Fazer
um filme envolve vários fatores. Além do seu custo, temos o comprometimento de
todos os envolvidos e acima de tudo, o roteiro escrito pelo seu idealizador. O
maior exemplo disso é o criador da saga Star Wars, George Lucas. Que a levou na
raça literalmente, mesmo com tudo contra, ela se tornou uma das franquias de
maior sucesso na sétima arte.
Levando
isso em conta, recordamos do excêntrico Tommy Wiseau. Um anônimo que se tornou
ator, diretor, roteirista, produtor ao dirigir o filme “The Room” em 2003. Ao lado do amigo Greg Sestero, que conheceu na escola de teatro nos anos 90. Juntos
filmaram sua película e que mais tarde seria conhecida como “o pior filme de
todos os tempos”. Muito por causa do seu baixo padrão de qualidade em todos os
sentidos. Atualmente “The
Room” ganhou o status de “cult movie”.
Depois
disso, Sestero resolveu escrever um
livro sobre os bastidores da produção chamado “The Disaster Artist: My Life inside the room, the greatest bad movie
ever made”. O que chamou atenção de James
Franco, o Harry Osborn da franquia “Homem-Aranha” de Sam Raimi. Ele já tem
trabalhos como diretor no cinema independente nos EUA e como ator teve destaque
no drama “127 Horas (2010)”, onde
inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Ator daquele ano. Participou de “Planeta dos Macacos: A Origem (2011)”,
voltou a trabalhar com Raimi em “Oz:
Mágico & Poderoso (2013)” e soltou sua veia cômica ao lado do amigo e
parceiro Seth Rogen em “É O Fim (2013)”
e “A Entrevista (2014)”, e na comedia
familiar “Tinha que ser Ele (2016)”.
Junto ao irmão Dave Franco (da
franquia “Vizinhos)”, eles interpretam Wiseau e Sestero respectivamente. Usando
o livro como base do roteiro escrito por Scott
Neustadter & Michael H. Weber, focando na amizade dos dois e como o
ambiente de um set de filmagem pode ser estressante. James incorporou bem o
personagem. Wiseau é uma pessoa bizarra e excêntrica. Enquanto Sestero tenta
manter o foco e o financiamento para a produção.
A caracterização
de James para Tommy está perfeita. Não
só imitando o jeito de andar curvado, os trejeitos e o modo como se expressa. Sua
persona é realmente caricata e peculiar. Seu irmão Dave exibe toda a insegurança de Greg em frente às câmeras. E
mostra uma força interior atrás das câmeras para levar o projeto a frente.
Destaque realmente fica para a
performance de James e sua direção recheada
de detalhes sobre o biografado e seu trabalho como ator, produtor e diretor. A semelhança
fica mais aparente com o excepcional trabalho da equipe de maquiagem, que
deixou um dos seus olhos caídos, igualmente ao de Wiseau. James capricha ao trazer um retrato honesto e sincero de uma
persona, que se tornou um mito em Hollywood.
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