O dramaturgo William
Shakespeare é um dos autores mais adaptados para a tela grande do cinema, bem
como tem suas peças levadas pelo teatro mundo afora. Um bom exemplo é o ator britânico,
sir Laurence Olivier. Com “Henrique V (1944)”, “Hamlet (1948)” e “Ricardo III
(1955)”, ele atuou e produziu tanto para o cinema como para o teatro.
Agora é a vez do alemão
com descendência irlandesa Michael
Fassbender atuar no mundo shakespeariano, cheio de nuances e reviravoltas. Em
uma das suas peças mais difíceis de serem levadas diante das telas e nos palco
do teatro.
No caso, “Macbeth: Ambição & Guerra (Macbeth,
2015)”. Conhecido por fazer o mutante Magneto em “X-Men: Primeira Classe
(2011)” e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)”, agora é o general escocês
do título que ao ouvir uma profecia de três bruxas, se tornaria o rei de seu
país. E influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard, Oscar de Melhor Atriz por “Piaf: Um Hino ao Amor,
2007”), usurpa o trono ao assassinar o rei Duncan (David Thewlis, o professor Remus Lupin da saga Harry Potter).
Com o passar do tempo,
a culpa pelo o que fez, atormenta seu coração e mente. Fazendo com que se
tornou um rei tirano, frio e odiados por todos no reino. “Macbeth” é dirigido por Justin
Kurzel e os responsáveis pela adaptação, são os roteiristas Todd Louiso, Michael Lesslie e Jacob Koskoff.
Bem fiel ao texto original, o que deixa Fassbender
fazer seu papel bem à vontade. Se encaixando como uma luva no personagem.
Onde dentro do palácio do
rei, se mostra acessível e influente a todos. Já no campo de batalha, a
desenvoltura física necessária para derrotar seus inimigos. Com a coroa em sua
cabeça, vemos que apesar de forte, se deixa influenciar pelas palavras da
esposa e se tortura pelo o que fez para chegar ao trono.
Marion
fez bem sua Lady
Macbeth, onde coloca tudo na medida certa. A vilania para quem tem sede pelo poder. E
a fragilidade de uma rainha, quando necessária. Aproveitando o ambiente de
teatro filmado, Kurzel nos leva para
as highlands escocesas para encenar sua peça como se estivéssemos ao ar livre. Trazendo
uma fotografia fria e escura ao seu redor. E nos fazendo lembrar os melhores
momentos de “Coração Valente (1995)” do mad Mel Gibson, em especial nas sequencias de
batalhas, com adição do slow motion. Onde a cor vermelha se destaca, tomando
conta da tela do cinema.
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