Celebrando o quinto aniversário deste blog (13.07.2011), temos os filmes
que discutiam o sobrenatural e / ou possessões demoníacas eram considerados películas
alternativas e direcionadas para um publico específico. Você se lembra dos clássicos “O Bebê de Rosemary (1968)", "O Exorcista
(1973)” e “A Profecia (1976)”. Após seus lançamentos, este tipo de gênero cinematográfico
ganhou novas dimensões. Antes
disso, tínhamos a produtora da terra da Rainha, a Hammer. Que filmava de modo ininterrupto
(entre os anos de 1955 e 1979), com ela temos clássicos do terror estrelados
pelos icônicos Christopher Lee (onde se tornou o Drácula definitivo na telona) e
Peter Cushing (mais tarde o veríamos como Grand Moff Tarkin da saga Star Wars).
Encerrou
as atividades no inicio dos anos 80. Voltou às atividades em 2007, destacando os filmes
“Deixe-me Entrar (2010)” e “A Mulher de Preto (2012)”, este ultimo estrelado pelo Harry
Potter Daniel Radcliffe. Como
isso dito, os comediantes e roteiristas Dan
Aykroyd e Harold Ramis tiveram a
ideia de injetar humor ao tema. Vindos do duradouro programa humorístico da
terra do Tio Sam, o Saturday Night’s Live ou SNL (desde 1975).
Aykroyd, com o sucesso de “Blues Brothers: Os Irmãos Cara-de-Pau (1980)” e triste com a morte de seu parceiro de cena e melhor amigo, John Belushi. Encontrou-se com Ramis, que também acabara de estrelar um sucesso, a comedia escrita por ele, “Almondegas (1979)”. Ele já tinha a ideia do que iam escrever, pois o papel principal foi pensado para o amigo falecido. Precisava do auxilio de Ramis para dar uma lapidada no roteiro.
Dan, conhecido pela sua admiração sobre assuntos
paranormais. Dai a ideia para o filme. Ele apresentou o roteiro ao produtor e
diretor Ivan Reitman. De inicio, gostou.
Mas pediu a Aykroyd a fazer algumas
alterações. A história original seria que os Caça-Fantasmas viajariam pelo espaço-tempo
em busca de entidades. Junto à mochila de prótons, capacetes removíveis com
visores transparentes.
Assim ele e Ramis fizeram as modificações pedidas por Reitman. Que mais tarde, assumiria a cadeira de diretor. Os papeis, na cabeça de Aykroyd, já estavam definidos. Peter Venkman seria feito por Belushi, que acabou sendo substituído por Bill Murray. O corretor de finanças Louis Tully, John Candy. E Winston Zeddemore por Eddie Murphy. Os dois últimos tiveram que recusaram os papeis, devido a outros compromissos de trabalho.
No caso de
Murphy, estava fazendo o papel que definiria sua carreira no cinema, o policial
sem noção Axel Foley de “Um Tira da Pesada (1984)”. Murray foi chamado por sua incrível capacidade
de improvisação em cena. Reza a lenda, que ele não leu uma linha do roteiro. Pois
já o havia discutido com Aykroyd e Ramis. Dando ao seu personagem, a espontaneidade
e humor que lhe é característico. Para ser Winston foi chamado Ernie Hudson. Ele teria mais espaço em
cena, se feito por Murphy. Mas devido a sua recusa, ele só aparece quando o
trabalho dos Caça-Fantasmas se torna uma rotina ininterrupta.
Para
ser Louis Tully, o escolhido é Rick
Moranis (“A Pequena Loja de Horrores, 1986”). Com seus papeis definidos, Aykroyd se torna Ray Stantz,
especialista em paranormalidade. E Ramis
é Egon Spengler, um gênio da ciência recluso que se interessa pelo assunto. Assim temos
o pontapé inicial para o filme dos “Caça-Fantasmas”.
Vemos
os professores Venkman, Stantz e Egon sendo expulsos da universidade em que
trabalham e atendendo um chamado sobre uma atividade paranormal na biblioteca
da cidade de Nova York. Lá tem seu primeiro encontro com a entidade
sobrenatural. Ao mesmo tempo, em um suntuoso prédio localizado próximo ao
Central Park. Sua moradora Dana Barrett (Sigourney
Weaver, a Ripley da franquia Alien) é atacada por algo que acredita ser demoníaco
em sua cozinha.
