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HUGH JACKMAN É "O REI DO SHOW"


O australiano Hugh Jackman ficará eternamente conhecido como o mutante de garras Adamantium Wolverine da franquia X-Men na sétima arte. Totalizando sete filmes como o personagem. Além do carisma e talento, mostrou sua versatilidade em musicais na Broadway como “The Boy from Oz (2003)”. Saindo do gênero ação e ampliando seu horizonte artístico como no romântico “Kate & Leopold (2001)”, nos suspenses “O Grande Truque (2006)” e “Os Suspeitos (2013)”, no drama familiar “Gigantes de Aço (2011)” e na comedia “Voando Alto (2016)”.

E soltando a voz na ultima adaptação para a tela grande do cinema do clássico musical “Os Miseráveis” em 2012. Agora Jackman está de volta ao gênero com “O Rei do Show (The Great Showman, 2017)”. Dirigido pelo estreante Michael Gracey, vindo da parte técnica do cinema, no caso efeitos especiais. Aqui, ele conta a história do empreendedor Phineas Taylor “P.T.” Barnum (Jackman), que criou um novo tipo de entretenimento. O circo com atrações, no mínimo, inusitadas. Como a mulher barbada, o anão com aparência de criança e fala grosso, um homem com o corpo totalmente coberto por tatuagens, gêmeos siameses e um gigante com mais de 2,5 metros de altura.


Com o pretexto, que estes indivíduos não conseguem seu lugar na sociedade, por causa da discriminação que sofrem por serem diferentes. E Barnum encontra um meio de ajuda-los, ao mesmo tempo, dar asas ao seu projeto. Junto a ele, a amada Charity (Michelle Williams, a esposa do finado Heath Ledger) e as filhas. Vemos sua infância pobre até trabalhar como funcionário de uma empresa de barcos. Quando numa brincadeira com a família, tem a ideia de criar o “Maior Espetáculo da Terra”.


Nessa empreitada, aos poucos, vemos o jovem playboy e produtor teatral Phylip Carlyle (Zac Efron, o Troy do musical Disney “High School Musical”) se encantar com o mundo inusitado de Barnum e querer fazer parte dele. Ao mesmo tempo tem o amor correspondido pela jovem trapezista Anne Wheeler (Zendaya de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar, 2017”). Entre os percalços de Barnum em sua jornada, temos a cantora de ópera Jenny Lind (Rebecca Ferguson, da scifi “Vida, 2017”). Apesar de amar incondicionalmente Charity, ele se encanta por Lind. Criando uma paixão platônica entre eles.


Assim temos o mote de “O Rei de Show”. Barnum era conhecido no meio como uma pessoa inescrupulosa e autoritária com seus funcionários. Chegando à violência física e os maus tratos aos animais. Gracey resolver deixar isso de lado e preferiu exemplificar seu jeito empreendedor. Onde um homem de origem humilde, faz de tudo para atingir seus objetivos. Mas que se importa com aqueles que estão aos seus cuidados. Se tornando um dos maiores empresários do século XIX. Para narrar este conto, temos as canções de Benj Pasek & Justin Paul, dupla vencedora do elogiadíssimo “La La Land: Cantando Estações (2016)”.


Destacando Keala Settle (a mulher barbada) sua interpretação para a canção tema do filme “This Is Me” é de arrepiar os cabelinhos do corpo. Junto à boa dupla formada por Jackman e Efron, uma sintonia impecável. Ao atuarem, cantarem e dançarem é de chamar atenção. Em especial, no dueto “The Other Side”. O primeiro empresta seu carisma e talento para um personagem que exibe suas virtudes e falhas. Já o segundo, solta toda sua veia artística em seu melhor papel na sétima arte. "O Rei do Show" traz na memória os antigos musicais da Metro como "Desfile de Páscoa (1948)", "Sinfonia em Paris (1951)" e "Cantando na Chuva (1952)".

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