O
cinema sempre soube aproveitar a Bíblia para trazer bons filmes sobre o tema.
Entre eles os clássicos estrelados pelo mito Charlton Heston, “Os Dez Mandamentos (1956)” e “Ben-Hur (1959)”. Mais recentemente os
filmes bíblicos foram atualizados com uma pegada mais realista dos fatos. Como
por exemplo, o polemico “A Paixão de Cristo
(2004)” do mad Mel Gibson e a do mestre Martin Scorsese em “A Última Tentação de Cristo (1988)”,
onde a divindade de Jesus Cristo é colocada de lado e destacando mais sua
humanidade.
Agora
o diretor Garth Davis do excepcional
drama “Lion: Uma Jornada para Casa
(2016)” nos traz sua visão sobre a história de Jesus Cristo, com um ponto de
vista de seus pares. No caso, Maria Madalena. Sua presença ainda causa polemica
até hoje. Até então, uma prostituta de acordo com o Papa Gregório em 591 D.C.,
só recentemente isto foi retirado dos altos. Estudiosos da Bíblia acreditam,
ela era a esposa de Jesus. A partir daí, temos “Maria Madalena (Mary Magdalene,
2018)”.
Ela
é interpretada por Rooney Mara (a
Lisbeth Salander de “Millennium: Os
Homens que não Amavam as Mulheres, 2011”) e a vemos como uma mulher que se mostra
contra sua posição perante a sociedade vigente. Recusando a aceitar sua
condição em se casar com um homem escolhido pelo pai (Tchery Karyo). E sofrendo por causa disso, acusada por ele e toda
família por estar possuída pelo demônio. Passando
por um exorcismo, o que a deixa ainda reticente. Só quando recebe a visita de
Jesus de Nazaré (o Johnny Cash Joaquim
Phoenix). Com ele se sente a vontade, percebendo que possuem ideais em
comum. Juntos, Jesus a vê como uma de suas apostolas. Enxergando nela, a pessoa
certa para dar seguimento os seus ideais sobre a palavra de Deus.
O
único que se opõe a isso é Pedro (Chiwetel
Ejiofor de “12 Anos de Escravidão,
2013”). Ele não acredita que uma mulher possa ser a “escolhida” para suceder Jesus. Vendo que este papel cabe em um
homem na realidade. Assim temos o conto escrito por Helen Edmundson e Phillipa
Goslett, o testemunho de Maria Madalena ao lado de Jesus. Desde o primeiro
milagre até sua crucificação. Davis nos traz uma visão sobre Maria
Madalena como uma mulher de atitude. Muito a frente de seu tempo.
Onde o homem
é considerado superior e a mulher apenas serve para procriação. Destacando a
performance de Rooney, que apesar da
sua caminhada cheia de pedras e espinhos, consegue deixar sua mensagem e a
continuidade da ideologia de Jesus de acordo com a palavra de Deus.
Equilibrando a divindade de Jesus, entre a pessoa comum e a endeusada pelos
seus seguidores.
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