De
volta a discutir sobre a sétima arte, temos o novo trabalho do mago Steven Spielberg, “Jogador Nº 1 (Ready Player One,
2018)”. Baseado no livro de mesmo nome do escritor norte-americano Ernest Cline. Que o adaptou junto ao
roteirista Zak Penn (“Os Vingadores: The Avengers, 2012”). Eles
nos levam para o ano de 2045, com a economia mundial em colapso. Onde as
pessoas vivem conectadas em um programa para redes sociais chamado OASIS,
criado por James Halliday (Mark Rylance,
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Ponte
de Espiões, 2015”).
Que as
leva para um mundo de realidade virtual, onde se tornam o que desejam ser. Por exemplo,
um super-herói, um soldado de elite, um ídolo de infância e até mesmo um
animal. Entre eles temos o jovem Wade Watts (Tye Sheridan, o Ciclope de “X-Men:
Apocalipse, 2016”). Que perdeu os pais muito cedo e vive com sua tia Alice.
Seu cotidiano é viver no OASIS.
Seu avatar
se chama Parzival. É onde consegue dinheiro para sobreviver. Disputando
corridas, pilotando um DeLorean. Lá tem como melhor amigo Aech (Lena Waithe), especialista em consertar
e montar os pertences dos frequentadores do OASIS. Em uma das corridas, conhece
Art3mis (Olivia Cooke). Uma jovem
como ele juntos criam uma sintonia. Porem, ela tem outro proposito dentro do
programa. Halliday,
antes de morrer, deixou uma mensagem para o mundo. Ele escondeu três “Easter Eggs” dentro do mundo virtual do
OASIS. No caso, são três chaves de acesso. Que darão a quem encontra-la, total
controle sobre o jogo e uma fortuna imensurável. Até então, ninguém conseguiu
decifrar seu mistério.
Wade,
um grande admirador de Halliday, vai até o museu sobre sua vida em busca de
pistas. Lendo manuscritos e vídeos com conversas entre ele e seu melhor amigo e
parceiro de trabalho, Ogden Morrow (Simon
Pegg, o Scott de Star Trek). Vendo algo que pode ser um indicativo para
encontrar a primeira chave, numa mensagem deixada por Halliday. Com esforço e raciocínio rápido, atinge seu objetivo. A primeira chave e o contato com o
avatar de James, chamado Anorak. Chamando atenção de Nolan Sorrento (Ben Mendelsohn, o diretor Krennic de “Rogue One: Uma História Star Wars, 2016”). CEO da empresa rival ao OASIS, que vê em Wade
potencial para encontrar as chaves e se aproveitar com isso. Assim temos o mote
para “Jogador Nº 1”.
Aqui
vemos Spielberg aproveitando todas
as referências do livro de Cline
sobre a cultura pop dos anos 80. Em especial musical e cinematográfica. O próprio autor já havia comentado que não o
teria escrito sem ter visto os filmes do mago do cinema. A ótima sequencia de
abertura com a narração em off de Wade falando sobre a realidade que vive e vai
até o OASIS para fugir dela. E rolando “Jump”
do Van Halen.
Onde vemos Wade se preparando para o primeiro encontro com Art3mis, quando usa um
programa para escolher o que usar. Entre as vestimentas temos o uniforme vermelho
utilizado pelo King of Pop Michael Jackson no videoclipe “Thriller (1984)”. Em meio a
isso, vislumbramos outros ícones daqueles tempos como a moto de Art3mis, é a
mesma vista no anime japonês “Akira, 1988”. A presença do DeLorean da saga “De Volta para
o Futuro” não se restringe só a isso, seu criador Robert Zemeckis também é
citado.
Somada a presença do carismático Gigante de Ferro. E uma sequencia magistral em que
homenageia o mestre do cinema Stanley Kubrick em um dos seus melhores
trabalhos. Steven nos leva a uma viagem no tempo literalmente. Em especial,
quem viveu os anos 80 (como este vos escreve). Junto a isso, uma critica social
aos novos tempos. Onde deixamos de viver realmente para estarmos conectados 24
horas em celulares, smartphones e ipads.
Isso
é exemplificado quando Parzival, Art3mis e Aech se encontram pessoalmente. O impacto
é gigantesco. Com eles, outros frequentadores do OASIS, Daito e Shoto. Que na
verdade se chamam Toshiro Yoshiaki (Win
Morisaki) e Akihide Karatsu (Philip
Zhao). Sofrem esse choque de realidade.
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