Entrando em contato com os Caça-Fantasmas. Ela lhes diz que ouviu a criatura murmurar algo como “Zuul”. Pesquisando mais a fundo, Egon descobre que Zuul é o guardião de um semideus chamado Gozer que viveu há 6.000 AC. Presente nas culturas Hititas, Mesopotâmicas e da Suméria. E que precisa encontrar outro guardião chamado Vinz Clortho. Juntos abriram um portal que trará Gozer ao mundo para destrui-lo. Esta é a trama básica de “Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 1984)”. O filme atingiu o sucesso mundial. Destacando Bill Murray como um dos maiores comediantes norte-americanos da sua geração. Os efeitos visuais feitos à moda antiga trouxeram um ar de nostalgia ao filme.
Supervisionados e criados pelo mago Richard Edlund, que trabalhou na Industrial Light and Magic de George Lucas. O filme traz momentos antológicos como a sincronizada, nos mínimos detalhes, sequencia de abertura; a primeira aparição do fantasma de apetite voraz Geleia e a sequencia final com o Homem de Marshmallow Stay Puff gigante. E a canção indicada ao Oscar daquele ano que deixou sua marca em nossos ouvidos, “Ghostbusters” de Ray Parker Jr.
Muitos esperavam pela sua continuação (incluindo este que vos escreve). Que demorou cinco anos para ser feita, “Os Caça-Fantasmas 2 (Ghostbusters 2, 1989)”. Sua história dá continuidade a esta linha do tempo, com Ray e Winston trabalhando como animadores de festas para crianças, Egon agora estuda o comportamento das pessoas no seu cotidiano e Pete conduz um programa de TV que fala sobre a vida alienígena e o sobrenatural.
Após
salvarem a cidade do caos no primeiro filme, eles estão inertes. E tidos como charlatões.
A aparente calmaria na cidade pode ser abalada a qualquer momento. Enquanto isso,
Dana trabalha como restauradora no Museu de Nova York. Supervisionada por
Janosz Poha (Peter MacNicol, o
assessor Thomas Lennox da serie de TV “24 Horas”), que está fazendo a
restauração do quadro de um cruel conquistador chamado Vigo, O Destruidor da
Moldávia. Datado do século XVI.
Com os negócios
parados, Ray e Egon são chamados por Dana. Quando o carrinho que leva seu filho
Oscar lhe escapa sem motivo algum. Como se ganhasse vida própria. Percorrendo o
caminho feito por ela, descobrem uma gosma rosada na calçada. Recolhem uma
amostra para analise. Descobrem que ela reage a estilos negativos. Como xingamentos
e caso alguém tenha contato físico com ela, se torna uma pessoa ruim.
Investigando
mais a fundo Ray, Egon e Winston descobrem um rio dessa gosma correndo por
debaixo da cidade em direção ao museu em que Dana trabalha. Mais tarde, Vigo
aparece e recruta Janosz. Para este lhe encontrar uma criança para reencarnar e
governar o mundo. Apesar de ser uma boa continuação e a ótima sequencia final
com a Estátua da Liberdade, deixaram um gostinho de “quero mais”. A secretaria
dos Caça-Fantasmas Janine (Annie Potts)
e o contador Louis também estão de volta.
Enquanto
isso, tivemos a animação “The Real Ghostbusters” nos anos de 1986 a 1991. E a
vindoura parte três que nunca se concretizou. Vários rumores tomaram conta
dela. Desde a falta de uma ideia original até a notícia que Bill Murray jamais
retornaria à franquia. E ela se tornou uma realidade com o falecimento de Egon
Harold Ramis em 2014.
Agora
temos estreando nos melhores cinemas da sua cidade, o reboot estrelado por Melissa McCarthy e Kristen Wiig. Uma versão feminina da história com direção de Paul Feig (“A Espiã que Sabia de Menos,
2015”) e produzido por Ivan Reitman.
Mais os retornos dos Caça-Fantasmas originais em uma participação especial. A refilmagem
será discutida no próximo post.
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