"ACROSS THE UNIVERSE", Os Beatles em Formato Musical de Hollywood

A música e o cinema sempre tiveram seus caminhos entrelaçados. Seja a biografia de um astro do gênero como Glenn Miller, Ray Charles e Jim Morrison, ou usando seu legado musical para ser o enredo de uma película. Mais recentemente tivemos a música do grupo sueco ABBA na sétima arte. A continuação do sucesso de 2008, “Mamma Mia”, “Mammia Mia: Lá Vamos Nós de Novo (2018)” que está em cartaz nos melhores cinemas da sua cidade. Discutimos ambos nos links:

MAMMA MIA (2008)

http://cyroay72.blogspot.com/2018/07/mamma-mia-2008-musicalidade-do-abba-na.html

MAMMA MIA: LÁ VAMOS NÓS DE NOVO

http://cyroay72.blogspot.com/2018/08/mamma-mia-la-vamos-nos-de-novo.html

Pegando emprestado o Delorean do doutor Brown, vamos relembrar “Across The Universe”. Musical de 2007, baseado no cancioneiro dos quatro rapazes de Liverpool, os Beatles. Com roteiro escrito por Dick Clement, Ian La Frenais e Julie Taymor. Esta ultima responsável pela direção e que nos trouxe a primorosa cinebiografia da pintora Frida Kahlo em 2002, "Frida". Também é conhecida por seus trabalhos na Broadway.

Aqui temos o conto romântico de Lucy e Jude. Ela é interpretada por Evan Rachel Wood (da serie de TV “Westworld desde 2016”), uma jovem iniciando sua vida na faculdade. Ele é feito por Jim Sturgess (“Tempestade: Planeta em Fúria, 2018”), um rapaz inglês nascido em Liverpool em busca de seu pai nos Estados Unidos. O destino se encarrega para seus caminhos se cruzarem. O irmão de Lucy, Max (Joe Anderson), estuda na universidade que o pai de Jude trabalha como zelador. A amizade entre os dois é instantânea. 

Ao mesmo tempo conhecemos Prudence (T.V. Carpio) em busca de seu lugar no mundo; a cantora Sadie (Dana Fuchs) e seu parceiro musical, o guitarrista Jo-Jo (Martin Luther McCoy), que desejam ter sucesso no mundo do rock’n’roll, apesar das brigas constantes entre eles. A jornada de todos acompanha a história nos Estados Unidos em meio aos truculentos anos sessenta.

Onde a luta contra a guerra do Vietnã explodia juntamente com uma revolução cultural que viraria o país de cabeça para baixo literalmente. Que mais tarde, chegaria a todo globo terrestre. Se mesclando perfeitamente com as lendas e fatos reais que fazem parte da história dos Beatles. Por exemplo, o ato final de “Across the Universe” todo elenco está no terraço de um prédio em Nova York, cantando “Hey Jude”, “Don’t Let Me Down” e “All You Need is Love”. Lembrando a última vez que os Beatles tocaram juntos no terraço dos estúdios Abbey Road em Londres. 

Como toda historia de amor, Jude e Lucy tropeçam por vários percalços. A situação ilegal dele no país e Lucy lutando para trazer o irmão de volta da guerra. E participando de movimentos contra ela. Tudo isso ao som do repertorio dos Beatles. Ao invés de toca-las originalmente, todo elenco regravou as canções e incorporando cada canção de acordo com que estavam vivendo em cena. Em um trabalho de edição excepcional de Françoise Bonnot e uma reconstituição de época de encher os olhos, “Across The Universe” nos leva a uma viagem do tempo e ao mundo da Beatlemania. 

Por exemplo, os nomes de seus interpretes são referencias as clássicas “(Hey) Jude”, “Lucy (in the Sky with Diamonds)”, “(Sexy) Sadie”, “Max(well’s Silver Hammer)”, “Jo-Jo (Get Back)” e “(Dear) Prudence”. Contando com as participações especiais do vocalista do U2 Bono como o charlatão “Dr. Robert”, onde canta “I Am The Walrus”. O vozeirão de Joe Cocker em “Come Together”. A musa do cinema latino Salma Hayek é uma sexy enfermeira interpretando “Happiness is a Warm Gun”.