Filmes
de ficção cientifica com ares de suspense claustrofóbico provam que são uma boa
mistura para o gênero. Um bom exemplo é “Sinais
(2002)” de M. Night Shyamalan, onde a Terra é invadida por alienígenas. Porem,
ela não é atacada de imediato. Os seres de outro planeta vão surgindo por acaso
no cotidiano da humanidade. E aos poucos vão tomando conta da Terra, através do
terror silencioso que causam. Partindo de uma premissa similiar, temos o
primeiro trabalho como diretor de John
Krasinski, o misto de scifi com thriller de suspense “Um Lugar Silencioso (A Quiet Place, 2018)”.
Conhecido
por seu trabalho como Jim no seriado televisivo “The Office (2005 a 2013)”, e no filme de guerra “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi (2016)”, agora ele
estrela ao lado da esposa Emily Blunt
(“A Garota do Trem, 2016”), esta
scifi mesclada com suspense a flor da pele. Juntos eles formam o casal Lee e
Evelyn Abbott respectivamente. Ao lado deles, os filhos pequenos Regan (Millicent Simmonds) e Marcus (Noah Lupe). Somando ao terceiro a
caminho, Evelyn está para entrar em trabalho de parto.
Tudo
correria normalmente, se o planeta não tivesse sido invadido por horrendas criaturas
vindas de outro mundo. Com uma característica incomum: elas não possuem visão e
olfato. Apenas uma audição apurada. Ao menor ruído, atacam. Foi assim que
dizimaram todos os seres vivos da Terra. Os poucos sobreviventes como os
Abbotts, vivem em silêncio.
Eles
conversam em língua de sinais como os surdos-mudos. Moram numa fazenda e seu
caminho é formado por areia, para abafar os sons de seus pés agora descalçados.
O piso de madeira é marcado, onde possa causar qualquer tipo de ranger. Tentam
viver seu cotidiano sem qualquer tipo de barulho. Saqueando mercados e casas próximas
a eles.
Assim
temos a premissa de “Um Lugar Silencioso”. Krasinski se mostra um bom diretor. Sabendo dosar o suspense e o medo crescente de seus interpretes, quando se sentem
ameaçados pelos aliens. Destacando a sequencia onde Emily está prestes a ter
seu bebê e precisa se esconder na banheira, não podendo emitir nenhum som e ainda
silenciar o choro da criança. Junto a isso, a aproximação do monstro. A atuação silenciosa da família formada pelos quatro só adiciona ainda mais drama e tensão ao que estão vivenciando.
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