Os mistérios do espaço infinito sempre fascinou a raça humana. O céu estrelado por outras galáxias e planetas, deixando uma indagação no ar. Será que há vida inteligente em algum desses pontos do espaço. Esse questionamento chegou à tela grande do cinema. Um dos maiores exemplos é o clássico “Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)” do mago Steven Spielberg. E no próximo final de semana, estreia o comentado “A Chegada” de Giles Villeneuve, que realizou os elogiadíssimos “Os Suspeitos (2013)” e “Sicario: Terra de Ninguém (2015)”. A ser comentado nos próximos posts.
Em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, Spielberg nos traz sua visão sobre o encontro da humanidade com seres vindos de outro planeta. A ideia veio após conversas com dr. J. Allen Hynek, um estudioso em ufologia. Que possui a teoria do “Contato Imediato” dividido em três etapas: Primeiro Grau: contato visual; Segundo Grau: contato com evidencias e Terceiro Grau: contato físico com um extraterrestre. Pegando emprestado o nome da tese, Spielberg escreveu uma história com trama muito bem amarrada e que deixa o publico preso ao que vê na telona. O suspense e o drama na medida certa. Um conto de ficção cientifica de primeira.
Assim
temos o técnico em eletricidade Roy Neary (Richard
Dreyfuss) em sua rotina habitual em consertar postes com problemas nas suas
fiações que levam energia para sua cidade e no seu entorno. De madrugada é
chamado para fazer um conserto na rede e em meio à estrada deserta, tem seu
primeiro contato. Uma nave com luzes capazes de cega-lo queimam seu rosto e
braço. O deixando perturbado e ao mesmo tempo, fascinado com o fato.
Antes disso, na angustiante abertura da película, a tensão é sentida com a tela negra do cinema sendo preenchido com seus créditos iniciais. E de repente estamos no deserto na fronteira entre a Califórnia e o México. Lá aparecem do nada, aviões da Segunda Guerra Mundial que estavam desaparecidos. Eles estão em perfeito estado de conservação e a única testemunha do fato é um velho mexicano que fica dizendo: “O Sol saiu de noite e cantou para mim”.
No deserto da Mongólia, surge uma embarcação até então sumida. E os controladores de voo dos aeroportos nos Estados Unidos enlouquecem com o surgimento de pontos em meio (poderiam ser OVNI’s) ao seu espaço aéreo. Já na Índia, vemos varias pessoas reunidas cantando o que parece ser um mantra: “Ré, Mi, Dó, Dó, Sol”. O que intriga Claude Lacombe (o cineasta francês François Truffaut, referencia da Nouvelle Vague), um investigador das Nações Unidas.
Enquanto
isso, a mãe solteira Jullian Guiler (Melinda
Dillon) vê seu filho Barry sendo abduzido por uma nave alienígena. Em uma
sequencia que mescla perfeitamente a tensão e o fascínio do ocorrido. Já Roy
enlouquece com as visões que tem depois do encontro. Sendo abandonado pela
esposa Ronnie (Teri Garr), que leva
os filhos para a casa da irmã dela. Solitário, ele constrói a replica de uma
montanha. Jullian fica obcecada com o sumiço do filho e começa a desenhar o
mesmo que Roy está fazendo. Mais tarde, descobrem ser a Torre do Diabo.
Uma montanha no Wyoming. As cidades próximas estão sendo evacuadas pelo exercito, devido ao vazamento de um gás letal. Quando na verdade, tanto o exercito como
as Nações Unidas estão coordenando uma ação para o primeiro encontro com os alienígenas.
De acordo com as mensagens deixadas por eles ao redor do globo e descobertas
pelo grupo liderado por Lacombe.
Assim
temos a trama básica de “Contatos
Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, 1977)”. Onde Spielberg exibe todo seu fascínio e
entusiasmo pelo tema. Junto ao trabalho primoroso do diretor de fotografia Vilmos Zsigmond (que ganhou o Oscar de
Melhor Fotografia em 1978), onde destacou os tons azul e vermelho. Em sintonia
com o tema musical composto pelo maestro John
Williams.
Sem deixar
de mencionar, o trabalho de Douglas
Trumbull nos efeitos especiais da película. Introduzindo a computação gráfica
(que mais tarde, seria utilizada na trilogia do Anel e na prelogia da saga Star
Wars) aliado com efeitos artesanais. Isto é, a utilização de maquetes e a uso
das câmeras em sincronia para o movimento das naves especiais. Usando como
referencia o clássico “2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)” do mestre Stanley
Kubrick.
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