, no ultimo mês de maio em
suas segundas-feiras relembrou esses tempos. Juntamente com seu primeiro disco
solo “Amigos Invisíveis (1989)” e o projeto Benzina. Sendo que o primeiro
era tocado na íntegra. Isso ocorreu no teatro Centro da Terra na cidade de São
Paulo. Posteriormente, nas folgas da turnê itinerante do Ira!, onde fez as pazes
com Nasi em 2013. Tem realizado apresentações em que toca “Amigos Invisíveis”. Em
agosto se apresentou no Centro Cultural Vergueiro em São Paulo.
Agora chegou a vez do Sesc Pompeia. Em
show único realizado na ultima sexta-feira (28 de setembro de 2018), Edgard ao lado do filho Daniel (contrabaixo), Taciana Barros (teclados e vocais), Fábio Golfetti do Violeta de Outono (guitarra)
e Rodrigo Saldanha (bateria) revisam
para muitos (em especial, os fans do Ira!), seu melhor trabalho individual.
Eles subiram ao palco da comedoria
(restaurante) do Sesc pontualmente às 21h30, após o anúncio oficial da casa.
Com um sorriso de orelha a orelha e esbanjando simpatia, Edgard e banda já emendam a intro “Estamos Nesse Trem” com muitos efeitos e vocais sussurrados que
lembram as mensagens do metrô paulista. Seguindo com a romântica “Amor em B.D.”. Continuando com “Minha Mente Ainda é a Mesma”. É a deixa
para o hit do disco “Abraços & Brigas”.
Cantada em dueto com Taciana. Como
foi originalmente gravada.
Daí temos a versão semiacústica do
hino IRA!, “Gritos na Multidão”.
Ovacionada e cantadas pelos presentes. Continuando com “Quero Voltar para Casa” e a homenagem de Scandurra para seu maior ídolo e influência na música, Pete
Townshend do The Who. Confessa que se tornou musico por causa dele. É a deixa
para “Our Love Was”. Ao seu final, eles
tocam um trecho de “Quadrophenia”. O
interlúdio “Amigos Invisíveis” é
tocado, quase juntamente com a instrumental “1978”. Que teve ares de psicodelia anos 60 e rock progressivo. Isso
se deve ao duelo de guitarra entre Edgard
& Fábio. E a bônus track do
show, uma versão para o tema musical do clássico do cinema “Laranja Mecânica (1971)” do mestre
Stanley Kubrick.
Mais uma balada romântica, “Culto ao Amor”, com solo de teclado
executado por Taciana. A homenagem
ao filho Daniel na acústica “Bem-Vindo Daniel” e o encerramento com a
potente “Vou Me Entregar Como Nunca”.
Como não poderia faltar o BIS com “Você
Não Sabe Quem Eu Sou” e o maior sucesso do Ira!, “Flores em Você”. O Operário do Rock, como se autoproclama Edgard, promete para o ano que vem,
quando se celebra os trinta anos de “Amigos Invisíveis”, várias surpresas a
respeito. E que até agora foi só uma mostra do que está por vir.
Pena ele frequentemente trair seus amigos invisíveis.
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