Continuações
é um assunto complicado na sétima arte. Onde temos sagas bem sucedidas como “Star
Wars”, “Indiana Jones”, “Harry Potter” e “Crepúsculo”. E outras que não
conseguiram atingir o sucesso esperado como a franquia “Divergente”, para citar
um exemplo recente. Agora quando se fala de filmes alternativos que estouraram
e se tornaram clássicos Cult, devido a sua inovação quanto ao modo de contar
sua história. No
caso estamos falando de “Trainspotting:
Sem Limites (Trainspotting,
1996)”. Quando lançado, chamou atenção do público e crítica por narrar à
jornada de seus quatro personagens (Mark Renton, Spud, Simon “Sick Boy” e Begbie) no seu vício em
drogas e a geração dos anos 90 em busca da “escolha de vida” para seguir em
frente. Para saber mais no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2017/03/trainspotting-sem-limites-1996.html
Agora
temos o retorno do trio que trouxe a adaptação do conto escrito por Irvine Welsh. No caso, o diretor Danny Boyle, o roteirista John Hodge e o produtor Andrew McDonald. Welsh escreveu a continuação chamada “Porno”, lançada em 2002. Boyle e o cavaleiro jedi Ewan McGregor, que fez Renton, sempre
foram questionados quando voltariam ao mundo tresloucado de “Trainspotting”. Ambos falavam que estavam
esperando o momento certo para fazê-lo. E em 2017, isso se confirmou com “T2: Trainspotting”.
Juntamente com os
retornos de Jonny Lee Miller, Ewen Bremner e Robert Carlyle em seus papeis mais marcantes no cinema. Com toda
gangue reunida, vemos o que houve com Mark, Spud, Sick Boy e Begbie. Relembrando
o ato final do primeiro filme, os quatro fizeram uma venda de drogas em
Londres. Que lhes rendeu 16 mil libras (moeda inglesa). Só que Mark fugiu com o
dinheiro sem que os outros percebessem. Separou quatro mil para Spud e deixando
em local que só ele saberia. Passados 21 anos, Mark está volta para Edimburgo
(Escócia).
Aparentemente,
bem de vida. Formado em economia e trabalhando numa empresa do ramo. Voltando para
a casa dos pais, descobre que sua mãe faleceu. Enquanto isso, Spud (Bremner) luta contra o vicio em heroína.
Indo a grupos de reabilitação e tentando arranjar um emprego. Nesse tempo,
conheceu Gail (Shirley Henderson)
com quem tem um filho, Fergus (Kyle
Fitzpatrick). Mas que estão separados agora. Simon
(Miller) dirige o bar que pertencia
à tia. Ao mesmo tempo, trabalha com a prostituta Veronika (Anjela Nedyalkova) ao chantagear os executivos da cidade. Begbie (Carlyle) cumpre 25 anos na prisão local
e tenta fugir de lá a qualquer custo. Mark resolve andar pela cidade e vai até
o apartamento de Spud, o encontra tentando suicídio. E o salvando na hora certa.
O encontro de inicio, não é nada amistoso.
Mark
relembra Spud do dinheiro que deixou com ele. O mesmo explicou que gastou tudo
em drogas, devido ao vicio. Que está tentando se livrar dele, mas não consegue.
Passando um tempo com ele, explica que precisar substituir um vicio pelo outro.
No caso, Mark largou as drogas. E se tornou um viciado em esportes. Praticando
caminhadas matinais ou na academia. Já ao
rever Simon, os dois brigam de fato. Bastante magoado com Mark, Sick Boy o
ataca com tudo que vê na sua frente. Garrafas e cadeiras por exemplo. Ao se
acalmarem, Mark tenta se conciliar com seu melhor amigo. Lá conhece Veronika,
namorada de Tommy, por quem se encanta. Begbie consegue fugir da prisão ao
fingir que foi atacado em sua cela. Simon tem uma ideia para ficar de bem com Mark.
Ao mesmo tempo, atingi-lo como ele o
fez no passado. Ele precisa de dinheiro para transformar o bar em uma sauna. Na
verdade, uma casa de prostituição. Pedindo auxilio a Mark, para conseguir um
financiamento em casas de empréstimo pessoal. Assim
rola a história de “T2”. Boyle acerta em cheio ao realizar uma película
que conta o que rolou entre eles no intervalo de tempo entre os filmes. Apesar de
Mark ter conseguido se livrar do vicio, não conseguiu a vida que imaginava ao
final de “Trainspotting”. Sick Boy,
agora viciado em cocaína, ainda vive no passado e amargurado pelo o que Mark
fez. Begbie ainda mais violento e intempestivo e por não se adequar os novos
tempos. Por exemplo, não consegue transar com a mulher e fica irritado por
isso. O filho Frank Jr. não quer seguir a vida de crimes do pai para cursar a
faculdade em gestão hoteleira.
O que enfurece Begbie. “T2” é um rito de passagem dos seus
personagens. Onde a “escolha de vida” feita por eles, não trouxe o que sonhavam
quando jovens. Com Spud sendo o fio condutor da historia, ao mesmo tempo,
conseguindo se livrar de vez do vicio. Descobrindo uma veia literária ao contar
sua vida ao lado dos amigos de longa data. DICA AOS NAVEGANTES: Se você não viu “Trainspotting: Sem Limites”. Veja antes de ir à sessão de “T2”. Pois muitas das referencias e
piadas internas estão no primeiro filme, assim estará mais inteirado a elas.
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