Todos
nós temos quando criança, o sentimento de não crescer ser eternamente jovem.
Sendo a base do conto infantil “Peter
Pan” de J.M. Barrie que já ganhou diversas versões
para a tela grande do cinema. Desde o antológico desenho Disney de 1953 até uma
versão do mago Steven Spielberg onde vemos um Peter Pan adulto em “Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991)”.
Passando por versões que atualizavam a história no decorrer dos anos 2000. Agora
é a vez de Joe Wright, diretor de “Orgulho & Preconceito (2005)” e “Desejo & Reparação (2007)”, nos traz uma nova visão do conto
de Barrie. Peter (Levi Miller) foi abandonado pela mãe (Amanda
Seyfried de “Ted 2, 2015”)
em um orfanato. Crescendo com o sonho de vê-la novamente e lutando contra as
freiras que cuidam da instituição. Por não alimentarem os órfãos e trata-los com
crueldade.
Em
determinada noite, ele e alguns meninos são sequestrados por piratas. Com um
pequeno porém: eles são levados em barcos voadores e vendidos pelas freiras.
Estes são liderados pelo mais cruel dos piratas, o Barba Negra (o eterno
Wolverine Hugh Jackman). Que o leva para a Terra do Nunca. Ele
possui uma mina que explora um minério que origina o pó magico das fadas. Com
os seus comandados, entre eles Gancho (Garrett Hedlund, “Invencível, 2014”) e Smee (Adeel
Akhtar), para ajudá-lo a cuidar dos garotos perdidos escravizados. Barba
está atrás do pó, porque ele tem o poder de rejuvenescer as pessoas.
Percebendo
as intenções dele e acreditando que sua mãe está na Terra do Nunca, Peter foge
de lá com o auxílio de Gancho e chega à tribo indígena da ilha, liderada pela
Princesa Tigrinho (Rooney Mara, a Lisbeth da versão americana de “Millenium: O Homem que Odiava as Mulheres, 2011”). Juntos, eles lutam contra
Barba Negra para libertar a Terra do Nunca de sua tirania.
Esta é
a premissa de “Peter Pan (Pan, 2015)”. Funcionando como uma
espécie de preludio da historia original, vemos o personagem sendo desta vez o
escolhido para salvar o dia. Atualizando o tema, junto ao roteiro escrito
por Jason Fuchs, Wright adiciona à sua trama em
formato de musical, os hinos rock’n’roll “Smells
Like a Teen Spirit” do Nirvana e “Blitzkrieg
Bop” dos Ramones, cantados pelo seu elenco. Junto à trilha épica composta
por John Powell.
Levi se mostra bem à vontade no papel e
o enchendo de carisma. Jackman mostra a versatilidade de
sempre para encarar um vilão cheio de malicia e atormentado por fantasmas do
passado. Mara saindo dos personagens cool que está acostumada
para se tornar uma princesa cheia de atitude. A película se destaca pela sua
direção de arte e figurino suntuosos. Onde as cores quentes e frias saltam da
tela.
Comentários
Postar um comentário