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"3º NOITE DO ROCK IN RIO: SOUL, SKA, MPB & 1 PITADA DE R'n'R"


Depois da nostalgia e do rock elevado nas alturas, chegou o momento do festival baixar a adrenalina para um dia e uma noite mais tranquilos e marcados pelo swing, reggae e musica eletrônica, misturados com o que há de melhor na música popular brasileira (MPB).

Abrindo os trabalhos no Palco Sunset, temos uma das revelações da nova música popular brasileira Alice Caymmi. Terceira geração do clã Caymmi, ela tem uma proposta ousada. Diferente do que normalmente ouvimos de seus familiares, Alice segue por um caminho próprio.


Juntando MPB, com bites eletrônicos, jazz e uma salpicada de rock. Com uma voz marcante, Alice se faz presente com seu repertório autoral (“Meu Recado”) junto a canções conhecidos do grande publico como “Homem” de Caetano Veloso.

Ela abriu com “Iansã” de Gil & Caetano e seguiu com uma versão inusitada de “Paint it Black” dos Stones, que chamou atenção dos presentes. Carismática, voz potente e eclética, temos um medley dançante. Logo em seguida, Alice chama ao palco o grande Eumir Deodato para acompanha-la em “Meu Recado” e numa versão jazz cool de “Assim Falou Zarathustra” de Strauss. Ouvida em bom & alto som no clássico cinematográfico “2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)”. 


Se autodenominado “Rainha dos Raios”, nome do seu último trabalho, Alice junto a Eumir temos “Summertime” de George Gershwin (popularizada com Janis Joplin) e o clássico r’n’r “Black Dog” do LZ para fechar a apresentação.

Vinte e sete anos depois, Baby do Brasil (ex-Consuelo) e o guitar hero brasileiro Pepeu Gomes se encontram para tocarem juntos. Ao lado do filho Pedro (quando cantou na primeira edição do RiR, ele estava na barriga da mãe), guitarrista e diretor musical, tocam “Seus Olhos” e “Telurica”. Pepeu (visualmente emocionado e ovacionado) é chamado por Baby e eles mandam “Tinindo Trincando”, “Eu Também Quero Beijar” e “Mil & Uma Noites de Amor (com direto a duelo de guitarra entre pai & filho no final)”. 


Pepeu dedilha o riff de “Menino do Rio”, levando o publico ao delírio e a cantar junto com a banda.  O swing toma conta do palco com “Todo Dia Era Dia de Índio”. Pedro puxa o clássico dos Novos Baianos, “A Menina Dança”. E finalizando com “Masculino & Feminino”.

A primeira atração internacional do Palco Sunset, os canadenses do Magic. Com som calcado no ska, reggae e um pop rock a la Maroon 5. Eles divertindo o publico com canções como “Don’t Kill The Magic” e “Paradise (não é aquela do Coldplay)”. E conquistam de vez a galera com o hit anos 80, “Girls Just Want Have Fun” de Cyndi Lauper. 


Tocam uma nova e inédita canção chamada “Sunday Funday”. O cheiro de baseado no ar com “Is This Love” de raggaman Bob Marley. Deixaram seu recado e conquistaram a simpatia do publico. Se despedindo com “Message in a Bottle” do The Police, “No Way No” e o hit em nossa terra brasilis “Rude (cantada por todos os presentes)”.


John Legend fecha a noite no Palco Sunset. O R’n’B romântico se faz presente com “Made to Love”, “Tonight” e “Used To Love U”. “Save Room” embala o coração dos apaixonados. O hit “P.D.A.” é lembrado por Legend em sua primeira passagem (em 2006) por aqui. “Save The Night” e “Ordinary People” temos Legend ao piano. As coisas se agitam com “Green Light”. Entra a emblemática “Who Do You Think We Are”.

Dai temos o gospel “Lay Me Down”. O amor volta à tona com “You & I (Nobody in the World)” e “All of Me”. Fechando com a politizada “Glory”, com a qual ganhou o Oscar de Melhor Canção Original deste ano pelo filme “Selma: Uma Luta pela Igualdade (2014)”. 


Inaugurando o Palco Mundo na noite de ontem, Os Paralamas do Sucesso. Já mandam “Vital E Sua Moto” e como na edição de 1985, eles tocam “Inútil” do Ultraje a Rigor. Momento power trio com “O Calibre”. Seguindo com medley de “Cinema Mudo” e “Ska”. Momento romântico Herbert Vianna com “Cuide Bem do Seu Amor”, “Aonde Quer Que Eu Vá” e “Lanterna dos Afogados”.

