Filmes
que discutem os bastidores do mundo das finanças de grandes corporações como o
clássico “Wall Street: Poder & Cobiça (1987)” e mais recentemente “A Grande
Aposta (2015)”, são o novo mote para criar boas histórias a serem levadas para
a tela grande do cinema. Sejam baseadas em fatos reais ou apenas ficcionais. O novo
trabalho do canastrão Bem Affleck tem um pouco disso, “O Contador (The Accountant, 2016)”. Adicionando a sua trama, mistério
e ação na medida certa. Dirigido por Gavin
O’Connor (“Guerreiro, 2011”) e roteiro autoral de Bill Dubuque (que estreou no cinema com a história do drama “O Juiz
(2014)” com Robert Downey Jr.).
Aqui Affleck é o contador do titulo Christian Wolff, que sofre um tipo de autismo chamado Síndrome de Asperger. Que o torna um gênio da matemática é uma característica da doença. Faz que o indivíduo se especialize em uma tarefa (no caso, cálculo). Como é comum para todo autista, ele não se integra à sociedade. Wolff cuida das contas de empresas criminosas ao redor do mundo. E mantendo o disfarce, trabalha na sua cidade no interior dos EUA.
Com sua
reputação, é chamado para auditar uma empresa de robótica. Lá descobre desvios
de dinheiro e despertando a atenção dos próprios empregadores. Conhece a
estagiaria Dana Cummings (Anna Kendrick
da franquia musical “A Escolha Perfeita”). Ao mesmo tempo, ela fica encantada e
intrigada pela persona de Christian. Junto a isso, o agente do Tesouro Ray King
(J.K. Simmons, Oscar de Melhor Ator
Coadjuvante por “Whiplash: Em Buscca da Perfeição, 2014”) fica atento ao seu
talento com os números.
Por meio de flashbacks, vemos o passado de Christian. Quando criança foi abandonada pela mãe, e criado somente pelo pai. Um ex-militar rígido que o treinou a se defender. Jamais ser a vitima por causa do autismo. E quando as coisas começam a esquentar para Christian, seu treinamento se mostra. No decorrer da trama, vemos seu lado “assassino” emergir. Com um armamento e habilidade de dar inveja a Jason Bourne.
Como
num jogo de gato e rato muito bem elaborado por Dubuque, O’Connor se
aproveita disso para nos trazer uma trama cheia de sutilezas. Que passam pelo
drama, suspense, thriller psicológico, policial e até comédia de forma
criativa. Junto à edição ágil de Richard Pearson (“A Supremacia Bourne, 2004” e “Homem de Ferro 2, 2010”).
Ben está bem à vontade no papel. De forma econômica (poucas
palavras) com gestos (ao soprar os dedos) e expressões (o olhar vazio). O elenco
de apoio também se destaca. Em especial, Jon
Berthal (o Justiceiro da serie Marvel Netflix) como assassino contratado Brax
e Simmons. Com eles temos a participação especial de Jeffrey Tambor (a Maura Pfefferman da serie de TV “Transparent
desde 2014”) e John Lithgow (do
cultuado seriado televisivo “3rd Rock from the Sun, 1996 a 2001”).
Comentários
Postar um comentário