Com o filme sobre a vida do campeão de MMA José Aldo na categoria Peso-Pena nas melhores salas da sua cidade, vamos relembrar a saga do maior lutador de boxe da sétima arte. O garanhão italiano Rocky Balboa. Criada por Sylvester “Sly” Stallone. Filmada em 1976, sobre um lutador de boxe desconhecido, mas com uma força física descomunal (quando colocada à prova) e de vontade, que o faz seguir em busca de seus sonhos. Isto é, ser campeão mundial de boxe.
Há
uma lenda sobre a origem da história de Rocky, onde Sly escreveu seu roteiro por 20 horas seguidas. Quando foi divulga-lo
para os estúdios, com a condição de ele ser o protagonista. Com certa
dificuldade, ele conseguiu um contrato com a United Artists. Assim conhecemos o jovem Rocky Balboa, lutador
amador e cobrador do agiota de seu bairro na cidade da Filadélfia (EUA).
Estamos na virada de ano novo, foi marcada na data uma luta pelo titulo no campeonato mundial de boxe. O campeão invicto Apollo Creed (Carl Weathers) decide disputa-lo com um lutador desconhecido. Dai surge a ideia de chamar Balboa. Apollo gostou do seu apelido “O Garanhão Italiano”.
Enquanto
isso, treina no frigorifico de carnes em que trabalha seu melhor amigo Paulie (Burt Young). E seu treinador e mentor
Mickey Goldmill (Burgess Meredith)
recebe a noticia da luta, buscando Rocky para iniciar seu treinamento. Somando a
isso, engata uma relação com a irmã de Paulie, Adrian (Talia Shire, irmã do cineasta Francis Ford Coppola).
“Rocky, O Lutador” inovou na época o
modo de filmar lutas de boxe. Dirigido por John
G. Avildsen. A coreografia de Stallone
e Weathers foi supervisionada pelo próprio
Sly. E nos trouxe cenas antológicas como
a corrida de Rocky pela cidade até as escadarias do Museu da Filadélfia, o treinamento no
frigorifico com o marcante tema musical composto por Bill Conti rolando ao fundo. O
filme foi indicado a nove categorias no Oscar daquele ano, incluindo Melhor
Filme, Melhor Diretor (Avildsen),
Melhor Ator (Sly), Melhor Atriz (Shire), Melhor Ator Coadjuvante (Young e Meredith) e Melhor Roteiro Original. Levou três para casa (Filme,
Diretor e Melhor Edição por Richard
Halsey & Scott Conrad).
Passados
três anos (1979), Sly está de volta
ao mundo de Rocky. Com a continuação direta da película de 1976, o garanhão
aposentado depois da luta épica com Apollo e sofrendo com os hematomas deixados
por ela. Ele decide investir na sua relação com Adrian, com que se casa e
espera um filho.
Internamente,
sofre por não ter chegado ao limite na luta contra Apollo. E sentindo que
precisa encerrar o assunto de vez. Mickey também sente o mesmo. Mas devido ao
estado de saúde de Adrian, Rocky se recusa a voltar a lutar. Até que surge a
proposta de Apollo para uma revanche. Dai o conflito dentro de Rocky se
intensifica. Preocupado com as finanças da família, ele sente que precisa
voltar aos ringues para dar a estabilidade que ela necessita. Daí o mote de “Rocky II: A Revanche
(Rocky II, 1979)”.
Novamente escrita por Sly, agora assumindo a cadeira de diretor também. Enfocando os
conflitos pessoais de Rocky e sua determinação para conquistar o titulo, junto
a sua paixão incondicional por Adrian. Sua principal força motriz, ela o guia e sendo sua consciência quando necessário. Aqui vemos o inicio da cumplicidade em cena entre Stallone & Talia.
Estabelecido
como campeão mundial no boxe, Rocky aproveita a fama ao máximo. Com anúncios na
televisão, revistas e jornais. Consolidando o status de invencível e lutas com
desafiantes escolhidos a dedo por Mickey. No museu da cidade é colocada uma
estatua em sua homenagem. Anuncia
sua aposentadoria definitiva do boxe, é quando surge o lutador Clubber Lang (Mr. T, o B.A. do seriado televisivo
anos 80 “Esquadrão Classe A, 1983 a 1987”).
Mickey sabe da condição física de Clubber e preocupado com isso adverte Rocky. Se lutar com ele, perderá o titulo e sua vida. Mesmo assim, Rocky aceita o desafio. É nocauteado junto a isso, Mickey falece. Derrotado fisicamente e psicologicamente, Rocky se encontra com Apollo. Este lhe propõe uma revanche com Clubber. Agora sendo treinado por Creed.
