Quando
se fala sobre adaptação de games conhecidos do grande publico para o cinema como Resident
Evil, Warcraft, Mortal Kombat, Final Fantasy, Tomb Raider e por aí, é um
assunto delicado. A maior parte das vezes acabam decepcionando. Mais recentemente
com “Warcraft: O Encontro de Dois Mundos (2016)” do filho do camaleão do rock
David Bowie, Duncan Jones. Com exceção feita ao primeiro citado, que se
milagrosamente se tornou uma franquia de sucesso. Agora
é a vez do jogo da Ubisoft, “Assassin’s
Creed (2016)”. Quem se responsabilizou para leva-lo ao cinema foi Justin Kurzel, que nos trouxe a
excepcional adaptação do conto shakespeariano Macbeth em 2015. Foi chamado por Michael Fassbender (o jovem Magneto da
saga mutante X-Men), produtor e ator principal, repetindo aqui a parceria de “Macbeth”.
Fassbender é Callum Lynch, um condenado à
cadeira da morte. Ele é recrutado por uma empresa chamado Abstergo. Que é
dirigida pelo doutor Alan Rikkin (Jeremy
Irons, o mordomo Alfred de “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, 2016”).
Lá conhece a filha de Rikkin, Sophia (Marion
Cottilard, Oscar de Melhor Atriz por “Piaf: Um Hino ao Amor, 2007”). Ela
coordena um programa chamado Animus. Ele é capaz de levar uma pessoa, as
lembranças de seu antepassado. Desde que tenham o mesmo DNA. Isto é, o mesmo código
genético. Lynch é escolhido por ser descendente direto de Aguilar. Um assassino
que fez parte da sociedade secreta chamada O Credo dos Assassinos (tradução
literal do titulo).
Eles
lutavam contra a Ordem dos Templários. Estes queriam a dominação do mundo, onde
que acreditavam que a sociedade não podia a andar sobre as próprias pernas e
acabar com os conflitos que acontecem ao redor do globo. Ou seja, sem o livre-arbítrio
que bem conhecemos. Para isso temos A Maçã do Éden, um objeto que possui a
origem da humanidade.
A
Maçã é desejada por ambos. Os Templários, pelo controle da humanidade. Já os Assassinos,
protege-la. Assim Callum é levado em uma viagem no tempo através das memórias
de Aguillar, este foi o último a tê-la em mãos. Com Animus, ele vai até em
1492, em plena Inquisição Espanhola. Daí
temos a trama básica de “Assassin’s
Creed”. Kurzel, como em Macbeth, acerta nos tons
pastéis e escuros para exibir a Espanha do passado. Junto às ótimas sequencias
de ação, com Fassbender exibindo uma
desenvoltura física de dar inveja ao James Bond Daniel Craig.
Para
alegria dos fãs do game temos o Salto de Fé. E algumas liberdades artísticas,
em Animus, seu ocupante está em uma cadeira. Já na película, ele é um braço mecânico
que permite à Sophia e seus assistentes acompanhar a caminhada de Callum em
tempo real através do efeito 3D. Fassbender está bem em papel duplo. Cotillard se mostra como uma pessoa que
discute a violência do mundo e busca na Maçã, um modo de acabar com ela. Jeremy, excelente como sempre, um
personagem que não aparenta ser o que é realmente. “Assassin’s Creed” conta com as participações especiais de Brendan Gleeson (o Mad Eye Moody da saga
Harry Potter) como o pai de Callum, Joseph e a veterana Charlotte Rampling (“Trem Noturno para Lisboa, 2013”) é Ellen Kaye,
que faz parte da Ordem dos Templários nos dias de hoje.
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