Quando
a saga do agente secreto sem memoria Jason
Bourne estreou em 2002 com “A
Identidade Bourne”, sem querer, ela trouxe novos parâmetros para os filmes
de espionagem. Com uma trama mais engenhosa, conectado com o mundo em que
vivemos e sem meias palavras, Bourne renovou o gênero. Exemplo seguido pelo
novo James Bond Daniel Craig e as missões impossíveis de Tom Cruise em suas
respectivas películas. Mais tarde, tivemos “A Supremacia Bourne (2004)” e “O Ultimato Bourne (2007)”, que encerrou
a trilogia de forma primorosa. Para saber mais, no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2015/03/bourne-jason-bourne.html
Em
2012, o produtor da serie Frank Marshall
decidiu seguir em frente com a marca Bourne. Lançando “O Legado Bourne” com o
gavião arqueiro Jeremy Renner. Um spin off que não mostrava seu marcante
personagem. Mas criando um novo que seguiria seus passos e de certo modo,
contaria sua origem como agente secreto da CIA. Ao mesmo tempo, Matt havia declarado que não retornaria
mais ao papel. Fazendo uma exceção se o diretor Paul Greengrass concordasse em fazer mais um filme sobre Bourne. Gressgrass dirigiu “Supremacia” e
“Ultimato”.
O LEGADO BOURNE
“O
Legado” não conseguiu causar o mesmo impacto da trilogia original. Fazendo com
que Marshall conversasse com Damon a respeito. Junto ao editor da
saga Christopher Rouse e Greengrass escreveram uma nova história
para a continuidade das aventuras de Bourne. Passado certo tempo dos eventos
vistos em “O Ultimato”. Ao contrario dos primeiros filmes, que são baseados nos
romances do escritor Robert Ludlum. É aonde chegamos a “Jason Bourne (2016)”.
O
mundo está em ebulição. O trafego nas redes sociais cada vez mais intensos. Onde
as pessoas vivem conectadas 24 horas. Seja em tablets, smartphones ou
computadores caseiros. Enquanto isso, Jason vive isolado na Grécia como lutador
de rua. Atormentado com as lembranças de seu passado como assassino treinado. Já
do outro lado do mundo, mais precisamente na sede da CIA em Langley (EUA). Quando
seus arquivos são acessados pela hacker e ex-funcionária da Companhia Nicky
Parsons (Julia Stiles), esta
em um galpão na Islândia.
Acenando
a luz vermelha por lá e chamando atenção da especialista em assuntos cibernéticos
Heather Lee (Alicia Vinkander, Oscar
de Melhor Atriz Coadjuvante por “A Garota Dinamarquesa, 2015”). Quando o
download ilegal é feito, Lee instalou um programa que rastreia a localização do
invasor, assim que os arquivos forem acessados.
Nicky
descobre que eles fazem parte de um novo programa secreto criado pela CIA
chamado Iron Hand. Que visa à vigilância 24 horas das pessoas ao redor do
globo. Acessando inclusive documentos virtuais de cunho pessoal. Sem qualquer
tipo de restrição. Ela é liderada pelo diretor Robert Dewey (o Men in Black Tommy Lee Jones).
Ela
vai ao encontro de Jason e relata o que descobriu. Incluindo que seu pai (Gregg Henry) criou o programa
Treadstone. Que o recrutou, sem ele saber, e causou a sua morte. A conversa
entre os dois ocorre em meio a uma manifestação em Atenas. É onde a câmera
nervosa de Greengrass se faz presente
junto a uma sequencia empolgante pelas ruas de lá. E o ato final, que
praticamente destrói a principal avenida da cidade do pecado, Las Vegas.
À distância,
Lee e Dewey vigiam as ações da manifestação e acionam um time de campo local
junto a um contato para agir. “O contato” (o francês pau para toda obra Vincent Cassel) é um matador de aluguel,
da época em que Bourne trabalhava na Agencia e que se sente traído por ele. Após
a divulgação sobre a verdade do programa Treadstone, que depois mudou de nome
para Blackblair, todos os agentes tiveram suas identidades reveladas. Já ele
foi preso e torturado.
O conhecido jogo de gato e rato da trilogia está de volta. Com a CIA no encalço de Bourne e ele sempre um passo a frente deles. Antecipando seus momentos, agora corre atrás da verdade sobre sua origem e o porquê do envolvimento do pai em Treadstone. Lee se oferece para ir atrás dele para tentar convence-lo a voltar a trabalhar para eles.
Em meio
a isso, conhecemos o magnata da informática Aaron Kallor (Riz Ahmed) que irá lançar aplicativo que ajudará a manter a
privacidade de todos quando conectados. Nos bastidores, faz trabalhos para CIA.
Mais especificamente para Dewey. Que precisa dele, para que Iron Hand seja bem
sucedido. E mais o parceiro de Nicky no vazamento de informações secretas
Christian Dassault (Vincent Kiefer).
Tanto o personagem Kallor e Dassault fazem referencias a Mark Zuckenberg e Julian
Assange (do site Wikileaks, que tornou publicas informações das ações secretas
dos EUA, em especial) respectivamente.
Assim
temos a trama básica de “Jason Bourne”.
O roteiro agora é uma critica ao modo que vivemos nos dias de hoje. Onde as
pessoas estão expostas às redes sociais 24 horas por dia. Seja uma foto no Instagram,
um depoimento no Twitter ou postar algo no Facebook. E agora a história foi
para um lado pessoal. Com Jason querendo entender porque foi escolhido para ser
quem ele é. Matt Damon mostra a competência
de sempre ao retornar o papel que lhe deu destaque na sétima arte. Econômico nas
palavras, porem forte, ágil e intimador na parte física.
As
atuações de Jones e Vinkander se destacam por serem opostos
em seus objetivos na caçada à Bourne. O primeiro quer elimina-lo a todo custo. Já
a segunda, o vê como um recurso a ser usado pelo governo norte-americano. Ambos
mostram bem a ambiguidade de seus personagens. Tommy como os agentes a moda antiga, tentando resolver o assunto à
base da força. Já Alicia, usa sua
perspicaz e ambição pessoal para ser reconhecida pelos seus superiores na CIA.
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