Mickey sabe da condição física de Clubber e preocupado com isso adverte Rocky. Se lutar com ele, perderá o titulo e sua vida. Mesmo assim, Rocky aceita o desafio. É nocauteado junto a isso, Mickey falece. Derrotado fisicamente e psicologicamente, Rocky se encontra com Apollo. Este lhe propõe uma revanche com Clubber. Agora sendo treinado por Creed.
Onde
ele diz a Rocky que precisa recuperar o “Olho de Tigre”. Aquele olhar que todo
lutador tem para atingir seus objetivos. “Rocky III: O Desafio Supremo (Rocky III, 1982)” foi escrito e dirigido
novamente por Stallone. Junto ao antológico
tema musical de Bill Conti, o rock
se faz presente na canção “Eye of the Tiger” da banda Survivor.
Já
em “Rocky IV (1985)”, a Guerra Fria
está em alta. O conflito entre os Estados Unidos e a então União Soviética cada
vez mais iminente. Dai surge o campeão olímpico de boxe da URSS Ivan Drago (Dolph Lundgren). Para amenizar os ânimos
de ambos os lados, é marcada uma luta de exibição entre Drago e Apollo, já
aposentado. Achando
que ainda tem a disposição da juventude, Apollo acredita que derrotará Drago. Ocorre
o contrario. Ambos levam a luta para o lado pessoal e devido a potencia dos
golpes de Drago, acaba vitimando Apollo. Acendendo em Rocky, o sentido amargo
da dor pela perda do melhor amigo de ringue.
Marca a luta em território russo para o acerto de contas com Drago. Já que seus treinadores temem por sua vida, após o confronto contra Apollo. Por lá, Rocky inicia um rígido treinamento com o técnico de Apollo, Duke (Tony Burton) ao lado de Paulie (Young). Adrian (Shire) é contraria a isso e não
acompanha o marido desta vez. A história agora se torna internacional, um modo
de Sly mostra que apesar das diferenças
de interesses entre as duas nações mais poderosas do planeta naqueles tempos,
podiam viver em paz. O Survivor está de volta com a canção "Burning Heart".
“Rocky V (1990)” é uma continuação
direta dos eventos vistos em “Rocky IV”,
com o garanhão italiano tendo um ataque de ansiedade no chuveiro e pedindo a
Duke para chamar Adrian com urgência. Lá descobre que tem um edema no cérebro devido
à luta com Drago e caso volte ao ringue pode falecer imediatamente. De volta
aos Estados Unidos, descobre que está falido. Devido a um golpe financeiro pelo seu
contador. De volta ao antigo bairro na sua cidade (Filadélfia), tem que encarar
a dura realidade das ruas novamente. Agora com Adrian e o filho pré-adolescente
Rocky Jr. (Sage Stallone).
Volta
a trabalhar como cobrador e Adrian ao pet shop, na época que conheceu
Rocky. O filho vai para a escola publica e encarando as dificuldades do
choque cultural. Enquanto isso surge o lutador
amador chamado Tommy Gun (Tommy Morrison). Enxergando
nele, potencial para ser um campeão como ele foi num passado não muito
distante. Em “Rocky V”, temos a
volta de John G. Avildsen como
diretor. Deixando Sly mais a vontade
como ator. Destacando a relação com o filho que sente incomodado com a presença
de Tommy, que está lhe roubando a atenção devida do pai.
Passados
dezesseis anos, Sly retorna ao seu mítico
personagem para se despedir dele. Agora ele
vive seus dias, contando as histórias de como se tornou campeão de boxe no
restaurante de comida italiana que montou em seu bairro. Homenageando a esposa
falecida, ele se chama “Adrian’s”. E afastado do filho Rocky Jr. (Milo Ventimiglia, o Peter Petrelli da
serie de TV “Heroes, 2006 a 2010”). Num
programa de esporte, o atual campeão de boxe Mason Dixon é contestado. Numa luta
criada pelo computador, ele luta contra Balboa. O que acende uma duvida ao
redor do globo. Se nos dias de hoje, o que ocorreria se essa luta fosse
realizada?
Rocky
é indagado sobre o assunto, mas desconversa. Internamente se sente incomodado. Conversa
com Paulie a respeito e lhe diz que tem “um animal dentro dele” que precisa ser
domado. Ao mesmo tempo, tenta recuperar sua licença para voltar a lutar. Ela é marcada
e será realizada em Las Vegas. Com o
titulo de “Rocky Balboa”, Sly diz adeus ao seu personagem mais
celebre no cinema. Escrevendo e dirigindo seu derradeiro filme. Ao tempo se
reconcilia com o filho e deixando sua
marca com a frase: “Não importa quantos sacos a vida te dá. O que importa é o
quanto você aguenta”.
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