Quando você pensa nas
palavras “contos de fada”, já vem na cabeça que será uma produção dos estúdios
Disney. Desde quando o empreendedor Walt Disney levou para tela grande do
cinema, histórias como “Branca de Neve & os Sete Anões (1937)”, “Cinderela
(1950)” e mais recentemente “A Bela & A Fera (1991)” e “Frozen: Uma
Aventura Congelante (2013)”. Falando em “A Bela & A Fera”, este foi o
primeiro desenho animado ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Agora chegou a
vez de uma película franco-alemã adaptada por Christophe Gans de “Terror em Silent Hill (2006)” e “O Pacto dos
Lobos (2002)” nos trazer uma visão mais real da fabula escrita por Jeanne-Marie Leprince de Beaumont.
Ao invés de xicaras e
bules cantantes, desta vez temos atores em carne & osso para fazer seus
personagens. Como Bela, temos (como o perdão do trocadilho) a bela Léa Seydoux (“Azul é a Cor Mais Quente,
2013”) e o francês pau para toda obra Vincent
Cassel (“Cisne Negro, 2010” e da franquia “Onze Homens & Um Segredo”) é
a Fera. A história já é
conhecida pelo grande publico. O pai (Andre
Dussollier) de Bela, um comerciante viúvo e bem sucedido perde sua fortuna
devido a um problema com seus fornecedores. É obrigado a se mudar com seus seis
filhos para o interior e começar do zero. Os mesmos não se adaptam ao novo
estilo de vida, com exceção de Bela, que se sente mais confortável assim. Ela
prefere uma vida mais simples.
Em uma das suas viagens
a trabalho, o pai acaba preso em um castelo devido a uma tempestade. O invade
sem querer e descobre um tesouro escondido. Mas apenas pega uma rosa, prometida
a Bela, no jardim. O dono (A Fera) de lá o pega em flagrante e sendo condenado
à morte. Isso só será mudado se ele lhe der seu bem mais precioso. É onde entra Bela. Sabendo
do ocorrido, ela se oferece à Fera e se muda para o castelo. Desenvolvendo a
trama com leveza, Gans mostra como
Bela vai descobrindo aos poucos o porquê do mistério em torno da Fera. Com certa
liberdade artística, Gans mostra como o antes Príncipe conseguiu sua transformação.
Diferentemente do que foi escrito originalmente.
Como toda boa produção
europeia, seu figurino e sua direção de arte são um espetáculo para os olhos. Instalada
no castelo, onde vemos toda sua magnitude nos passeios de Bela por ele. Fera oferece
roupas e joias que pertenciam ao amor da vida dele a serem usadas por ela durante
o jantar. Os efeitos especiais,
no caso a computação gráfica, em especial no personagem de Cassel (disfarçado e tendo seu tom de voz alterado) funcionam a
contento. Não é nenhuma produção Disney ou do gênero, pois elas adicionam
contexto à trama. Apesar de ser uma
história para crianças (vemos uma mãe narrando o conto para os filhos), tem uma temática mais voltada para os adultos. Onde se vê como os filhos do
comerciante se vendem por pouco. O filho mais velho se envolve com criminosos e
suas irmãs não escondem o desprezo pela irmã por preferir uma vida sem luxo.
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