Hoje
vivemos cada vez mais conectados nas redes sociais. Seja na frente do
computador, smartphones nos bolsos e tablets a tiracolo. Com Facebook e Twitter
acessíveis. Estando no alto do Evereste ou no conforto do seu quarto. Mas essa
liberdade tem um custo, querendo ou não, você estar sendo vigiando. Por
instituições governamentais, agencias de espionagem ou simplesmente um
admirador com intenções duvidosas.
Com isso
em mente, lembramos do caso do ex-agente da CIA Edward Snowden, que também trabalhou para a Agencia de
Segurança Nacional (NSA), divulgou informações secretas do governo dos Estados
Unidos. Este criou um sistema de vigilância mundial, onde monitorava todos os computadores
e celulares ao redor do globo terrestre. Com o intuito de proteger sua
segurança nacional de atentados terroristas como “11 de Setembro” em 2001.
Com isso
dito, o polemico Oliver Stone volta
a falar sobre seu país de forma contundente e discreta, desta vez. Ao contrario
do fez anteriormente com as trilogias sobre o Vietnã (“Platoon, 1986”, “Nascido
em 4 de Julho, 1989” e “Entre o Céu e a Terra, 1993”) e dos presidentes
norte-americanos (“JKF: A Pergunta que não quer Calar, 1991”, “Nixon, 1995” e “W,
2008”). Aqui Stone resolve colocar
seu ponto de vista sobre o assunto em “Snowden:
Herói ou Traidor (Snowden, 2016)”. Este é interpretado por Joseph Gordon-Lewitt de “A Travessia
(2015)”.
Intercalando
o passado de Snowden, com a entrevista realizada secretamente num hotel em Hong
Kong (China) para o jornal The Guardian ao repórter Ewen MacAskill (Tom Wilkinson de “Selma: Uma Luta pela
Igualdade, 2014”) acompanhado pelo blogueiro Glenn Greenwald (Zachary Quinto, o novo Spock) e a
cineasta Laura Poitras (Melissa Leo,
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “O Vencedor, 2010”). Esta ultima o registrou, que mais tarde se tornaria o premiadíssimo documentário “Cidadãoquatro
(Citizenfour, 2014)”.
Tendo
isso como base, mais os romances “The Snowden Files (2014)” de Luke Harding e “Times
of Octopus” de Anatoly Kucherena. Stone entrevistou
o próprio Snowden e escreveu o roteiro ao lado de Kieran Fitzgerald. Para traçar um perfil do biografado na tela
grande do cinema. Como bem diz o subtítulo daqui, “Herói ou Traidor”. Um rapaz introspectivo, o vemos inicialmente
em treinamento pelas Forças Especiais do exercito dos EUA. Mas sofre uma
fratura nas pernas que o impede de continuar. Ainda hospitalizado, é recrutado
para trabalhar na CIA. Percebeu-se que ele é um excelente analista.
Dentro
da “Companhia”, é supervisionado por Corbin O’Brian (Rhys Ifans, o Lagarto de “O Espetacular Homem-Aranha, 2012”). Que vê
em Snowden, o futuro da agencia. Ao mesmo tempo, o jovem percebe que as “aparências
enganam”. Ao ser chamado para trabalhar na NSA, vê que há algo de errado. Junto
a isso, o relacionamento de longa data com a namorada Lindsay Mills (Shailene Woodley, a Beatrice da
franquia Divergente) vai perdendo a força que tinha antes.
Onde
o personagem se questiona sobre o que está fazendo. Tudo o que faz ou cria, é
usado de modo contraditório. Pessoas têm sua privacidade invadida e nada pode
ser feito juridicamente. Suas próprias convicções sobre o que é certo e o que é
errado mudam radicalmente. Até seu senso patriótico é abalado com o fato. Gordon-Lewitt exibe todas suas duvidas com perfeição, incluindo mudando o tom de sua voz para se parecer
mais com Snowden. O elenco de apoio se destacando também, dando a sustentabilidade
necessária ao que está relatando.
Contando
com as participações especiais de Timothy
Olyphant (o agente Raylan Givens do seriado televisivo “Justified de 2010 a
2015”), Joely Richardson (“Millennium:
Os Homens que não Amavam as Mulheres, 2011”) e o ator para qualquer filme que
apareça Nicolas Cage (o Motoqueiro
Fantasma e Oscar de Melhor Ator por “Despedida em Las Vegas, 1995”). O multimídia
Peter Gabriel compôs o tema musical “The Veil”, especialmente para a película
de Stone.
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