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4ª Noite do Rock In Rio, "HEADBANGER'S BALL!"



Hoje é a vez do metal extremo ao lado do hard rock clássico com pitadas de Nu Metal. Quem não se lembra do programa de metal da MTV norte-americana “Headbanger’s Ball” e do saudoso “Fúria Metal” com Gastão Moreira na MTV Brasil nos anos 90. Assim no Palco Sunset, tivemos a união das bandas nacionais Project 46 e John Wayne. Que trouxeram seu metal pesado para abrir os trabalhos na Cidade do Rock. Com direito a adrenalina a 1000% e mosh por parte de seus vocalistas, ambos os grupos deixaram seu recado.


Logo em seguida, o Halestorm. Nova sensação do metal, com destaque para a vocalista Lzzy Hale, que une beleza, talento e carisma como poucas cantoras do gênero. Chamando atenção dos presentes, tanto masculino quanto feminino. Apresentando canções do ultimo disco, “Into the Wild Life” junto a sucessos como “Love Bites (So Do I)” que abriu o show, “Freak Like Me”, a balada “Here’s to Us” e o final com “I Miss The Misery”. Um momento falha nossa: o batera e irmão de LzzyArejey, em três tentativas ao pegar a baqueta jogada para o alto, fazendo sentido na frase futebolística “mão de alface”. Apesar disso, Halestorm faz uma ótima apresentação. 


Agora chegou a vez do groove metal com Lamb of God. Seu vocalista Randy Bhyte, recém-saído de um período na prisão no ano de 2012 em Praga (Republica Tcheca). Após ser acusado de empurrar um fã que tentava subir ao palco durante um show. O mesmo caiu, bateu a cabeça no chão e acabou falecendo. Passou 37 dias preso e esperou por sete meses o julgamento até ser inocentado em junho de 2013. Isso rendeu o livro “Dark Days” e a canção “512 (número de sua cela na prisão)”, tocada no show de hoje. Randy foi saudado pelo publico e atacou com as canções “Walk With Me in Hell”, “Something to Die For”, “Ruin”, “Vigil” que agitou bastante a galera com as conhecidas “rodinhas”. E o final com “Black Label”.


Encerrando as atividades no Palco Sunset, os californianos Deftones. Mecla Metal, Rap, Progressivo e Rock Experimental, vêm com tudo. Destacando seu performático vocalista Chino Moreno. Abrindo com “Diamond Eyes” e “Rocket Skates”. Seguindo com “Be Quiet and Drive”, “My Own Summer (Shove It)”, “Sextape”, “Knife Party”, “Tempest” e ”Swerve City”. Em “Passenger”, Chino vai cantar no meio da galera e “Change (In The House of Flies)” fechano a primeira parte. No bis, “Engine no.9” e a porrada na orelha “Headup”.


O punk rock do CPM22 inaugura o Palco Mundo, com os hits “Regina Let’s Go”  e “O Mundo dá Voltas”.  Foi uma apresentação recheada dos principais sucessos da banda como “Dias Atrás”, “Não Sei Viver Sem Você” e “1 Minuto para o Fim do Mundo”. Com direito a cover dos pais do punk Ramones, “Sheena is a Punk Rocker”. Com todos visualmente emocionados, em especial o vocalista Badauí.


A expectativa era grande pela entrada do Hollywood Vampires. Projeto musical do eterno Jack Sparrow Johnny Depp (guitarra) ao lado do pai do Rock Horror Show Alice Cooper e o guitarrista do Aerosmith Joe Perry.  Com cozinha formada pelos ex- Guns N’Roses Duff McKagan (contrabaixo) e Matt Sorum (bateria) mais o guitarrista Tommy Henriksen. Um show de fogos de artifícios para introduzir a banda que entra com tudo com “Raise The Dead”. Já emendam o clássico do The Who, “My Generation”. Seguido de “I Got A Line On You” de Randy California e “Cold Turkey” do beatle John Lennon. Rola um tributo ao poeta Jim Morrison com “Five to One” e “Break on Through”. Homenagem ao maior guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix, com “Manic Depression”.


Uma viagem aos anos 60 com “Seven and Seven Is” dos seminais Love. Com a harmônica, tia Alice introduz “Whole Lotta Love” do LZ tendo a participação especial de Lzzy Hale (Halestorm). Lembrando o T-Rex de Marc Bolan temos “Jeepster”. Sobe ao palco Zak Starkey, filho de ninguém menos que Ringo Starr. Para tocar junto ao Hollywood Vampires, “I’m A Boy” do The Who.  Agora é a vez do arroz de festa Andreas Kisser (Sepultura) se juntar a trupe para tocarem o clássico da tia Alice, “School’s Out” emendada a “Another Brick The Wall Part II”. O encerramento com “Billion Dollar Babies (Alice Cooper)”, o clássico blues “The Train Kept-A-Rollin’” (aquela que o Aerosmith encerra seus shows). Johnny Depp meio que caracterizado como seu marcante personagem, toca a introdução do clássico Stones, “Brown Sugar”, para encerrar o show com chave de ouro. 


Ao som do tema musical do antológico “Laranja Mecânica (1971)” de Stanley Kubrick, Josh Homme e o Queens of the Stone Age sobem ao palco para tocar “Millionaire” e emendam o clássico “No One Knows”. Continua o ataque sonoro com “My God is the Sun”. Um pouco de swing com “Burn the Witch” e “Smooth Sailing”. O rock volta com “In My Head”, “Regular John (do homônimo disco de estreia, 1998)” e “Sick, Sick, Sick”. É o momento da ácida balada “The Vampyre of Time and Memory”. O funk (no bom sentido) no ar com “If I Had A Tail”, o rockabilly com “Little Sister” e a climática “Fairweather Friends”. O final com a acelerada “Go With The Flow” e a emblemática “A Song for the Deaf”.


System of a Down fecha os trabalhos com sua proposta musical que une o metal clássico, hip hop, nu metal e as influencias étnicas de seus membros. Eles possuem descendência armênia. Seus lideres são, o vocalista Serj Tankian e o guitarrista e mentor musical do grupo Daron Malakian. Já começam com “K.I.T.T.”. O setlist apresentou 27 canções, recheado de sucessos como “Aerials”, “BYOB”, “Hipnotize”, “Chop Suey”, “Lonely Day” e “Toxicity”. É um show quase sem paradas. Onde o SOAD mescla com perfeição o peso do metal moderno, harmonia, o vocal ligeiro dos rappers aliado à musicalidade de sua etnia de origem com suas letras de alto teor político e religioso.


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