Teve
inicio na tarde da ultima sexta-feira (23 de março de 2018) a sétima edição do
festival Lollapalooza Brasil na
cidade de São Paulo. Ele ocorreu no autódromo de Interlagos e lá se apresentam
mais de 50 atrações musicais nacionais e internacionais. Divididas em quatro
palcos temáticos: Palco Budweiser
(com os principais artistas), Palco Onix
(artistas de médio porte e veteranos), Palco
Axe (reservado aos novatos) e Palco
Perry’s Doritos (direcionado para a musica eletrônica).
Entre
os artistas de ontem tivemos os californianos dos Red Hot Chili Peppers, o retorno do LCD Soundsystem, o rapper da nova geração Chance The Rapper, os novos roqueiros do Royal Blood, a jovem Zara
Larsson e os DJ’s Galantis e o
brasileiro Alok. Segue a seguir um
relato das apresentações que rolaram ontem.
PALCO PERRY’S DORITOS
Destaque
fica para a interação a performance dos DJ’s. Entre eles Kyle Watson, Alison
Wonderland e a atração principal, o goiano Alok. Em um show que misturava chuva de papel picada, luzes
cegantes e o que de melhor em termos de pirotecnia. Ele tocou seus principais
hits como “Hear Me Now”, “Big Jet Plane” e “Fuego”. Em meio à remixes de canções do Green Day, Oasis e Selena
Gomez. Foi um show apoteótico no melhor estilo do gênero.
PALCO AXE
Os brasileiros
do Plutão Já Foi Planeta abriram os
trabalhos por lá com seu som indie. A pequena Mallu Magalhães mostrou porque um dos grandes talentos da sua
geração na música brasileira. Mais velha e mais solta celebrou os dez anos de
carreira. A surpresa do dia ficou para o duo Oh Wonder. Os carismáticos Josephine
Vander Gucht e Anthony West chamaram
atenção dos presentes com sua sonoridade pop rock agridoce.
A grande
atração do Palco Axe foi a jovem sueca Zara Larsson. Mostrou porque é uma das novas sensações da musica
pop atualmente. O sucesso “Never Forget
You” fez a alegria dos fãs. A canção “Symphony”
foi dedicada à vereadora assassinada no Rio de Janeiro Marielle Franco.
Fechando os trabalhos por lá, tivemos o canadense Mac DeMarco. Seu som único, sua simpatia e bom humor se destacam. Brincando
bastante com o publico e fumando um cigarro e outro entre as canções. Junto a
uns goles na garrafa de vinho. “Salad Day” e “Ode to Viceroy” fizeram parte do
show.
PALCO ONIX
Com
os brasileiros do Luneta Mágica e o Vanguart iniciaram os shows no Palco
Onix. Com este ultimo também homenageou Marielle Franco com um discurso do
vocalista Hélio Flanders após a canção “Das
Lágrimas”.
Os dinamarqueses
do Volbeat fizeram sua estreia em
nossa terra brasilis e não decepcionaram. Seu som, uma mescla de heavy metal,
rockabilly e uma pitada de punk rock agradaram não só os fãs. O vocalista e
guitarrista Michael Poulsen estava
de sorriso de orelha a orelha. “Lola
Montez”, “16 Dollars” e “Sad Man’s Tongue (esta com direito a
introdução de “Ring of Fire” do homem de preto Johnny Cash)” fizeram parte do
show.
A nova
sensação do rock, o duo inglês Royal
Blood. Os carismáticos Mike Kerr
(vocais e contrabaixo) e Ben Thatcher
(bateria) demonstraram que não é preciso de muita coisa para tocar o bom e
velho rock’n’roll. Duas pessoas e dois instrumentos no palco e muita atitude. Suas
referencias vão desde old school formada por Led Zeppelin e Black Sabbath
passando por Metallica, Nirvana e Queens of the Stone Age, por exemplo.
“Where Are You Now?”, “Light Out” e “I Only Lie When I Love You” fizeram parte do setlist. Com “Figure it Out” e “Out of the Black” se despediram dos presentes. Com Ben indo “literalmente
para a galera” e se cobrindo com a bandeira do Brasil.
Em um
show de quase duas horas, o LCD
Soundsystem de James Murphy
levou o publico para uma viagem musical. Sua sonoridade tem influencia da disco
music, a musica eletrônica dos anos 80 / 90 e o DJ Giorgio Moroder. Com uma
banda formada por nove músicos, que tocaram o repertorio dos três discos
lançados por eles. Em especial o ultimo “American Dream (2017)”. Mesclaram perfeitamente
o rock indie com loops eletrônicos. “Daft Punk Playing in my House”, “Call the Police”, “You Wanted
a Hit”, “Tonite” e “All My Friends”, foram tocadas.
Nem Liminha Ouviu e Selvagens À Procura da Lei iniciam a maratona no Palco Budweiser. Logo
em seguida, O rapper Rincon Sapiência
aproveitou o momento e falou sobre o assunto. Fez todos dançarem e pular com o
sucesso “Ponta da Lança”. Contando
com a participação especial da soul funk do momento Iza na canção “Ginga”. Os
texanos do Spoon trouxeram sua sonoridade
indie. Com 20 anos de carreira tocaram suas principais canções como “Don’t You Evah”, “Do You”, “The Underdog” e
“Hot Thoughts”.
Uma das
atrações mais esperadas do dia, o rapper Chance
The Rapper. Surpreendeu a todos com uma performance cheia de simpatia e
carisma. O soul, o R&B, rap pro e a musica gospel fazem parte das suas
referencias musicais. Conhecido por seu empreendedorismo, onde não tem contrato
com as grandes gravadoras. Onde grava varias mixtapes e as lança em seu site
oficial. Acompanhado por quatro backing vocals, um baterista, um trompetista e
um tecladista, Chance apresentou o
melhor do seu repertorio com “Mixtape”,
“Angels” e “Sunday Candy”.
Finalmente
os Red Hot Chili Peppers sobem ao Palco Budweiser. Com uma apresentação
bem similar a vista no ultimo Rock in Rio no ano passado. Com um setlist
levemente diferente. A jam instrumental com Flea (contrabaixo), Chad
Smith (bateria) e Josh Klinghoffer
foi a entrada perfeita para Anthony
Kiedis iniciar a canção “Can’t Stop”.
Foi um show enxuto, recheado com os principais sucessos do grupo como “Otherside”
e “Californication”. E com algumas e boas surpresas.
Como
Klinghoffer cantando e tocando “Menina Mulher de Pele Petra” de Jorge
Benjor. Ele já havia feito isso no Rock in Rio 2017. “Aeroplane” e “Hump de Bump”
voltaram a ser tocadas. Há muito tempo não faziam parte do setlist. Esta ultima
contou com o percussionista brasileiro Mauro
Refosco. E duas perolas do passado distante da banda, “Nevermind” do “Freakey Styley (1985)” e a clássica “Higher Ground” do soulman Stevie Wonder,
gravada em “Mother’s Milk (1989)”. Fechando os trabalhos com a balada “Goodbye Angels” e a vibrante “Give it Away”.
Comentários
Postar um comentário