“Meu Erro” e “Óculos” são cantadas em uníssono. Homenagem ao soulman Tim Maia com “Você”.  O reggae entre em cena com “A Novidade”, “Melô do Marinheiro” e “O Beco”. Entram as climáticas “Caleidoscópio” e “Uma Brasileira”. E sobe a temperatura do Palco Mundo com “Lourinha Bombril” e “Alagados”. O fim do show com “Que País é Este?” da Legião.


E pop soul music rolando solto no Palco Mundo com Seal. Já abriu com seus dois maiores sucessos, a pulsante “Crazy” e a vibrante “Killer”. Momento para a reflexiva “Daylight Savings”. Seal canta a nova “Padded Cell”. “Do You Ever” é dedicado para aqueles perdidamente apaixonados. “My Vision”, estamos de volta aos anos 90.

É hora de mais uma nova canção, “Every Time I’m With You”. “Future Love Paradise” e “Redzone Killer” dando continuidade ao show. Pausa para conversar com o publico e pegar a bandeira do Brasil. É a deixa para a romântica “Kiss From A Rose”. Fechando em clima clubber nineties temos “Life on the Dance Floor”.


É a hora de sir Elton John. Ele já manda “Bitch is Back” e “Bennie & The Jets”. Homenagem à musa do cinema Marilyn Monroe e relembrar de Lady Di com “Candle in the Wind”.  Em seguida o gospel “Levon” e a singela “Tiny Dancer”. O palco se agita com “Philadelphia Freedom”. Agora temos os clássicos “Goodbye Yellow Brick Road” e “Rocket Man”.


O show continua com “I Guess That’s Why They Call it Blues”, “Skyline Pigeon” e uma passada nos anos 80 com “Sad Songs”. Momento de reflexão com “Sorry Seems to be the Hardest Word” e a baladaça “Don’t Let The Sun Go Down on Me”. “I Still Standing” volta a esquentar o palco.

Desenterra o rockabilly “Your Sister Can’t Twist (But She Can Rock’n’Roll)” do disco “Goodbye Yellow Brick Road (1973)” e fechando com “Saturday Night’s Alright for Fighting”. No bis, temos “Your Song” para sir Elton se despedir com chave de ouro.


Com o tema musical de “Sete Homens & Um Destino”, Rod The ModStewart sobe ao palco e seu grupo ataca com “Having A Party”. E já temos a balada “It’s A Heartache” na sequencia. Brincalhão oferece “cuba libre” para o público e manda “This Old Heart of Mine”. Com uma banda formada em parte por belas mulheres, que se dividem nos vocais de apoio, violino, percussão e na seção dos metais, Rod se sente bem à vontade.

Rod canta a antológica “Tonight’s The Tonight”. Agora um clássico do rock “(Have You Ever) Seen The Rain” do Credence Clearwater Revival. Como um hino escocês temos “Rhythm of the Heart”. É a vez de “Forever Young”, um dos seus hits dos anos 80, Rod usando um blazer dourado. “First Cut is The Deepest” de Cat Stevens,  ao som de cordas e violões, com direito a solo de violino e harpa.


Seguindo com o momento unplugged, temos “I Don’t Want to Talk About It”. Onde seu refrão é cantado pelo publico. A eletricidade volta com “Baby Jane”.  É a hora das meninas darem seu show com “I’m Every Woman” clássico disco dos anos 70 na voz de Chaka Khan e mais tarde, regravada por Whitney Houston para o filme “O Guarda-Costas (1992)”. E Rod dá um descanso para a garganta.

Volta para cantar seu maior sucesso “You’re in my Heart”, muito bem acompanhada pela violoncelista. Pegando uma bandeira do seu time do coração, Glasgow FC, e já emenda “Maggie May”. Relembrando quando era um rock'n'rolla com “Stay With Me” de sua antiga banda, The Faces. E distribuindo bolas de futebol autografadas para a galera.


Com “Da Ya Think I’m Sexy”, Rod e banda transformam o Palco Mundo em uma pista dançante. Todos sabem que ele admitiu ter plagiado “Taj Mahal” de Jorge Benjor para compô-la. Pagou os direitos autorais e pensou em nunca mais tocá-la. E o publico acompanha o coro “Oh Oh Oh”. Para encerrar os trabalhos na madrugada de domingo para segunda, o seu maior sucesso como artista solo, a balada “Sailing”. Segurando uma bandeira do Brasil.

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